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Sobra energia no Brasil e, mesmo assim, a conta de luz vai subir – Edição da Manhã

O portal Brasil Econômico traz hoje (03/05) uma entrevista com o vice-presidente da Comerc Energia, Marcelo Ávila, em que ele analisa o atual cenário de preços de energia elétrica, tanto no mercado livre como no ambiente regulado, em função da oferta e da demanda, neste momento de restrições da atividade econômica como medida de contenção da expansão da pandemia de covid-19 no Brasil.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Comerc Energia, o setor do comércio teve redução de 51,27% no consumo de energia na última semana de março, na comparação com o período de 9 a 15 do mesmo mês. Também apresentaram fortes quedas os setores têxtil, couro e vestuário (-48,77%), veículos e autopeças (-46,53%) e materiais de construção (-25,57%).

Com isso, o preço da energia elétrica comercializada na região Sudeste do país, no início de abril (03), caiu 61% na comparação com as primeiras semanas de março, para empresas que compram energia no mercado livre. “A tendência é que tenhamos preços mais baixos do que os que vinham sendo praticados no setor, permitindo a migração do consumidor para o mercado livre”, afirma Marcelo Ávila.

Já no mercado regulado, que atende os consumidores de baixa tensão, entre eles os consumidores residenciais, a tendência é de aumento na tarifa, pois o setor está em busca de empréstimos junto a instituições financeiras, que, posteriormente, será repassado à conta de luz dos consumidores.

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Em sua entrevista ao Brasil Econômico, Marcelo Ávila falou também sobre a expectativa das comercializadoras de energia em relação à abertura desse mercado para um maior número de consumidores, ou seja, a abertura do acesso a esse mercado, hoje limitado a consumidores de cargas mais altas de energia elétrica, como a indústria e o comércio. O executivo ressalta que há um projeto de lei em tramitação no Senado, que pode mudar essa situação.

“O projeto de lei 232/2016, se aprovado, permitirá que todos os consumidores, inclusive de baixa tensão, possam ser consumidores livres”, diz Ávila. “Com isso, seria possível realizar um grande acordo de negociação entre os principais stakeholders e, muito provavelmente, conquistar a modernização do nosso arcabouço regulatório e a ampliação do mercado livre”, completa.

Angra dos Reis faz leilão de PPP de iluminação pública, em versão adaptada

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a prefeitura de Angra dos Reis (RJ) vai realizar, na próxima sexta-feira (08/05), a licitação da parceria público privada (PPP) que administrará a iluminação pública do município pelos próximos 15 anos.

O valor do contrato é estimado em R$ 84 milhões e prevê a modernização da iluminação da cidade, com 20.564 pontos de luz, em três anos. O pagamento da contraprestação da prefeitura é garantido pela Contribuição da Iluminação Pública (CIP), embutida na conta de luz. O leilão será presencial e o formato foi adaptado para proteger os participantes. Entre as medidas de segurança está o limite de acesso a uma pessoa por vez para a entrega dos envelopes, o que ocorrerá amanhã (04/05). A B3 disponibilizará máscaras aos presentes e o uso será obrigatório durante todo o evento.

PANORAMA DA MÍDIA

Na última semana, o jornal O Globo entrevistou médicos, infectologistas, acadêmicos, moradores de bairros pobres e autoridades à frente da luta contra o coronavírus para traçar o perfil social de pessoas infectadas pela covid-19.

Em reportagem publicada na edição de hoje, o jornal mostra que o próximo pico da doença vai castigar com ainda mais força a parcela da população que historicamente sofre com a desigualdade social, não conta com saneamento básico e depende da rede pública de saúde. Em São Paulo, por exemplo, a doença hoje já é bem mais presente e letal na periferia.

“Se separarmos os bairros de São Paulo em três grupos, de acordo com a renda, observaremos que a mortalidade é bem menor nos distritos mais ricos, enquanto persiste nos de renda intermediária e baixa”, afirma Paulo Lotufo, epidemiologista da Universidade de São Paulo.

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A Folha de S. Paulo informa que a maioria dos estados brasileiros deve atingir neste mês a ocupação máxima dos leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) no Sistema Único de Saúde (SUS) por causa da epidemia da covid-19. No sistema privado, um número menor chegará ao limite de suas vagas de UTI em maio. Até o fim de junho, no entanto, a maioria dos estados poderá ter os leitos particulares e públicos lotados.

Durante o período de ocupação máxima, a falta de UTIs no sistema público pode atingir cerca de 20 estados e durar, em muitos casos, aproximadamente dois meses. No sistema particular, com mais leitos proporcionalmente, a carência de vagas será de cerca de um mês. Em ambos os sistemas, o tempo de internação em UTI de pacientes com a covid-19 pode variar de 21 a 35 dias – o que torna a falta de leitos prolongada.

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O principal destaque da edição de hoje (03/05) do jornal O Estado de S. Paulo são as negociações em curso entre o presidente Jair Bolsonaro e líderes de partidos que compõem o bloco do centrão. De acordo com a reportagem, o centrão avança, agora, em áreas do governo antes restritas aos militares.

Ainda segundo a reportagem, o presidente Bolsonaro tenta abrigar os partidos do bloco em diretorias estratégicas de agências, bancos regionais, fundações e estatais que operam orçamentos bilionários.

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