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Aneel deve rejeitar antecipação de ativos para elétricas por covid, dizem fontes – Edição da Manhã

A agência de notícias Reuters traz hoje (23/06) uma reportagem em que destaca a reunião, a ser realizada nesta terça-feira, pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para concluir a votação sobre a criação da “Conta-Covid” – mecanismo criado pelo governo para prestar socorro ao setor em meio à pandemia. Mas, segundo fontes citadas pela Reuters, o pacote de socorro econômico às elétricas não deve dar garantias econômicas de imediato às empresas.

A medida, dessa forma, não deve incluir autorização para que as elétricas já possam reconhecer contabilmente em seus balanços ativos financeiros setoriais referentes aos efeitos econômicos da pandemia, acrescentaram as fontes, que falaram sob a condição de anonimato.

A reportagem explica que os contratos das distribuidoras preveem garantia do equilíbrio econômico-financeiro das concessões, o que permite que elas peçam aumentos de tarifas em casos de mudanças de cenário que possam desequilibrar suas operações tanto no lado financeiro, de curto prazo, quanto econômico, de médio e longo prazos. Mas esses pleitos são sujeitos a uma longa análise da Aneel, e as empresas queriam algum ativo que oferecesse maior segurança sobre compensações futuras.

A reportagem ressalta, ainda, que na reunião de hoje da diretoria da Aneel também será discutida a possibilidade de uma parte dos recursos dos empréstimos da “Conta-Covid” às distribuidoras ser utilizada para aliviar reajustes tarifários previstos para ocorrer neste ano em concessionárias das regiões Norte e Nordeste privatizadas em 2018 pela Eletrobras.

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O contrato da desestatização das empresas previa possibilidade de revisões extraordinárias das tarifas, e parte dos diretores do órgão regulador entende que autorizar aumentos agora iria contra o desejo do governo ao permitir o apoio às elétricas, que era livrar consumidores de reajustes pesados em meio à pandemia. O Valor Econômico também publicou matéria a respeito a votação de hoje na Aneel.

Consumo industrial de energia ensaia retomada

O consumo industrial de energia dá os primeiros sinais de retomada após ter sido afetado pelas medidas de isolamento social decorrente da pandemia de coronavírus. Segundo informações da comercializadora Comerc Emergia, citadas em reportagem do Canal Energia, o consumo no ambientes de contratação livre (ACL) fechou maio com alta de 3,97% em comparação com abril.

Destaque para o segmento de material de construção, que registrou alta de 33,66% no consumo de energia em maio, ante resultados de -5,61% e 20,54% em março e abril, respectivamente. As lojas de material de construção reabriram, no início de maio, após decreto que as classificou como atividade essencial.

Ainda considerando a variação mensal, outros setores apresentaram aumento no consumo de energia: veículos e autopeças (39,39%); manufaturados (41,84%); têxtil, couro e vestuário (13,66%); embalagens (4,24%); eletromecânica (3,95%) e siderurgia & metalurgia (1,47%).

Opep faz convite ao Brasil

O portal Petróleo Hoje informa que o secretário geral da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammad Sanusi Barkindo, convidou o Brasil a integrar o acordo de cooperação da Opep+, que prevê corte de produção de 9,7 milhões de b/d em junho e julho.

Em teleconferência com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, realizada ontem (22/06), o secretário convidou o ministro para a participar do 8º Seminário Internacional da Opep, em junho de 2021. “Eu ficaria muito honrado e orgulhoso de continuar participando deste diálogo e cooperação Opep-Brasil”, afirmou o ministro, ao aceitar o convite.

Recentemente, a Opep solicitou aos países participantes do acordo para equilibrar a oferta e a demanda de petróleo que enviem seus cronogramas de compensação da produção para os próximos meses. Segundo a organização, os cortes estão abaixo do esperado, com nível de conformidade geral de 87%.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Globo informa que um grupo de investidores internacionais que gere US$ 3,75 trilhões (cerca de R$ 20 trilhões) em ativos enviou ontem (22/06) uma carta aberta a embaixadas brasileiras em oito países manifestando preocupação com o aumento do desmatamento na Amazônia.

Citando o que chamaram de “desmantelamento de políticas ambientais e de direitos humanos”, os gestores de fundos globais solicitaram reuniões virtuais com os embaixadores brasileiros em seis países europeus, nos Estados Unidos e no Japão para discutir o tema.

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Imposto às pressas pela pandemia, o trabalho remoto veio para ficar nos bancos brasileiros, destaca o Valor Econômico. Há 230 mil funcionários de instituições financeiras trabalhando em casa desde a segunda metade de março e para uma parcela deles essa será a nova realidade. A percepção é que, em muitos casos, a jornada remota é mais econômica e também mais produtiva.

Segundo a reportagem, no Banco do Brasil, por exemplo, o plano é manter cerca de 10 mil funcionários de áreas administrativas em jornada parcialmente remota. Na crise, 32 mil colaboradores têm atuado remotamente. A ideia é que esse grupo, com base na avaliação do gestor de cada área, trabalhe parte dos dias no escritório e parte em casa. Estudos internos preveem economia de até R$ 180 milhões por ano em despesas com imóveis a partir da implantação de um “home office” dessa magnitude no BB.

No Bradesco, a percepção é que entre 30% e 40% do pessoal das áreas administrativas poderão continuar trabalhando em casa e outro grupo, de 25% a 30%, não precisará ir ao escritório todos os dias. No Itaú Unibanco ainda não há estimativa sobre quantas pessoas permanecerão no “home office”, mas a instituição está satisfeita com a experiência. O banco está com 53 mil pessoas em jornada remota. O Banco Central não tem objeções ao trabalho remoto. Em nota ao Valor, o BC observou apenas que as instituições precisam manter acessíveis os canais de atendimento aos seus clientes, inclusive os presenciais.

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A principal reportagem da edição de hoje (23/06) do jornal O Estado de S. Paulo mostra que lobistas e empresários de armas e munições têm presença assídua nos gabinetes do governo de Jair Bolsonaro. As pastas da Casa Civil, da Defesa, da Justiça e das Relações Exteriores abriram espaços em suas agendas oficiais, entre janeiro de 2019 a abril deste ano, para 73 audiências e reuniões com representantes do setor.

Segundo o jornal, os encontros ocorrem também no Palácio da Alvorada, mas não são divulgados. O lobby é visível, no entanto, mesmo na portaria do palácio, onde o presidente Bolsonaro costuma ter conversas com grupos de atiradores.

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A Folha de S. Paulo destaca que uma em cada cinco cidades brasileiras tem avanço acelerado de casos de covid-19. Entre as 27 capitais, 20 veem o número de novos registros da doença aumentar com velocidade. Apenas uma capital, Recife, está em fase de desaceleração da doença. A conclusão é fruto de um modelo estatístico desenvolvido por dois dois pesquisadores da USP que mede a velocidade da epidemia e como ela muda ao longo do tempo.

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O Brasil registrou ontem (22/06) 748 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, indicou levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, o total chega a 51.407 desde o início da pandemia. Já o número de pessoas infectadas pelo coronavírus chegou a 1.111.348, com 24.358 novos casos confirmados. (Valor Econômico)

 

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