A Folha de S. Paulo informa que o governo negocia com distribuidoras de energia elétrica uma solução, que pode ser via empréstimo de recursos, para os problemas financeiros gerados pela queda no consumo de eletricidade e as perspectivas de aumento da inadimplência.
A reportagem destaca que a situação é agravada pela queda do preço da energia no mercado livre, que amplia as tensões entre geradores e clientes. “Nós não podemos continuar com a situação sem solução”, diz o presidente da Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira. Segundo ele, o ideal é que uma proposta de ajuda ao segmento seja definida ainda nesta semana.
As distribuidoras compram boa parte da eletricidade que vendem em contratos de longo prazo, definidos com base em expectativas de consumo. Com a queda abrupta na demanda após o início das medidas de isola mento para enfrentar o coronavírus, se viram com energia sobrando.
Na semana passada, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reviu a projeção de consumo de energia para 2020, passando de crescimento de 4,2% para queda de 0,9%, reflexo do esperado recuo da atividade econômica.
Eletrobras e Petrobras cogitam usar testes rápidos para coronavírus em todos seus funcionários
Os 10 milhões de testes rápidos chineses para a covid-19, que começaram a chegar ontem (30/03) ao Brasil, serão distribuídos ao pessoal de saúde dos estados. Não há kits suficientes para fazer testagem massiva, como fez em grande parte a Coreia do Sul, o que permitiu com sucesso o isolamento de pessoas contaminadas que nem sabiam que tinham o vírus.
Mas empresas que não podem parar, como a Eletrobras e a Petrobras, estão pensando, numa segunda etapa, testar todo o seu pessoal. A informação é do jornalista Ancelmo Gois, do Globo.
MME cria comitês setoriais para coordenar os impactos da covid-19
Os comitês executivos, criados na semana passada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para articular as demandas dos setores de energia elétrica, petróleo, gás natural e biocombustíveis e de mineração, já estão em atuação.
Os comitês foram criados como resposta à necessidade de tratar dos impactos do novo coronavírus (covid-19) sobre a economia e a sociedade. Com a medida, o MME passa a centralizar a gestão da crise nos setores energético e mineral, concentrando as tratativas com agentes, órgãos e entidades para a definição de ações de enfrentamento aos impactos da pandemia sobre estes setores, seus integrantes e usuários. (Fonte: MME)
Avança pesquisa científica para eliminar mexilhões que prejudicam hidrelétricas no país
A empresa Bio Bureau Tecnologia está desenvolvendo um projeto científico que tem por objetivo modificar a genética do mexilhão-dourado, uma espécie invasora de molusco que se reproduz em grande escala e entope as tubulações e turbinas de 40% das hidrelétricas brasileiras.
O site Petronotícias, que publicou uma reportagem sobre o tema, mostra que a pesquisa está avançada. Os cientistas fizeram um estudo para identificar a variabilidade genética dos mexilhões em diferentes reservatórios ao longo do país. E os resultados foram animadores.
“Concluímos que não há diferenças populacionais significativas no genoma dos mexilhões presentes em reservatórios de diferentes hidrelétricas e que a solução biotecnológica que está sendo desenvolvida com base no genoma de animais que foram coletados em São Paulo tem tudo para funcionar em qualquer reservatório do Brasil”, explicou o fundador e biólogo da Bio Bureau, Mauro Rebelo.
A reportagem explica que, ao todo, foram analisados mais de 8 mil locais do genoma (loci) de 30 indivíduos nos reservatórios de Garibaldi (SC), Itaipu (PR), Chavantes (SP), Jupiá (SP) e Sobradinho (PE). Rebelo fala que a próxima etapa será a criação de um protótipo do mexilhão geneticamente modificado. Com isso, espera-se que a praga seja eliminada ao longo do tempo.
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Estado de S. Paulo destaca, em sua principal reportagem de hoje (31/03), que o número de internações por síndrome respiratória aguda grave já era cinco vezes maior, em meados de março no país, do que no mesmo período de 2019. Ontem, o Ministério da Saúde informou que na semana entre os dias 15 e 21 houve 5.787 internações de pacientes com a síndrome, 355 delas já confirmadas como covid-19.
O governo federal decidiu centralizar no Palácio do Planalto as entrevistas sobre o combate ao coronavírus, informa o jornal O Globo. De acordo com a reportagem, a medida retira parte da autonomia da equipe do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O ministério defende o isolamento social, segundo o qual quem pode deve permanecer em casa, garantindo a segurança dos que trabalham em serviços essenciais, como profissionais da saúde, transporte, abastecimento e fábricas.
Em destaque na edição desta terça-feira, a Folha de S. Paulo informa que os ministros Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) uniram-se nos bastidores no apoio ao colega Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e na defesa da manutenção das medidas de distanciamento social e isolamento da população no combate à pandemia do coronavírus.
De acordo com a reportagem, o trio formou uma espécie de bloco antagônico, com o apoio de setores militares, criando um movimento oposto ao comportamento do presidente Jair Bolsonaro, contrário ao confinamento das pessoas, incluindo o fechamento do comércio.
Associações que representam grandes varejistas, shopping centers e lojistas encaminharam cartas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para protestar contra os bancos, que, segundo as entidades, elevaram de forma “expressiva” as taxas de juros, informa o Valor Econômico. Em média, reclamam, os juros tiveram alta de 50%, chegando a 70% em alguns casos.