O consumo de energia elétrica no país, entre os dias 1º e 15 de fevereiro, registrou queda de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 65.894 MW médios. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e constam do boletim InfoMercado Quinzenal.
O Ambiente de Contratação Regulada (ACR) apresentou retração no consumo de 4,1%, considerando a migração de clientes cativos para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). O ACL apresentou crescimento de 3,5% no consumo em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o balanço da CCEE, desconsiderando o fator de migração, os segmentos que registraram maior queda de consumo, considerando autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, foram: extração de minerais metálicos (7,3%), veículos (6,8%), e madeira, papel e celulose (5,2%).
O boletim da CCEE traz, também, informações sobre geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) na primeira quinzena do mês. Com 70.573 MW médios, a produção registrou queda de 1,6% em relação aos 69.443 MW médios do mesmo período do ano passado. A íntegra do InfoMercado Quinzenal pode ser consultada no site da instituição, por meio deste link.
País tem ‘folga’ de energia, pelo menos até 2024
O jornal O Estado de S. Paulo traz hoje (25/02) uma reportagem sobre a capacidade de fornecimento de energia elétrica pelo parque gerador do país, em um cenário de crescimento da economia brasileira. Para especialistas ouvidos pela reportagem, a expansão do parque gerador nos últimos anos garante uma folga pelo menos até 2024, e não há qualquer risco de desabastecimento. Após três anos de avanço próximo de 1%, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 está em 2,23%, segundo a última pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada na semana passada.
Nos quatro anos anteriores, o consumo de energia subiu cerca de 5%, de 64 mil megawatts médios (MWm) em 2015 para 67 mil MWm em 2019. No mesmo período, a capacidade instalada subiu 22%, de 134 gigawatts (GW) para 172 GW. Foi ao longo desse período que entraram em operação as hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau, Belo Monte, eólicas e solares. Outros 23 GW devem entrar em operação até 2024, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) destaca trabalho para reverter reatores de pesquisa
O site Petronotícias informa que quase 3500 kg de urânio altamente enriquecido (HEU) foram removidos dos locais de reatores de pesquisa em todo o mundo nas últimas décadas, graças aos esforços apoiados pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Setenta e um reatores de pesquisa foram convertidos para usar combustível de urânio com baixo enriquecimento (LEU) desde 1978. A conversão desses reatores para o uso de LEU reduz o risco de proliferação apresentado pela HEU.
A maioria dos reatores de pesquisa do mundo foi construída nas décadas de 1960 e 1970, usando a tecnologia que exigia que a HEU realizasse experimentos. Agora, grande parte dessa pesquisa pode ser realizada com LEU, dos quais o urânio-235 é responsável por menos de 20%.
Festival de Berlim: filme brasileiro narra o impacto da hidrelétrica Tucuruí na vida de centenas de ribeirinhos
O documentário “O reflexo do lago”, do cineasta paraense Fernando Segtowick, foi exibido ontem (24/02) na mostra Panorama do Festival de Berlim. O documentário foca as comunidades que vivem no arquipélago do lago criado pela hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, inaugurada em 1984, e o impacto da obra na vida dos ribeirinhos. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo.
PANORAMA DA MÍDIA
Avanço do coronavírus derruba bolsas pelo mundo. A notícia é o destaque desta terça-feira (25/02) nos principais jornais do país. O avanço do novo coronavírus na Itália (onde foram registradas sete mortes), na Coréia do Sul (com também sete mortes confirmadas) e no Irã mostra que a doença já não está mais circunscrita aos limites da China. E a avaliação é de que, se essa propagação começar a crescer, os efeitos na economia global podem ser catastróficos. Na Itália, projeção é de que o PIB pode ter queda de até 1% por conta da epidemia.
No Brasil, o Ministério da Saúde incluiu Itália, França e Alemanha na lista de países que terão os passageiros monitorados na chegada ao país. Será considerado suspeito da doença quem vier desses locais com sintomas como febre e tosse. (O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Correio Braziliense)
O Valor Econômico, que não circula em versão impressa em fins de semana e feriados, informa, em seu portal de notícias, que centenas de turistas e funcionários de um hotel nas ilhas Canárias, Espanha, foram colocados em quarentena hoje (25/02), após um hóspede ter sido testado como positivo para o vírus.