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Petrobras está hoje mais bem preparada do que em outras crises – Edição da Manhã

Na contramão do Ibovespa, o índice da Bolsa de Valores de São Paulo, as ações da Petrobras fecharam a semana com valorização em torno de 15%. Apesar da recuperação dos preços do petróleo, com alta acumulada superior a 30% na semana, o movimento da estatal na Bolsa tem como pano de fundo também os melhores fundamentos, segundo analistas. Para eles, a estatal está mais preparada para enfrentar a crise do que em 2008. A análise é do jornal O Estado de S. Paulo, apenas em versão digital, para assinantes (seção de Economia).

Para Juliana Monteiro, analista da corretora de valores MyCap, a Petrobras de hoje se encontra em patamar muito diferente do de crises anteriores, em produção, endividamento e estrutura de capital. “Julgamos ser um movimento que deverá ser apoiado em múltiplos positivos no longo prazo com possível redução da guerra de preços e produção do petróleo”, afirma. Outros pontos importantes são a retomada da produção na China e a valorização do dólar.

Para Henrique Esteter, da Guide Investimentos, o mercado não trabalha com a manutenção do preço do petróleo na casa dos US$ 20 o barril por muito tempo. Sendo assim, o preço atual das ações ficou atrativo para compra. Álvaro Bandeira, economista chefe do banco Modalmais, diz que os cortes de produção anunciados pela empresa – um total de 200 mil barris por dia – é uma “atitude de empresa privada e que preserva a boa governança”.

A Petrobras de ajusta à crise do vírus

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O foco do editorial econômico da edição de hoje (04/04) do jornal O Estado de S. Paulo (apenas em versão digital, para assinantes) também é a Petrobras.

A análise do jornal parte do cenário adverso para os negócios, em que a estatal está inserida: queda nas cotações do petróleo, retração na demanda por combustíveis e a estratégia de concentração dos esforços na produção de petróleo, num momento em que “poderia ter sido melhor dispor de outras fontes (de receita) além daquelas provenientes da venda de óleo bruto, gás e derivados”.

No entanto, a Petrobras mostrou ser ágil ao adotar medidas para a reação, analisa o jornal. Entre elas está o corte de 200 mil barris dia (b/d) da produção de petróleo, além do que já havia sido anunciado em março (corte de 100 mil b/d). O editorial cita, também, a postergação do pagamento de vencimentos dos administradores e do pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio relativo aos resultados de 2019.

Entre outras medidas para proteger o caixa está a de reduzir de US$ 12 bilhões para US$ 8,5 bilhões os investimentos programados para este ano.

Consumo de energia cai 8% nas primeiras semanas de isolamento

O consumo de energia elétrica no Brasil caiu 8% na segunda quinzena de março, quando medidas de isolamento social para enfrentar a epidemia do coronavírus já estavam em vigor em parte do país.

A estimativa de redução no consumo foi feita pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em estudo que compara o desempenho do setor nas duas semanas de isolamento com períodos anteriores.

A redução é mais intensa no mercado livre (9,4%), que concentra grandes clientes comerciais e industriais, do que no mercado cativo (7,4%), onde estão o comércio e as residências. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

Encher o tanque com gasolina ficou R$ 15 mais barato em 11 semanas

O preço médio do litro da gasolina cobrado pelos postos brasileiros caiu para R$ 4,298 (-2,3%) na semana que termina hoje (04/04). O resultado corresponde à 11ª baixa consecutiva no preço do combustível aos motoristas, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Com a variação registrada desde o final de janeiro, quando cada litro da gasolina era vendido por, em média, R$ 4,594, é possível afirmar que o ato de encher um tanque de 50 litros com o combustível ficou R$ 14,80 ou 6,4% mais em conta no período. As informações são do portal de notícias R7.

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico informa que, no intervalo de apenas uma semana, observou que 26 instituições financeiras revisaram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Todas apontam para uma retração da economia e algumas indicam que o viés é baixista. A concordância se estende, ainda, para a política monetária.

Há, contudo, uma dispersão alta nos cenários projetados. Os economistas do Bradesco, por exemplo, projetam uma contração de 1% no PIB este ano “sob a hipótese de que a duração da paralisação e/ou o conjunto de medidas mitigatórias serão suficientes para evitar uma queda mais forte”.

Já a Pacífico Gestão de Recursos espera uma contração de 5,1% no PIB deste ano. As informações foram publicadas pelo site do Valor, que não circula em versão impressa em fins de semana e feriados.

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O jornal O Estado de S. Paulo destaca que o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem (03/04) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apelidada de “orçamento de guerra”. A PEC cria uma espécie de orçamento paralelo para segregar as despesas emergenciais que serão feitas para o enfrentamento da covid-19 no Brasil.

A medida vai vigorar durante o estado de calamidade pública já reconhecido pelo Congresso Nacional até o dia 31 de dezembro. O texto segue agora para o Senado. A PEC não vai à sanção do presidente, e é promulgada pelo próprio Congresso.

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O principal destaque da Folha de S. Paulo e do jornal O Globo é o resultado da última pesquisa Datafolha. A aprovação da condução da crise do covid-19 pelo Ministério da Saúde subiu 2i pontos e já é mais do que o dobro da registrada pelo presiidente Jair Bolsonaro. A pasta conduzida pelo ministro Luiz Henrique Mandetta tinha uma aprovação de 55%. Agora, o número saltou para 76%, enquanto a reprovação caiu de 12% para 5%.

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