O Valor Econômico traz hoje (28/01) uma reportagem sobre o cenário de baixa dos preços internacionais do gás natural, neste início de 2020, e perspectivas para o futuro. Segundo especialistas entrevistados pelo jornal, o movimento irá se estender pelos próximos anos em nível global, mas a indústria brasileira não deve se beneficiar de imediato da queda das cotações do gás natural liquefeito (GNL).
Ainda de acordo com os analistas ouvidos pela reportagem, a desvalorização do combustível pode ajudar na abertura do mercado de gás no Brasil, estimulando o surgimento dos primeiros consumidores livres e de novos supridores, como alternativa ao domínio da Petrobras.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) avalia que, com a entrada de novas unidades de liquefação até 2021, no mundo, o cenário de baixa nos preços deve se estender, pelo menos, pelos dois próximos anos. A previsão da estatal é que a demanda global só deve voltar a ultrapassar a capacidade máxima de produção de GNL nos próximos quatro a cinco anos. Os EUA são o principal fornecedor de GNL do Brasil e quedas nos preços do gás, lá, poderiam trazer ganhos aos consumidores brasileiros.
Energia solar cresce 226% em um ano no RN
O número de novos produtores de energia solar fotovoltaica no Rio Grande do Norte passou de 517, em 2018, para 1.687 em 2019, o que representa aumento de 226%, segundo dados da Companhia Energética do estado (Cosern). Atualmente, o Rio Grande do Norte tem 2.529 pequenas unidades de produção de energia. A potência instalada alcançou 38.172,70 kilowatts (kW) em 2019.
Assim como ocorre em outros estados, o movimento de expansão do setor de micro e minigeração de energia solar fotovoltaica se deve à evolução da tecnologia e à redução nos preços de painéis solares. De acordo com reportagem produzida pelo site Central de Notícias, a redução na burocracia para obter os benefícios do uso de placas fotovoltaicas também influiu no crescimento do setor. A unidade consumidora deve fazer o registro de microgeração e minigeração gistribuída. O formulário está disponível no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No caso específico dos produtores do Rio Grande do Norte, é preciso solicitar acesso à Cosern, o que pode ser feito pelo site da empresa.
Enel Américas descarta vender concessão em Goiás
O jornal O Popular, de Goiás, informa que a Enel Américas, subsidiária do grupo italiano Enel para a América Latina, reafirmou ontem (27/01), em comunicado à imprensa, que a companhia não tem interesse em vender a concessionária de distribuição de energia que opera em Goiás.
De acordo com a reportagem, a manifestação é uma resposta às pressões do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Ele propôs, no último dia 14, que a Enel repassasse a concessão a outra empresa, e sugeriu que a EDP teria interesse na aquisição.
PANORAMA DA MÍDIA
Após alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o risco de aumento de casos de infecção pelo coronavírus, considerado elevado, investidores temem os impactos na economia global de uma epidemia com epicentro na China, segunda maior economia do mundo.
De acordo com analistas de mercado, um crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, em decorrência da queda de gastos com consumo, sobretudo transporte e diversão, poderia ter impactos globais, especialmente na Ásia, onde o turismo nos últimos anos é dependente, em grande parte, dos viajantes chineses.
No Brasil, o Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, caiu ontem 3,29%, maior queda em dez meses, e o valor do dólar chegou a R$ 4,2098, maior cotação desde o dia 2 de dezembro. Houve queda, também, nas Bolsas de Londres, Frankfurt e Nova York. Esse é o destaque de hoje (28/01) nos principais jornais do país. (O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Valor Econômico)