MegaExpresso

Nova hidrelétrica binacional pode ser construída na Bolívia – Edição da Manhã

A possibilidade de o Brasil construir uma usina hidrelétrica binacional com a Bolívia voltou a ser considerada ontem (14/02), durante evento realizado em comemoração à geração recorde da hidrelétrica de Itaipu, de 2,7 bilhões de megaWatts/hora (MW/h) produzidos desde o início de sua operação, em 1984. O comentário foi feito pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.

O projeto seria no Rio Madeira, acima do município de Guajará-Mirim (RO), e contaria com experiência e investimentos de Itaipu. “Ela (a nova usina) vai ser necessária. A previsão é que sejam duas hidrelétricas, de 5 mil MW a 6 mil MW (no total). O Brasil precisa de energia segura. A engenharia diplomática para fazer uma construção dessas não é pequena. É tão complexa quanto é a engenharia para fazer a obra”, disse Silva e Luna.

De acordo com a Agência Brasil, que publicou reportagem a respeito, dentro de três anos, Itaipu terá quitada a dívida contraída no passado para a construção da usina, o que vai liberar cerca de US$ 2 bilhões por ano, metade para o Paraguai e metade para o Brasil, que passará a contar com US$ 1 bilhão para investimentos, cerca de R$ 4,3 bilhões. O dinheiro, segundo Silva e Luna, poderia ser aplicado na construção da usina binacional ou, se for o caso, em melhorias na usina de Itaipu.

O diretor-técnico executivo de Itaipu, Celso Villa Torino, estimou em cerca de US$ 5 bilhões o valor da construção de uma usina binacional com a Bolívia, tomando-se em conta o valor das grandes usinas construídas recentemente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Anexo C e melhorias em Itaipu

Durante o evento realizado ontem (14/02), para comemorar a geração recorde da hidrelétrica de Itaipu, de 2,7 bilhões de megaWatts/hora (MW/h) produzidos desde o início de sua operação, em 1984, diretor-geral brasileiro da hidrelétrica, general Joaquim Silva e Luna, comentou sobre a revisão do Anexo C do Tratado de Itaipu, de abril de 1973, que trata das bases de comercialização da energia gerada pela hidrelétrica e que será revisto em 2023.

Atualmente, o Paraguai é obrigado a vender para o Brasil a parte de sua produção que não consome. A energia de Itaipu abastece 85% da demanda paraguaia. Parte da produção paraguaia é vendida para o Brasil. De acordo com Silva e Luna, a revisão do Anexo C está sendo bem conduzida. “Teremos um grupo de trabalho único binacional. Se chega (a um consenso) através de conversa, diálogo, convencimento. Eu vejo isto com total otimismo”, afirmou.

Outro tema por ele abordado com jornalistas foi o possível aumento do nível do reservatório, em um metro de altura, a fim de conferir mais estabilidade e potência à usina. A obra não deverá causar impacto ambiental de alagamento além das terras da própria usina.

Além disso, haverá, a partir do segundo semestre deste ano, a modernização de cada uma das 20 unidades geradoras onde ficam as turbinas. Cada unidade é responsável pela geração aproximada de 5% do total e deverá ficar parada por até seis meses. A estimativa é que o processo vai durar 14 anos. Será feita uma licitação internacional para as obras de modernização. As informações são da Agência Brasil e fazem parte da reportagem sobre o evento comemorativo realizado em Itaipu.

Um número que é uma verdadeira caixa-preta na Petrobras

Blog do jornalista Lauro Jardim, no Globo: “A Petrobras entra hoje (15/02) em seu 15º dia de greve e, por ora, não há perigo de desabastecimento. A estatal contratou equipes de técnicos (em geral, ex-funcionários da própria Petrobras) para operarem refinarias e outros setores para que a produção não seja interrompida. Quantos já foram chamados para a tarefa? Este é um segredo de estado na Petrobras. Se há uma caixa-preta hoje na empresa é em relação ao número de pessoas chamadas para mitigar os efeitos de uma greve longa. A propósito, por causa da greve, Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras, adiou suas férias, marcadas para começar depois de amanhã.”

PANORAMA DA MÍDIA

A Folha de S. Paulo informa que os resultados da atividade econômica abaixo do esperado em dezembro de 2019 levam à revisão de expectativas do mercado em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2020, que pode ficar em 2%. De acordo com a reportagem, os dois maiores bancos privados do país, Itaú Unibanco e Bradesco, no entanto, estão mantendo, por enquanto, suas estimativas: 2,2% e 2,5%, respectivamente. Mas o viés é de leve baixa no caso do Itaú Unibanco. O mercado ainda vê pontos favoráveis na construção civil, na safra agrícola recorde, no consumo das famílias, no mercado de trabalho e, principalmente, no aumento do crédito.

O principal destaque da edição deste sábado (15/02) do jornal O Globo é o decréscimo do número de mortes em crimes violentos registrados no Brasil em 2019: 19% menos que em 2018. De acordo com a reportagem, o número é o menor da série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coleta os dados desde 2007. Durante 2019, foram 41.635 assassinatos, diante de 51.558 de 2018. É o que mostra o índice nacional criado pelo site Gl, com base em informações oficiais de 26 estados e Distrito Federal.

O jornal O Estado de S. Paulo informa, em manchete, que a prisão de brasileiros nos Estados é recorde. Há relatos de fome, frio e abandono. O total de imigrantes do Brasil detidos na fronteira sul dos EUA aumentou de 1.504, em 2018, para 17.893, em 2019. O governo norte-americano expulsou os ilegais para Ciudad Juárez, uma das cidades mais violentas do México.

 

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.