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CCEE lança ferramenta para análise de risco de negócios no mercado livre de energia – Edição da Manhã

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) lança hoje (22/01), em seu site, uma plataforma com dados estratégicos para a análise de risco das operações no mercado livre. O objetivo é melhorar a transparência e a segurança dos negócios no setor.

Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da CCEE, Rui Altieri, afirma que a ação é a primeira de uma série de medidas pensadas em conjunto com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas e Energia para aperfeiçoar o mercado após as dificuldades enfrentadas por duas comercializadoras (Vega e Linkx) no início do ano passado. Na ocasião, elas deixaram de cumprir suas obrigações com clientes por terem vendido energia sem lastro, trazendo um prejuízo de mais de R$ 200 milhões ao setor.

A nova ferramenta, chamada “Indicadores de Segurança do Mercado”, organiza informações que já estavam ao alcance dos agentes no site, mas não eram de fácil acesso ou manuseio. De acordo com a reportagem, por meio dessa plataforma, os agentes poderão, por exemplo, visualizar o histórico de transações de um comercializador e montar comparações com vários indicadores. A ideia é trazer mais clareza para a avaliação de risco dos negócios e das contrapartes. Segundo Altieri, até junho, a ferramenta deverá ser alimentada com novos indicadores.

AES Tietê confia no “bom senso” do Senado sobre GSF

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O presidente da geradora de energia elétrica AES Tietê, Ítalo Freitas, disse ao Valor Econômico que a companhia está confiante que 2020 trará uma solução para a judicialização do risco hidrológico (GSF), que já causa inadimplência de quase R$ 8 bilhões no mercado de curto prazo de energia. O executivo disse acreditar no “bom senso” do Legislativo para dar a resposta final a essa questão.

O impasse do risco hidrológico, que domina as preocupações das geradoras de energia, tem uma solução parada no Senado desde setembro do ano passado. A reportagem explica que o Projeto de Lei nº 3975/2019 “emperrou” num momento considerado decisivo, decepcionando o mercado. O texto já passou pela Câmara e retornou aos senadores para nova aprovação depois de ter sofrido alterações.

Consumo de energia elétrica cai 2,4%

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informa que o consumo do setor caiu 2,4% na primeira quinzena de 2020 frente ao mesmo período de 2019, passando de 65,37 mil MW médios para 63,79 mil MW médios.

O mercado cativo (das distribuidoras) recuou 2,6% no período, de 46,95 mil MW médios para 45,75 mil MW médios, ao passo que o consumo no mercado livre caiu 2,1%, de 18,41 mil MW médios para 18,03 mil MW médios.

No mesmo intervalo de comparação, os dados da CCEE mostram redução no consumo de energia em todas as regiões do país, exceto no Norte. No Sudeste/Centro-Oeste, a queda foi de 4%, no Sul, de 1,5%, e no Nordeste, de 1,8%. Por sua vez, o consumo na região Norte teve alta de 5,1%. No mercado livre, houve retração de 4,7% no Sudeste, de 0,5% no Sul e 2% no Nordeste, com aumento de 16,2% no Norte. As informações foram publicadas pelo site Paranoá Energia.

Usina de Belo Monte irá operar com força completa

O Operador Nacional do Sistema (ONS) espera operar com 50% da capacidade térmica instalada no país até 24 de janeiro. Para o fim do mês, porém, conta com a entrada total da usina de Belo Monte (PA) no sistema, a depender da força das chuvas.

Em nota divulgada ontem (21/01), o ONS informou: “A partir de janeiro deste ano, o ONS poderá explorar plenamente, pela primeira vez, o potencial hidráulico das usinas da região Norte do país (Madeira, Belo Monte e Tucuruí). A conjunção entre a geração dessas usinas e o reforço da rede de transmissão permitirá a inserção de 18 mil megawatts (MW) no sistema”. As informações foram publicadas pelo Jornal do Comércio (RS).

Equipe econômica estuda adiar leilões de petróleo do pré-sal

O governo federal avalia adiar para 2021 as duas licitações de petróleo previstas para este ano, na camada do pré-sal. Conforme vem sendo noticiado pela imprensa, sem licitações, o governo pode deixar de arrecadar R$ 24 bilhões, apenas com os dois blocos remanescentes da cessão onerosa (Atapu e Sépia).

O jornal O Globo ressalta que, desde a retomada das ofertas do pré-sal, no governo Michel Temer, houve leilões em 2017, 2018 e 2019. Ainda de acordo com reportagem do Globo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem (21/01), em Davos, na Suíça, que, apesar do prazo limitado, o governo tentará fazer o leilão dos dois blocos este ano, mas não é certeza. Ele argumentou que as petroleiras que queriam participar do certame trocaram o Brasil pela Guiana, que adota o regime de concessão.

PANORAMA DA MÍDIA

O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília denunciou ontem (21/01) sete pessoas sob acusação de envolvimento no hackeamento de mensagens de autoridades como o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba. Entre os denunciados está o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil. Ele recebeu os diálogos de fonte anônima e publicou-os em uma série de reportagens, algumas delas em parceria com outros veículos de imprensa.

Glenn não foi investigado nem indiciado pela Polícia Federal, mas o procurador Wellington Oliveira entendeu que ficou demonstrado, em um áudio encontrado em um computador apreendido, que o jornalista orientou o grupo de hackers a apagar mensagens. Esse é o principal destaque da edição de hoje (22/01) dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.

O jornal O Globo informa que o Estado do Rio de Janeiro registrou, em 2019, o menor índice de homicídios dolosos desde 1991, quando teve início a série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP) para o crime. Foram 3.995 vítimas, contra 4.950 em 2018 – uma queda de 19,3%. Por outro lado, a quantidade de mortes em confrontos com a polícia chegou ao mais alto patamar desde que passaram a ser contabilizadas, em 1998. Foram 1.810 casos, uma média de cinco por dia. As estatísticas de 2019 foram divulgadas ontem (21/01) pelo ISP.

A principal reportagem da edição de hoje do Valor Econômico é sobre a previdência nos estados e municípios. O jornal destaca que a retirada dos estados e municípios da reforma previdenciária aprovada em âmbito federal no ano passado vai criar grandes diferenças nas condições de aposentadoria entre os servidores dos governos regionais. Alguns governadores conseguiram aprovar a idade mínima de acordo com as mudanças na área federal e aplicar novas regras de cálculo dos benefícios. Outros se limitaram a seguir a mudança de alíquota da contribuição previdenciária, obrigatoriamente estabelecida a estados e municípios pela Emenda Constitucional 103/2019.

 

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