O jornal O Estado de S. Paulo informa que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, enviou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em que cobra do órgão que paute a regulamentação da operação de socorro ao setor elétrico o mais rapidamente possível para evitar o colapso financeiro de empresas, decorrente da pandemia da covid-19.
Como já divulgado, o tema foi discutido em reunião extraordinária da Aneel na última segunda-feira (15/06), mas a proposta foi alvo de pedido de vista do diretor Efrain Pereira da Cruz.
O Estadão relata que teve acesso ao ofício, enviado pelo ministro ao diretor geral da Aneel, André Pepitone da Nóbrega. De acordo com a reportagem, no documento, Albuquerque disse que provocou “espanto e preocupação” o impasse que o tema causou na diretoria, “impedindo, dessa forma, a formalização de acordo de regulamentação do assunto”.
O ministro afirma que diversas reuniões sobre a proposta foram realizadas com o ministério, Aneel, agentes do setor, bancos, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central (BC) e o Tribunal de Contas da União (TCU), para “dirimir todas as dúvidas e delinear todas as alternativas, para que a proposta de regulação para deliberação desta diretoria refletisse o melhor entendimento da solução mais apropriada, ponderada e possível para o problema posto”.
Impasse sobre socorro ao setor elétrico só será resolvido na semana que vem
Em uma segunda reportagem sobre o socorro ao setor elétrico, o jornal O Estado de S. Paulo destaca, em sua edição esta quinta-feira (18/06), que a questão só deve ser solucionada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na reunião da próxima terça-feira (23/06).
A reportagem ressalta que o impasse entre os diretores da Aneel para tomar uma decisão se deu em dois pontos da discussão sobre a operação: a inclusão das revisões tarifárias entre os itens a serem cobertos pela conta-covid e a possibilidade de registro contábil dos ativos regulatórios associados ao empréstimo pelas empresas. Parte dos diretores acredita que isso cria direitos para as concessionárias e teme que o registrado se torne referência de “piso” nos futuros pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro.
Ainda de acordo com a reportagem do Estado, para não restar dúvidas sobre o tema, independentemente da decisão final da diretoria da Aneel, as distribuidoras de energia vão pedir parecer contábil no setor privado para se orientar sobre o registro.
KPMG afirma que setor de óleo e gás terá que se reinventar para enfrentar nova realidade no pós-covid
Segundo análise da consultoria KPMG Brasil, o cenário para o setor de óleo e gás, uma vez passada a pandemia de coronavírus, será marcado pela aceleração de processos que já estavam vigentes no segmento: digitalização, busca por automação e redução ainda mais profunda nos custos.
Para o presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul, Charles Krieck, o setor de óleo e gás “vai ter que pensar em novas aplicações para seus produtos e na adaptação para a nova realidade. Essa é uma das transformações. Outra será (o uso da) tecnologia para diminuição de custos. Uma coisa que o setor sofre muito é que você tem de um lado o custo fixo e, do outro, uma volatilidade enorme de preços”, afirmou o executivo, em seminário online organizado pela KPMG para jornalistas. (portal Petronotícias)
PANORAMA DA MÍDIA
A redução da taxa básica de juros (Selic), decidida ontem (17/06) pelo Banco Central, é o principal destaque da edição desta quinta-feira do jornal O Estado de S. Paulo. Em decisão unânime, os dirigentes da autarquia cortaram a taxa em 0,75 ponto porcentual, de 3,00% para 2,25% ao ano. Este é o menor juro básico já registrado no Brasil. Ao mesmo tempo, a instituição sinalizou que, no próximo encontro, marcado para o início de agosto, pode manter a taxa no atual patamar ou efetuar novo corte, mas de menor intensidade.
A reportagem ressalta que, com a Selic a 2,25%, o Brasil registra juro real (descontada a inflação) negativo. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que, com a taxa básica neste patamar, o juro real brasileiro passou a ser de -0,78% ao ano.
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O Valor Econômico informa que a chegada do aplicativo de mensagens WhatsApp ao mercado brasileiro de pagamentos colocou em alerta o setor bancário e despertou a atenção dos órgãos reguladores. De acordo com a reportagem, o aplicativo vai fazer no Brasil sua primeira experiência mundial para permitir pagamentos e transferências de dinheiro. O processamento das transações, num primeiro momento, será feito pela Cielo.
Com 120 milhões de usuários no Brasil, o WhatsApp supera de longe a base de clientes de qualquer banco local e pode facilmente se tornar o serviço de pagamentos digitais com maior escala no país.
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Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo trazem, como tema da manchete de hoje, a votação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela legalidade do inquérito instaurado no ano passado para investigar a disseminação de notícias falsas e ataques a integrantes da Corte.
Até agora, oito dos 11 ministros do STF enfatizaram que o princípio constitucional da liberdade de expressão não pode ser usado para cometer crimes. O julgamento foi interrompido para ser retomado hoje. Confirmada a maioria, o inquérito continuará aberto, tratando de ameaças e difamação a membros do Supremo e familiares, bem como de mensagens contrárias à democracia.