A retomada do crescimento da economia reacende a preocupação com a segurança energética. Esse é o tema de reportagem do Correio Braziliense (o link da matéria não estava disponível na internet até a publicação desta edição do MegaExpresso), que destaca o fato de o sistema elétrico brasileiro não ter sido sobrecarregado nos últimos anos, porque a indústria, setor que mais consome energia, operou com ociosidade por conta da crise.
A reportagem destaca, ainda, que os indicadores industriais, atualmente, apontam intenção de maior utilização da capacidade instalada em 2020. Para especialistas ouvidos pelo jornal, mesmo com uma improvável expansão mais robusta da atividade econômica, não há risco de desabastecimento, porque, em 19 anos (desde 2001, quando houve apagão de energia elétrica no país), o país diversificou a matriz energética – com mais parques térmicos e maior participação de geração eólica, solar e de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) – e ampliou as linhas e a capacidade de transmissão de eletricidade.
O presidente da Associação Brasileira das Companhias de Energia Elétrica (ABCE), Alexei Vivan, explica que o temor com o desabastecimento recrudesceu após a situação dos reservatórios do país, que ficaram relativamente baixos nos anos mais recentes e ainda não se recuperaram completamente. Mas o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa que “mesmo com uma possível retomada do crescimento industrial, não haverá problemas de suprimento de energia”.
Com privatização à vista, ações da CEB sobem até 180% em um ano
A promessa do governo do Distrito Federal de privatizar o sistema de distribuição de eletricidade da Companhia Energética de Brasília (CEB) fez os preços das ações da empresa dispararem na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). No acumulado de um ano, os papéis apontam valorização de até 180% ante alta de apenas 16,8% do Ibovespa, o principal índice de lucratividade do pregão paulista.
Em janeiro deste ano, as ações da CEB, holding que controla um grupo de empresas de geração e distribuição de energia, registraram ganhos superiores a 34%. Em igual período, o Ibovespa caiu 1,6%. Caso a companhia fosse vendida hoje pelo valor de mercado, o governo do Distrito Federal arrecadaria R$ 1 bilhão. Em janeiro de 2018, a totalidade das ações da empresa valia R$ 577 milhões. As informações são do Blog do Vicente, do Correio Braziliense.
Bolsonaro anuncia projeto para mudar cobrança de ICMS sobre combustíveis
O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem (02/02) que vai encaminhar ao Congresso um projeto de lei para que o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de combustíveis, recolhido pelos estados, tenha um valor fixo por litro. O anúncio foi feito no Twitter.
O presidente culpou os governadores pelo fato de os preços dos combustíveis não baixarem nas bombas, apesar de medidas de alívio tomadas pelo governo federal. “Os governadores cobram, em média, 30% de ICMS sobre o valor médio cobrado nas bombas dos postos e atualizam apenas de 15 em 15 dias, prejudicando o consumidor”, afirmou. (Fonte: Folha de S. Paulo)
Efeito do coronavírus sobre a economia da China afeta a Petrobras
O Valor Econômico retoma hoje (03/02) o tema do impacto negativo do surto do coronavírus sobre a economia chinesa e, como consequência, sobre as exportações da Petrobras. A China é o principal mercado da Petrobras fora do Brasil. O país asiático absorve, ao todo, 17% de toda a produção de óleo e 72% das exportações da petroleira.
Segundo dois especialistas ouvidos pela reportagem, o principal impacto para a estatal brasileira, nos próximos meses, será lidar com um ambiente mais restrito às vendas e com uma potencial queda dos preços do barril de petróleo num momento em que a empresa busca clientes para os volumes crescentes do pré-sal.
PANORAMA DA MÍDIA
Depois de um prolongado período de redução de suas dívidas, as famílias brasileiras voltaram a se endividar, destaca o Valor Econômico, em sua edição desta segunda-feira (03/02). Dados do Banco Central mostram que, em novembro de 2019, as dívidas com o Sistema Financeiro Nacional alcançavam 44,9% da renda efetiva acumulada em 12 meses, 2,3 pontos percentuais acima do observado em igual período de 2018. Excluído o financiamento imobiliário, o endividamento é bem menor, mas também está em trajetória ascendente: subiu de 24,1% para 26,3% em um ano.
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o número de trabalhadores que ganham no máximo um salário mínimo cresceu. Entre os motivos apontados estão a retomada lenta do emprego, que vem, sobretudo, por meio de vagas de baixa remuneração, e o número ainda expressivo de desempregados. Entre o terceiro trimestre de 2014, início da recessão, e o mesmo período do ano passado, meio milhão de trabalhadores passaram a ganhar o mínimo. Quando se compara o ano passado com 2015, no auge da crise, essa diferença chega a 1,8 milhão de pessoas.
No trimestre encerrado em setembro do ano passado, eram 27,3 milhões recebendo até um salário, um terço do total de trabalhadores do país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, compilados pela consultoria IDados.
O principal destaque de hoje do jornal O Globo é o crescimento do número de aposentados nos estados. Entre 2017 e 2019, dobrou o número de estados com mais aposentados e pensionistas do que servidores da ativa em seus regimes próprios de Previdência. Pelo menos dez estados chegaram ao fim do ano passado nessa situação. Em 2017, eram apenas cinco, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
O Rio Grande do Sul é o caso mais extremo: há 2,9 aposentados e pensionistas para cada servidor da ativa. Há dois anos, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Espírito Santo também já tinham mais inativos que servidores trabalhando, segundo o Ibre.
O Correio Braziliense informa que o governo brasileiro vai trazer de volta os brasileiros que estão em Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus. Segundo os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa, os detalhes da operação, que será feita com aeronave fretada, serão divulgados posteriormente.
A Folha de S. Paulo traz informações de uma pesquisa realizada pela Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), segundo a qual 1.680 pessoas, em média, consomem drogas diariamente na cracolândia, que se espalha por ruas da Santa Ifigênia, do Campos Elísios e da Luz. Os pesquisadores concluíram também que cada um dos usuários gasta, em média, R$ 192,5 por dia com o crack. Ou seja, mensalmente o tráfico arrecada R$ 9,7 milhões ali. Ainda de acordo com a pesquisa, 46% dos frequentadores da cracolândia compra drogas com o que arrecada em roubos.