A potência gerada por projetos de energia eólica nos países da América cresceu 12% em 2019, para 148 GW, informou o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC). Os novos projetos somaram 13,4 GW. Para o período de 2020 a 2024, a entidade prevê a adição de 72 GW na região, chegando a 220 GW no total.
Nos últimos 10 anos, a capacidade instalada total nas Américas triplicou, segundo o GWEC.
O Brasil ficou em quarto lugar entre os países que mais adicionaram potência eólica ano passado. O maior crescimento, de 9,14 GW, se deu nos Estados Unidos. Em seguida, aparecem México (1,28 GW), Argentina (931 MW) e Brasil (745 MW).
Segundo o GWEC, o crescimento da potência eólica nos países da América do Sul e Caribe foi 5% menor do que o obtido em 2018. A perspectiva para a fonte nos próximos dois a três anos nesses países, principalmente Argentina e Brasil, é ameaçada por problemas políticos e regulatórios.
Ainda assim, o GWEC destaca o grande potencial de geração eólica no Brasil, principalmente projetos offshore, que podem chegar a até 700 GW, de acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Em nota, o CEO do GWEC, Ben Backwell, comemorou o crescimento contínuo de projetos de geração eólica nas Américas, mas destacou que há medidas que os governos locais podem adotar para tomar vantagem do potencial da região. “Enquanto isso, a guerra comercial entre Estados Unidos e China continua a constituir uma ameaça à indústria, pois as tarifas cobradas sobre aço e alumínio, que representam cerca de 90% das turbinas eólicas, pressionam a cadeia de suprimento dos Estados Unidos e podem elevar os custos dos projetos em até 10%”, disse.
Na América Latina, a entidade destaca as oportunidades em países como Colômbia e Chile, que ainda oferecem grande potencial de geração eólica.