O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve votar a proposta para regulamentar o empréstimo bilionário de socorro ao setor elétrico na próxima sexta-feira (12/06). De acordo com a reportagem, a ideia é convocar reunião extraordinária para discutir o tema.
Ao longo da próxima semana, o órgão regulador pretende analisar todas as 404 contribuições que 82 instituições apresentaram durante a consulta pública. O jornal informa, ainda, que pelo menos oito bancos públicos e privados devem participar do financiamento liderado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A Aneel propôs um teto de R$ 16,2 bilhões para a operação. Os juros ainda estão em negociação, mas devem ficar em CDI mais 2,5% a 2,75% ao ano.
Opep e países aliados concordam em estender corte na produção de petróleo
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os países aliados concordaram ontem (06/06) em estender um corte de produção de quase 10 milhões de barris de petróleo por dia até o final de julho, cerca de 10% da oferta global. A ideia é incentivar a estabilidade nos mercados de energia, afetados pela crise causada pela pandemia de covid-19.
O ministro do petróleo da Argélia, Mohamed Arkab, atual presidente da Opep, alertou os participantes da reunião que o estoque global de petróleo chegaria a 1,5 bilhão de barris até o meio deste ano. (Valor Econômico / O Globo)
PANORAMA DA MÍDIA
A decisão do Ministério da Saúde de recontar os óbitos por covid-19 é o principal destaque nos jornais deste domingo (07/06).
O jornal O Estado de S. Paulo informa que, na avaliação da cúpula da pasta, estados e municípios estariam manipulando informações para se beneficiar de recursos federais. Já cientistas brasileiros afirmam o oposto: o número de vítimas é muito maior e essa mudança de discurso, aliada à alteração na metodologia de divulgação e na omissão de dados, seria um meio para se criar a falsa sensação de que a doença já estaria sob controle.
A Folha de S. Paulo explica que desde a noite de sexta-feira (05/06), o Ministério da Saúde não mais informa o total de mortes e nem o total de casos confirmados da covid-19 durante a pandemia. O portal do Ministério da Saúde com as informações consolidadas saiu do ar na noite da sexta-feira, e só retornou ontem à tarde. Agora, a página mostra somente os números registrados no último dia. A reportagem ressalta que a nova metodologia de divulgação sobre óbitos pode significar, na prática, a divulgação de números de mortes menores.
O jornal O Globo relata a reação de cientistas, políticos e secretários estaduais à decisão do governo de restringir a divulgação de dados da pandemia. A Universidade Johns Hopkins, referência global sobre a doença, interrompeu por um dia a contagem dos dados do Brasil, por falta de informações oficiais.
Com 904 novos registros oficiais de mortes, o Brasil totalizou ontem (06/06) 35.930 óbitos por covid-19, informou o Ministério da Saúde. Os casos confirmados da doença passaram de 645.771 para 672.846 entre sexta-feira e sábado. Foram mais 27.075 novos casos registrados em 24 horas. Em 24 horas, 10.209 pessoas se recuperaram da covid-19 no Brasil. (Valor Econômico)