Em matéria publicada hoje (18/02) sobre os resultados de 2019 do grupo Neoenergia, o Valor Econômico destaca que, no primeiro resultado anual após a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em junho do ano passado, a companhia alcançou lucro líquido recorde de R$ 2,229 bilhões em 2019. Pela primeira vez, o resultado, 45,1% superior ao apurado no ano anterior, ficou acima da casa dos R$ 2 bilhões.
Segundo o diretor-presidente do grupo, Mario Ruiz-Tagle, os resultados do quarto trimestre de 2019 e do ano passado como um todo foram impulsionados pelo crescimento do mercado das distribuidoras do grupo, acima do crescimento estimado da economia brasileira no mesmo período, e pelo controle de custos. “O resultado [de 2019] é, sem dúvida, histórico. Mas o fato de acontecer depois do IPO representa a coerência da mensagem que passamos para os investidores.”
Para desenvolver o mercado de gás natural
O jornal O Globo traz hoje (18/02) um artigo assinado por professores da PUC-Rio (os nomes dos autores encontram-se no fim deste resumo), em que eles analisam o potencial do gás do pré-sal para a redução do custo da energia no Brasil e apontam os desafios para que a produção se transforme em oferta de gás ao mercado.
A premissa do governo – e dos autores deste artigo – é que o crescimento da produção de gás natural resultará em preços mais baixos devido à competição entre os produtores, o que irá beneficiar as indústrias intensivas em energia. “Somente no pré-sal, essa produção deve saltar de 73 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/dia) atualmente para 130 MMm³/dia em 2030”, afirmam os autores.
Segundo eles, entre os desafios a serem enfrentados estão os investimentos necessários para o escoamento do gás e as garantias de mercado necessárias para que as empresas aprovem esses investimentos. “É crucial destravar e organizar o mercado de gás natural para criar a alternativa da oferta comercial do gás.”
Eles apontam, ainda, que “através de políticas adequadas será possível promover o aproveitamento comercial de parcela importante da produção do pré-sal no mercado doméstico e também para exportação”.
Autores: Eloi Fernández y Fernández, com Oswaldo Pedrosa, Reinaldo de Souza e Paula Maçaira, professores do Instituto de Energia da PUC-Rio; e Edmar de Almeida, professor do Instituto de Economia da UFRJ e do Instituto de Energia da PUC-Rio.
Greve dos petroleiros é ilegal e abusiva, diz TST
O ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), atendeu ontem (17/02) a pedido da Petrobras e considerou “abusiva e ilegal” a greve dos petroleiros, que dura 17 dias. O ministro autorizou, ainda, que a estatal tome “medidas administrativas cabíveis”, como corte de salários, sanções disciplinares e demissão por justa causa.
Pela decisão, os sindicatos terão que cumprir o percentual mínimo de 90% dos trabalhadores em atividade. O ministro ordenou que, em caso de descumprimento, os sindicatos paguem entre R$ 250 mil e R$ 500 mil por dia, a depender do porte da entidade, além de ter contas bloqueadas. O julgamento definitivo da questão no TST está marcado para 9 de março. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Diretora deixa Eletrobras
A Eletrobras informou que a diretora de Governança, Riscos e Conformidade, Lucia Maria Martins Casasanta, renunciou ao cargo, alegando motivos de ordem pessoal. Ela se desligará da função até o dia 30 de abril. A empresa divulgou que o candidato para cargo será selecionado por meio de lista tríplice definida por empresa especializada em seleção de executivos, conforme determinado pelo estatuto social da empresa. (Fonte: Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O Valor Econômico informa que o Banco Central vai regulamentar a cobrança feita pelos bancos quando um cliente solicita a transferência de seu crédito para outra instituição. Hoje, a instituição que recebe o crédito paga à que cedeu uma taxa chamada de Ressarcimento de Custo Operacional (RCO). Nos empréstimos mais altos, representa de 1,5% a 2% do total. Para transferir crédito de R$ 1 milhão de um banco para outro, o custo varia de R$ 15 mil a R$ 20 mil.
O jornal O Estado de S. Paulo também traz matéria sobre o Banco Central (BC). O destaque é uma proposta de mudança na legislação, em estudo pelo BC, para permitir que um mesmo imóvel seja dado em garantia em mais de um financiamento, por instituições financeiras diferentes e prazos diversos. A taxa de juros desse empréstimo deve ser mais barata que a do crédito consignado, no qual a garantia é o salário do trabalhador. De acordo com a reportagem, esse tipo de empréstimo é comum em vários países, mas no Brasil o imóvel quitado só pode garantir uma única operação.
A greve dos petroleiros é a principal reportagem da edição de hoje (18/02) da Folha de S. Paulo. O jornal informa que, em seu 18º dia, o movimento vem angariando apoio de partidos de oposição, que querem usar a greve como instrumento contra o programa de privatizações do governo federal.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a categoria pede a suspensão de quase mil demissões (396 próprios e 600 terceirizados) feitas pela Petrobras após o fechamento da fábrica de fertilizantes Araucária Hidrogenados, no Paraná. Os petroleiros protestam, também, contra mudanças em temas como troca de turno e pagamento de horas extras que, segundo eles, foram definidas sem negociação prevista no acordo coletivo.
O jornal O Globo informa que o processo de privatização da Companhia Estadual de Água e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) não vai se restringir apenas às áreas de distribuição de água e de coleta e tratamento de esgoto. O governo do estado também pretende se desfazer de parte da companhia, que ficará responsável pelas etapas de captação e tratamento de água, em uma operação de venda de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores, em 2021.