A Petrobras divulgou ontem (08/05) à tarde um comunicado ao mercado no qual reafirma seu compromisso com as propostas do novo mercado de gás, informa o Valor Econômico, em matéria publicada em seu portal de notícias. No texto, a estatal ressalta que os preços de venda do produto, que incluem as parcelas de molécula e transporte, para as distribuidoras nos novos contratos iniciados em janeiro tiveram redução média de 36%, em dólares, por milhão de BTU (British Termal Unit, ou unidade termina britânica), uma unidade de medida, em maio deste ano, na comparação com dezembro de 2019. A redução média considera a cotação do dólar em 30 de abril, data do último reajuste do contrato.
“Essa queda decorre principalmente das mudanças negociadas com as distribuidoras para os novos contratos de venda, nos quais o preço da molécula de gás está atrelado à variação do preço do petróleo no mercado internacional e é revisado a cada três meses. Consequentemente, a queda do preço de petróleo nos últimos meses possibilitou a redução do gás”, diz o comunicado da petroleira.
Ainda de acordo com o comunicado da Petrobras, o preço da molécula de gás e o custo do transporte não são os únicos fatores determinantes do preço do gás natural ao consumidor final, havendo ainda, as margens das distribuidoras, bem como a incorporação dos tributos federais e estaduais.
A estatal ressalta que tem atuado para acelerar o processo de abertura do mercado de gás natural e destaca que os contratos de venda para as distribuidoras são públicos e estão disponíveis no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para consulta.
Lucro da Celesc sobe 98% no primeiro trimestre
A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) reportou ontem (08/05) um lucro líquido de R$ 144 milhões no primeiro trimestre, alta de 98% ante o mesmo período do ano passado, e teve como principal fator a aplicação do reajuste tarifário de agosto de 2018, no percentual de 13,86%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi beneficiado por esse aumento e cresceu 37,9% para R$ 286,7 milhões. Já a receita líquida caiu 0,7%, totalizando R$ 2,02 bilhões, por causa da redução no volume de fornecimento de energia de 16,6%, na comparação com 2019, reflexo da redução das receitas com bandeira tarifária, que no trimestre assinalou R$ 29 milhões, contra R$ 136 milhões um ano antes. As informações foram publicadas pelo portal do Valor Econômico.
Brasil é um dos países com menor queda de preços de gasolina nos postos de combustível
O jornal O Globo informa que levantamento feito pela consultoria Global Prices Petrol mostra que a redução de preços da gasolina no Brasil é a menor nos dez principais mercados globais. Segundo o estudo, a redução do preço da gasolina ao consumidor no país foi de 14,4% entre 27 de janeiro e 4 de maio. Nos Estados Unidos, a queda chegou a 24%.
De acordo com a reportagem, os postos se queixam da concentração de mercado das distribuidoras. Falta de concorrência, nível de estoques e alta carga tributária aparecem como os principais motivos que explicam este cenário.
Preço da gasolina permanece em queda nos postos, diz ANP
Embora menor que a queda de preços em outros países, conforme mostra levantamento da consultoria Global Prices Petrol (notícia anterior), o preço da gasolina nos postos brasileiros caiu, em média, 2,7% esta semana, para R$ 3,823 por litro, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). No acumulado do ano, a redução já chega a 16%, pouca coisa diferente do que mostra o levantamento da consultoria (14,4%).
A queda reflete a sequencia de cortes nos preços de refinaria promovidos pela Petrobras após o início da pandemia. Esta semana, porém, a estatal decidiu aumentar em 12% os preços, acompanhando recuperação do mercado internacional e a alta do dólar.
A Folha de S. Paulo ressalta que foi o primeiro reajuste positivo desde o início da pandemia. Com onze cortes antes do reajuste de quinta-feira (07/05), o preço do produto nas refinarias acumula queda de 50% no ano.
PANORAMA DA MÍDIA
Levantamento feito pelo jornal O Globo, com dados do Ministério da Saúde, mostram que sete estados brasileiros têm o sistema de saúde estrangulado pela falta de leitos hospitalares e acumulam condições que tomariam o lockdown (fechamento total) a política mais eficiente contra a covid-19. Os estados do Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo estão com mais de 80% das vagas de UTI (unidades de tratamento intensivo) ocupadas.
Ontem (08/05), o Brasil bateu recorde de mortes registradas, oficialmente, em 24 horas: 751 óbitos, além de 10.222 novos casos. O país acumula 9.897 mortes e 145.328 diagnosticados.
*****
O jornal O Estado de S. Paulo destaca que os indicadores de abril, primeiro mês completo de paralisação de boa parte das atividades no Brasil, mostram a economia parada no país por causa do coronavírus. A reportagem cita o exemplo da produção de automóveis, que caiu 99,3% e registrou seu pior nível desde a chegada dessa indústria ao Brasil.
A reportagem cita o crescimento de estoques nas fábricas e nas lojas, atingindo, em pouco tempo, níveis próximos aos registrados na recessão de 2015, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Não há escoamento da produção”, diz José Jorge do Nascimento, presidente da Eletros, associação que reúne os fabricantes de eletroeletrônicos.
Para o Dia das Mães, data considerada pelo varejo como a segunda melhor em vendas no ano, perdendo apenas para o Natal, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta queda nas vendas de 59,2% em relação a 2019 – o resultado deve passar de R$ 9,7 bilhões para R$ 5,6 bilhões.
*****
A principal reportagem da edição desta sábado (09/05) da Folha de S. Paulo vai na mesma linha e indica recuo na produção de veículos no país. Segundo a Anfavea (entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil), apenas 1.800 unidades foram fabricadas no país no mês passado. A produção de veículos caiu 99,4% em relação a abril de 2019 e 99% na comparação com março. No acumulado do ano, a queda é de 39,1%.