MegaExpresso

Bandeira tarifária segue verde em maio – Edição da Manhã

A Agência Nacional de Energia Elétrica manteve a bandeira tarifária verde para o mês de maio, sem custo extra para os consumidores. O acionamento da bandeira verde ocorre pelo quarto mês consecutivo.

A agência informa que em abril, os principais reservatórios de hidrelétricas do Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentaram recuperação de níveis em razão do volume de chuvas próximo ao padrão histórico do mês. A combinação de reservatórios mais elevados com o impacto das medidas de combate à pandemia do covid-19 sobre o consumo de eletricidade sinaliza manutenção da elevada participação das hidrelétricas no atendimento à demanda de energia do SIN, sem a necessidade de acionamento do parque termelétrico de forma sistêmica.

Ainda segundo a Aneel, essa perspectiva refletiu-se na manutenção do preço da energia no mercado de curto prazo (PLD) e dos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) em patamares reduzidos. O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.

Momento decisivo para transmissão

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

O portal Brasil Energia traz hoje (25/04) uma análise sobre o setor de transmissão de energia elétrica, que enfrenta desafios impostos pela pandemia de covid-19, mas, sobretudo, por uma série de eventos que podem definir o rumo de futuros investimentos e dos empreendimentos já existentes.

A matéria destaca que os agentes de transmissão estão atentos a discussões que se realizam no âmbito do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre elas, os novos índices do custo médio ponderado de capital (WACC) e a extensão de consultas públicas que, em processos separados, tratam da substituição de equipamentos em fim de útil, revisão de receitas (RAP) para empreendimentos leiloados, e aprimoramento de regras para reforços e melhorias.

Outro ponto citado é o projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) lançado recentemente pela Aneel, para a montagem do módulo de transmissão do Sistema de Inteligência Analítica do Setor Elétrico (Siase).

O desafio do momento, segundo a análise do Brasil Energia, é a formulação de soluções adequadas ao cenário marcado por algumas incertezas. “Os resultados são capazes de mexer diretamente com a atratividade do segmento, inclusive com a velocidade de implantação de novos empreendimentos, que, nos últimos anos foi multiplicada não só graças a novos instrumentos de gestão como também pela introdução de modernas tecnologias.”

Para o consultor Thiago Pistore, que há anos dá suporte a clientes investidores durante a realização dos leilões de transmissão, mesmo ante cenários desafiadores, o segmento de transmissão permanecerá sendo um negócio interessante. Entre outras razões, ele está convicto que os principais pilares – estabilidade de regras e receitas garantidas – ainda serão capazes de atrair interessados, até porque a permanecer a tendência de queda das taxas de juros, a alternativa será investir em ativos confiáveis.

PANORAMA DA MÍDIA

A demissão de Sérgio Moro, do Ministério da Justiça, é a notícia de destaque nos jornais deste sábado (25/04), em reportagens, análises, artigos e editorias.

Confirmada no Diário Oficial da União logo no início da manhã de ontem (24/04), a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo, por decisão do presidente Jair Bolsonaro precipitou a demissão do ministro Sérgio Moro, da Justiça, e aprofundou a crise política do país. Ato contínuo à mudança na PF, Sérgio Moro convocou um pronunciamento no qual anunciou sua saída por causa da interferência política do presidente em sua gestão. À tarde, o presidente Bolsonaro também fez um pronunciamento em rede nacional (O Globo)

*****

Em editorial publicado na primeira página, a Folha de S. Paulo afirma: “São gravíssimas as acusações do ministro demissionário da Justiça, Sergio Moro, contra o presidente da República. A partir delas, torna-se inescapável que as autoridades competentes abram investigações para apurar crimes comuns e de responsabilidade atribuídos a Jair Bolsonaro.” O jornal destaca o momento difícil que o país enfrenta, pela combinação de crise sanitária e econômica, acrescida, agora, da crise política.

*****

Entre as diversas matérias publicadas hoje sobre a saída de Sérgio Moro da equipe de governo, a Folha de S. Paulo ouviu analistas, economistas e empresários que manifestaram preocupação ante a instabilidade política e econômica do país.

De acordo com a reportagem, eles apontam temor de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, possa ser o próximo a cair. Indicam, ainda, chances de que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), decida abrir um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. O retrato dessa incerteza é a alta do dólar, que superou os R$ 5,70. A Bolsa brasileira teve forte queda.

*****

O tom do editorial do jornal O Estado de S. Paulo também é de crítica: “A trajetória da Presidência de Bolsonaro até aqui é impressionante. No início, constituiu um Ministério até razoável, capaz de fazer um bom trabalho em quase todas as áreas, e informou que estabeleceria uma nova forma de relação com o Congresso, sem o velho toma lá dá cá. Um ano e pouco depois, Bolsonaro fez de seu gabinete uma grande barafunda, em que ninguém se entende, e, no Congresso, depois de seguidas derrotas por se negar ao diálogo, resolveu entabular negociação com partidos e políticos envolvidos em escândalos de corrupção, oferecendo-lhes cargos em troca de votos.”

O Estado também menciona a pandemia do coronavírus: “Em meio a uma pandemia devastadora, com milhares de doentes e mortos e com o sistema hospitalar público à beira do colapso, Bolsonaro preferiu desdenhar das vítimas e se mostrar mais preocupado com sua popularidade do que com a vida de seus governados.”

*****

O Ministério da Saúde anunciou ontem (24/04), em seu site oficial, que subiu para 3.670 o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil — 357 óbitos confirmados em 24 horas. Até quinta-feira, eram 3.313 mortes registradas. No total, são 52.995 casos oficiais no país, segundo os dados mais recentes do ministério, com 3.503 novos diagnósticos de quinta para sexta-feira. O ministério anunciou também que, ao todo, 26.573 pessoas se recuperaram da covid-19, enquanto 19.606 estão em acompanhamento. (UOL)

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.