Uma pesquisa realizada pela Leggio Consultoria, especializada nos setores de óleo e gás e infraestrutura, revela que falta infraestrutura no país, principalmente portuária, para uma efetiva concorrência entre as refinarias. Isso porque há muitas limitações de transporte para que uma refinaria possa vender derivados na área das outras. O mesmo vale para os importadores.
A pesquisa foi citada por reportagem do jornal O Globo sobre as condições de infraestrutura disponíveis no país para fazer deslanchar a concorrência entre empresas do setor. A Petrobras colocou à venda oito de suas refinarias, mas analistas apontam que isso não é suficiente para aumentar a concorrência no curto prazo. Será preciso vencer um outro obstáculo: o gargalo logístico em torno das unidades.
Eólicas offshore: novos projetos somam 9 GW de capacidade instalada
O site Gás Net informa que a empresa Neoenergia iniciou o licenciamento de três novos projetos para a construção de eólicas offshore no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Ceará. Juntos, esses projetos somam 9 GW de capacidade instalada em 600 aerogeradores.
De acordo com a reportagem são quatro parques em cada estado, divididos igualmente: 750 MW, a partir de 50 aerogeradores, quatro plataformas com subestações, linhas de transmissão e uma subestação em terra. Os projetos são desenvolvidos por meio da Força Eólica do Brasil (FEB), controlada pela Neoenergia, por meio de participação direta e, indireta, pela Elektro Renováveis, do mesmo grupo.
Alemanha registra recorde de energia renovável
Em 2019, 46% da eletricidade na Alemanha veio de fontes renováveis, 9% a mais do que no ano anterior. Ao mesmo tempo, o consumo de carvão caiu mais de 20%. Mesmo assim, o país não deverá alcançar metas climáticas de 2020.
A tendência a aumentar as energias renováveis e reduzir a geração de eletricidade à base de carvão está “na direção certa”, disse Claudia Kemfert, professora de Economia Energética no Instituto Alemão de Pesquisas Econômicas (DIW), em entrevista ao canal alemão Deutsch Welle, que foi reproduzida hoje (12/01) pelo portal de notícias UOL.
Kemfert explica que, “se mudanças maciças forem feitas”, ainda seria possível alcançar a meta de redução de 40% das emissões de CO2 em relação a 1990. Para isso, “o ritmo de expansão das energias renováveis teria que ser pelo menos quadruplicado, a eliminação progressiva do carvão ser iniciada, termelétricas antigas e ineficientes, imediatamente desativadas. A produção de energia a carvão deveria ser reduzida, e novas minas a céu aberto, proibidas”.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da edição deste domingo (12/01) do jornal O Estado de S. Paulo é uma reportagem sobre o foco dos investimentos chineses no Brasil, hoje voltado, principalmente, para empresas de tratamento de água e esgoto e grandes projetos na área de infraestrutura, como construção e operação de estradas e ferrovias.
O jornal informa que, em 2017, os chineses investiram cerca de US$ 9 bilhões, a maior parte disso em ativos de energia. “A expectativa para este ano é de que eles tragam algo como US$ 7 bilhões para gastar por aqui”, diz Eduardo Centola, presidente do banco Modal. O executivo, também membro do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), assessora grupos chineses interessados no país.
A Folha de S. Paulo informa que auditoria nas contas da seguradora Líder, responsável pela gestão do seguro DPVAT (Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres) questionou uma série de procedimentos na gestão da empresa, incluindo pagamentos por prestação de serviços para pessoas próximas a políticos, a integrantes do governo federal ou ligadas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), muitas vezes sem os devidos detalhamentos e controles. A auditoria foi realizada pela consultoria KPMG, a pedido da atual gestão da seguradora. A análise dos documentos e processos abarca o período que vai de 2008 a 2017.
O jornal O Globo traz, como principal destaque, uma reportagem sobre a participação das mulheres no mundo do trabalho, com base em um estudo realizado pelo pesquisador Bruno Ottoni, da Consultoria IDados. O estudo mostra que as mulheres têm mais anos de estudo que os homens, são maioria entre os que chegaram ao curso superior, mas continuam a ter presença maior nas faixas salariais mais baixas. Entre os trabalhadores que ganham até um salário mínimo, 11% têm nível superior completo ou incompleto. Nesse universo, 70% são mulheres. São quase dois milhões (1,9 milhão) de profissionais com qualificação recebendo até R$ 998 (piso que vigorou em 2019). Uma situação que se mantém em períodos de crescimento ou de recessão.