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Disparada do dólar pressiona conta de luz e deve impedir alívio em tarifas – Edição da Manhã

A recente disparada na cotação do dólar deve pressionar as contas de luz no Brasil e impedir que consumidores tenham alívio tarifário em 2020, caso a moeda norte-americana siga no atual patamar. A informação é da agência de notícias Reuters, que ouviu especialistas de mercado sobre o tema.

Os impactos devem ser sentidos principalmente por clientes de distribuidoras das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, que recebem parte de sua energia da hidrelétrica binacional de Itaipi, cuja produção é cotada em dólares. Segundo projeção da empresa de tecnologia TR Soluções, se o dólar seguir acima dos R$ 4,60, como tem ocorrido recentemente, as tarifas das distribuidoras de energia dessas regiões atendidas por Itaipu devem ter uma elevação média no ano de 2%, contra cenário praticamente de estabilidade esperado em janeiro (+0,4%).

A consultoria Thymos Energia vê cenário semelhante- a empresa havia projetado em setembro passado que as tarifas poderiam cair em média 2%, mas agora trabalha com cenário de estabilidade ou leve aumento, principalmente para as distribuidoras cujos reajustes acontecem mais à frente no ano, se mantida a alta da moeda norte-americana.

Empresas do setor elétrico restringem viagens de executivos por causa do surto de coronavírus

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A Agência Infra traz uma reportagem sobre o impacto do surto global do coronavírus sobre a rotina das empresas do setor elétrico no Brasil. Por mais que o país até agora não figure na lista de risco de organizações de saúde, geradoras e transmissoras com capital estrangeiro têm adotado medidas para evitar a contaminação de funcionários e diretores.

A Enel, de capital italiano, suspendeu viagens para China, Hong Kong, Macau e Taipé, incluindo escalas.

A EDP Brasil, braço brasileiro da EDP de Portugal: cancelou as viagens de sua diretoria aos oito países mais afetados pelo novo surto. A recomendação é que também evitem viagens aéreas neste período.

A CTG Brasil, que tem capital chinês e opera em sete hidrelétricas e 11 parques eólicos no Brasil, informou que a nova epidemia de coronavírus não afeta qualquer negócio da empresa no Brasil, mas que todas as viagens não emergenciais foram suspensas e, principalmente por conta do período de férias, qualquer colaborador que esteja retornando de uma viagem internacional está passando por avaliação médica.

Outras empresas chinesas com participação no Brasil, como a SIPC e a State Grid, foram consultadas pela reportagem, mas não responderam.

A agência de notícias Reuters informa que a indústria de petróleo e gás também está cancelando importantes eventos e encontros técnicos e acadêmicos, apostando em alguns casos na realização de conferências virtuais, devido às preocupações com a rápida disseminação do coronavírus.

De acordo com a reportagem, uma grande conferência do setor de energia planejada para março pela empresa de investimentos Scotia Howard Weil em Nova Orleans, nos Estados Unidos, poderá ser realizada online. Nesse caso, os palestrantes poderiam se apresentar por transmissão em vídeo.

EDP entrega usina solar da Brametal

A EDP Smart, divisão que reúne o portfólio de soluções em energia da elétrica portuguesa EDP no Brasil, entregou uma usina solar para a Brametal, empresa que atua no setor de estruturas metálicas para geração e transmissão de energia elétrica, telecomunicações e geração de energias renováveis a partir de fontes eólica e fotovoltaica.

Localizada em Linhares (ES), próximo à fábrica da companhia, a planta gera 2.489 MWh por ano na fonte solar fotovoltaica. A usina solar é composta por 3.780 módulos fotovoltaicos distribuídos em uma área de cerca de 40 mil metros quadrados e conta com “trackers” – sistema pelo qual os módulos se movem de acordo com as mudanças no ângulo dos raios solares para maior aproveitamento da irradiação. (Fonte: Canal Energia)

PANORAMA DA MÍDIA

A Bolsa brasileira recuou 4,14% ontem (06/03), fechando abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez desde outubro. Esse é o destaque das edições de hoje dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo.

Além de acompanhar a queda das Bolsas nos mercados globais, no Brasil há o agravante da crise de confiança gerada por dados econômicos frustrantes e pela incerteza no cenário político. O resultado foi a maior fuga de investidores estrangeiros já registrada no país. Eles retiraram R$ 44,8 bilhões do mercado até 4 de março, mais que em todo o ano de 2019.

O jornal O Estado de S. Paulo destaca que a uma semana das manifestações contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), subiu o tom das críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Ao participar de um debate em São Paulo, ontem (06/03), Maia disse que o entorno do governo tem uma estrutura para “viralizar o ódio” por meio de notícias falsas e que o presidente Jair Bolsonaro afasta investidores ao gerar incertezas sobre seus compromissos com a democracia e o meio ambiente.

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