A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) disponibilizou hoje a ferramenta Indicadores de Segurança do Mercado, que tem a finalidade de auxiliar os agentes na análise de operações no mercado e, assim, aprimorar a segurança nas negociações. A ferramenta organiza os dados individuais dos agentes e apresenta, para cada um, um histórico de recursos comparado aos requisitos.
A ferramenta, novidade do site da CCEE, traz uma lista na qual é possível buscar todos os agentes, como geradores, consumidores e comercializadores, por nome, CNPJ ou razão social. A partir disso, é possível verificar o resultado final de cada um em um período de tempo, balanço energético, consumo por submercado, relação entre consumo e cessão, e também a relação entre montante de carga e venda ou compra.
Os indicadores serão atualizados mensalmente depois da contabilização do mês de referência, considerando o último evento contábil.
Inicialmente, o lançamento da ferramenta havia sido prometido para julho do ano passado, como parte de um pacote defendido pela CCEE para ampliar a segurança no mercado de energia. A nota técnica que embasou as propostas, porém, só foi entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em agosto de 2019, e a diretoria da agência ainda não tomou decisões sobre o tema. A previsão é que isso aconteça nos próximos meses.
Os indicadores de segurança foram o primeiro passo. A CCEE propôs ainda que seja feita chamada de margem semanal, e defende novos critérios para participação no mercado, para barrar riscos muito elevados.
“A segurança do mercado ainda é um ponto de atenção diante do aumento das negociações e dos montantes financeiros envolvidos. Esse é o primeiro pilar que entregamos ao mercado e continuaremos estudando mecanismos que auxiliem na evolução do setor”, disse, em nota, o presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri.
Desde fevereiro do ano passado, quando algumas comercializadoras tiveram dificuldades em honrar seus compromissos e acabaram dando calotes, Altieri tem sido defensor de medidas que aprimorem a segurança do mercado livre. A posição de comercializadoras, porém, têm sido crítica a algumas das medidas propostas, principalmente a chamada de margem semanal.
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