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Surto de coronavírus afeta principal destino das exportações da Petrobras – Edição da Manhã

Em reportagem publicada hoje (01/02), em seu canal de internet, o Valor Econômico segue acompanhando os impactos econômicos e desdobramentos da epidemia de coronavírus, que afetará a demanda por petróleo do principal mercado da Petrobras no exterior – a China.

A reportagem destaca que, ao todo, a China representa 72% de todo o petróleo exportado pela estatal brasileira, com base nos dados do acumulado de 2019, até setembro. De acordo com a consultoria Wood Mackenzie, o surto de coronavírus deve representar um corte de mais de 250 mil barris/dia nas projeções de demanda chinesa por petróleo no primeiro trimestre.

Até setembro de 2019, a Petrobras exportou para o país asiático cerca de 360 mil barris diários da commodity em 2019. “No curto prazo, haverá uma restrição dessa demanda”, afirma Marcelo de Assis, chefe de pesquisa da área de exploração e produção de petróleo da Wood Mackenzie na América Latina. Segundo a consultoria, o mercado do Golfo do México surge como destino alternativo para parte das exportações brasileiras, mas o cenário é de maior competição, o que tende a comprimir os preços.

A Wood Mackenzie acredita que o barril de petróleo exportado pelo Brasil possa ter um desconto adicional de US$ 1 em função dos efeitos do coronavirus.

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Itaipu registra melhor produção em 14 meses

A usina hidrelétrica de Itaipu produziu 7.746.855 MWh até a última quinta-feira (30/01), volume superior ao registrado em janeiro do ano passado, quando somou 7.566.972 MWh, variação de quase 2,4%, segundo informação publicada pelo Canal Energia.

A diferença é explicada pelo maior acúmulo de água no reservatório da usina a partir de chuvas mais abundantes na região. Segundo estimativas da binacional, janeiro de 2020 deve superar 8 milhões de MWh, o que não aconteceu em nenhum mês de 2019, um hidrológico bastante seco. A reportagem ressalta que só no mês de janeiro, o nível dos reservatórios da região Sudeste, os mais importantes para o setor elétrico nacional, aumentou em média 4,2%. Mesmo assim, o armazenamento é baixo: 24%, o que sinaliza ainda cautela quanto às vazões e, consequentemente, produções futuras.

RJ respondeu por 71% da produção de óleo e gás do país em 2019, diz ANP

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou ontem (31/01) que o Estado do Rio de Janeiro respondeu por 71% de toda a produção de petróleo e gás natural do país em 2019. Os dados fazem parte do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural. Confira aqui os dados detalhados de dezembro de 2019 publicados pelo boletim.

O Valor Econômico, que ontem publicou matéria a respeito, destacou que no Rio estão localizados os campos de Lula e Búzios, no pré-sal. A produção do estado foi de 2,528 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) diários no ano passado. A participação do Rio no total produzido pelo país em 2019 foi 5,3 pontos percentuais superior à fatia relativa a 2018, de 65,8%.

O segundo estado com a maior produção de óleo e gás no ano passado foi São Paulo, com 11,5% do total do país, ou 409,77 mil BOE diários. O número recuou 1,6 ponto percentual em relação a 2018. Em terceiro lugar ficou o do Espírito Santo, com 9,4% do total, ou 333,68 mil BOE diários. A participação do Estado também recuou 2,6 pontos percentuais em relação à fatia observada no ano anterior.

Segundo a ANP, a produção brasileira de óleo e gás em 2019 foi de 3,559 milhões de BOE diários, com crescimento de 8,1% em relação ao ano anterior.

PANORAMA DA MÍDIA

Dados divulgados ontem (31/01) pelo Banco Central mostram que a dívida bruta terminou o ano passado em R$ 5,5 trilhões, o que corresponde a 75,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Em dezembro de 2018, estava em 76,5% do PIB. Em 2013, esse porcentual era de 51,5%. Os dados indicam que o endividamento do Brasil recuou em 2019 pela primeira vez em seis anos.

O Estado de S. Paulo, que publicou reportagem a respeito na edição deste sábado, destaca que o porcentual da dívida em relação ao PIB é uma das principais preocupações do governo e dos analistas econômicos. Isso porque ele é referência para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do país.

O principal destaque de hoje dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo são os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa indica que o índice desemprego no Brasil caiu e terminou 2019 em 11%. Foram 12,6 milhões de desocupados em média no ano passado, um recuo de 1,7%, ou 215 mil pessoas a menos, em relação a 2018. O trabalho informal, no entanto, aumentou e atingiu o maior contingente desde 2016, com 41,1% da população ocupada.

 

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