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Eneva prevê pouco impacto da crise no curto prazo – Edição da Manhã

O Valor Econômico traz hoje (18/05) uma análise sobre os resultados da elétrica Eneva no primeiro trimestre do ano, acompanhada de entrevista do diretor financeiro da empresa, Marcelo Habibe.

A companhia foi pouco afetada pela pandemia de covid-19 e encerrou o primeiro trimestre com resultados positivos e Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) recorde para o período. Entre janeiro e março, a Eneva obteve um lucro líquido de R$ 179,8 milhões, cifra 38,5% maior na comparação anual, enquanto o Ebitda atingiu R$ 435,3 milhões, uma alta de 26,2%.

Marcelo Habibe afirmou que a pandemia pouco alterou os planos da empresa para o ano. De acordo com ele, a companhia não prevê impactos materiais da crise nos resultados dos próximos meses. Assim, vem trabalhando para entregar todos os investimentos projetados para 2020. Além disso, a Eneva continua estudando oportunidades de crescimento via aquisições.

“Para nós, essa crise vai passar despercebida no curto prazo, que é o que podemos estimar”. De acordo com o executivo, algumas características da Eneva contribuem para que as perspectivas destoem da tendência geral do mercado. Uma delas é a baixa exposição ao dólar, o que restringe efeitos da variação cambial em seu balanço. Na entrevista, Habibe comentou, ainda, outros pontos de seu balanço trimestral e falou sobre projetos em desenvolvimento pela empresa.

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Decreto da ‘Conta Covid’ de energia atrasa

O Valor Econômico segue acompanhando o processo de aprovação do decreto que regulamentará o programa de apoio do governo ao setor elétrico. Na reportagem desta segunda-feira (18/05), o jornal informa que o texto já foi aprovado pelo Ministério da Economia e está na Casa Civil.

O jornal apurou que o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) correm para viabilizar a documentação necessária do empréstimo ao setor o mais rápido possível, uma vez que os bancos já sinalizaram que poderiam liberar a primeira parcela dos recursos até o último dia útil de maio.

O decreto trará artigos definindo as regras e estabelecendo condições às distribuidoras que quiserem acessar a ‘Conta Covid, empréstimo que está sendo coordenado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) junto a um grupo de bancos. Segundo a minuta do texto, para aderir ao apoio, as empresas terão que concordar em não solicitar redução do volume contratado de seus contratos, limitar a destinação de dividendos e pagamentos de juros sobre capital próprio ao percentual mínimo legal, em caso de inadimplência intrassetorial, e renunciar ao direito de discutir no âmbito judicial qualquer um desses itens.

Etanol, gasolina e diesel seguem em queda nos postos

O litro da gasolina foi comercializado nas bombas por R$ 3,80 em média, ou 0,39% abaixo do visto na semana passada, na décima quinta redução semanal consecutiva dos valores do produto, de acordo com números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No diesel, combustível mais utilizado do Brasil, as cotações também caíram nos postos durante a semana passada, em 0,7%, para R$ 3,055 por litro. No ano, o valor do diesel nas bombas acumula retração de 19%, enquanto a Petrobras já reduziu os preços em 44% nas refinarias.

O etanol hidratado, por sua vez, teve a maior queda semanal nos postos, de 1,2%, para em média R$ 2,548 reais por litro. No ano o biocombustível acumula recuo de 20%. As informações foram publicadas pelo portal Brasil Agro.

PANORAMA DA MÍDIA

O choque cambial de quase 30% do real bateu forte nos balanços das empresas brasileiras no primeiro trimestre. Foram quase R$ 21 bilhões em prejuízo, comparado a um lucro líquido de R$ 11,7 bilhões no mesmo período do ano passado, destaca o Valor Econômico, na edição de hoje (18/05).

“As despesas financeiras líquidas (das empresas que já publicaram seus balanços trimestrais) cresceram mais de quatro vezes em comparação aos três primeiros meses do ano passado, para R$ 56,5 bilhões”, diz William Volpato, coordenador do Valor Data, que compilou os dados da pesquisa. São 112 companhias de capital aberto, entre as maiores do país, que publicaram as demonstrações financeiras até sexta-feira.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a demora do presidente Jair Bolsonaro em sancionar a lei que congela os salários dos servidores tem dado tempo para a aprovação de novos reajustes pelos governos estaduais ao funcionalismo. O congelamento é uma exigência da equipe econômica para o repasse de R$ 6o bilhões para estados e municípios enfrentarem a Covid-19.

A reportagem destaca que, depois de reajustes das polícias do Distrito Federal, os estados de Mato Grosso e Paraíba também aprovaram reajustes e gratificações e, em outros estados, aumentou a pressão por aumentos, com novos projetos tramitando nas Assembleias Legislativas.

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Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo trazem como principal destaque desta segunda-feira a notícia de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou um ofício à Polícia Federal (PF) solicitando o depoimento do empresário Paulo Marinho no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente no órgão, como afirma o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

Marinho – que foi um dos principais apoiadores da campanha de Bolsonaro à Presidência – disse, em entrevista publicada ontem pela Folha de S. Paulo, que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) teria sido informado antecipadamente, por um delegado da PF, sobre a deflagração da Operação Furna da Onça, em 2018. A ação continha documentos que mostravam movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, então assessor de Flávio.

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