Reportagem do Correio Braziliense mostra como a indústria automotiva se prepara para o futuro dos veículos movidos a eletricidade e gás, uma alternativa à gasolina e ao diesel. As perspectivas são promissoras, segundo a reportagem, em função da abertura do mercado de gás natural, do programa Renovabio, que incentiva o uso de biocombustíveis, e do desenvolvimento do biogás. O desafio é a falta de infraestrutura para garantir a oferta na ponta, ou seja, levar esses combustíveis ao tanque dos carros dos brasileiros.
A secretária de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Renata Isfer, explica que o governo quer ampliar a diversidade na matriz, para que o próprio mercado defina qual tecnologia será mais viável. “Temos opções de carro elétrico, etanol, veículos a gás. Quanto mais, melhor. Os combustíveis competem entre si. Isso é bom para o consumidor”, diz.
O preço dos carros elétricos é outro desafio. Por causa disso, a participação deles na frota é inexpressiva. Dos mais de 40 milhões de veículos que circulam no país, apenas 20 mil são híbridos/elétricos, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A questão da bateria, que dura apenas cinco anos, e não é de descarte simples, por ser altamente poluente, também trava o desenvolvimento do setor.
O ‘pré-sal caipira’: a energia que vem dos porcos
O jornal O Estado de S. Paulo publicou hoje (23/02), na versão impressa, reportagem produzida na semana passada para o seu portal de internet (o link é da versão online), que mostra como dejetos de suínos, antigo problema ambiental em regiões onde há criação de porcos, viram insumo para geração de biogás e alternativa de renda aos produtores no oeste do Paraná.
Como exemplo, a reportagem mostra o projeto pioneiro, desenvolvido no município de Entre Rios do Oeste, a 133 quilômetros de Foz do Iguaçu. O biogás produzido a partir de resíduos da produção agropecuária abastece um gerador que ajudou a reduzir a conta de luz da empresa pela metade.
Ainda de acordo com a reportagem, o modelo de negócios se tornou viável por meio da geração distribuída (GD), na qual o consumidor passa a gerar sua própria energia. A modalidade é mais conhecida pelos painéis solares, mas a GD vai muito além da energia solar, e inclui a energia gerada por eólicas, bagaço de cana-de-açúcar, aterros sanitários e, também, pelo esterco de animais. A versão online da reportagem, divulgada na última quarta-feira (19/02), inclui um vídeo que conta a história dessa experiência, iniciada em 2008 e que hoje integra um projeto coletivo de biogás.
PANORAMA DA MÍDIA
O Carnaval divide o espaço com a política e a economia, nas edições de hoje (23/02) dos principais jornais do país. O jornal O Estado de S. Paulo informa que, com o impulso de empresas de porte médio, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, pode movimentar R$ 200 bilhões em 2020, entre aberturas de capital e novas emissões de empresas já listadas. Segundo a reportagem, muitas dessas empresas estão fora do eixo Rio-São Paulo. Elas buscam na Bolsa, no Brasil e no exterior, recursos para expandir seus projetos.
O foco da principal reportagem da Folha de S. Paulo é o impacto negativo de posições assumidas pelo governo brasileiro em questões ambientais, sobre a disposição de investidores estrangeiros para injetar dinheiro no Brasil. O jornal informa que o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou de Davos (Suíça), onde participou do Fórum Econômico Mundial, em janeiro, inquieto com a recepção de investidores estrangeiros a seus apelos para que injetassem dinheiro no Brasil.
O jornal O Globo traz diversas reportagens sobre o Carnaval. “No Sambódromo, a hora e a vez das bandeiras sociais”, diz a manchete deste domingo. O jornal destaca que a intolerância religiosa, o racismo, a misoginia e a homofobia serão temas de um dos carnavais mais politizados do Grupo Especial, que reúne as principais escolas de samba do Rio de Janeiro.