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‘Conta-Covid’ suaviza efeitos da pandemia sobre tarifa de energia, diz BC – Edição da Tarde

Os efeitos da pandemia sobre as tarifas de energia elétrica serão suavizados pela criação da ‘Conta-Covid’, com repercussão sobre as tarifas a partir de 2021, analisa o Banco Central (BC) em Relatório de Inflação de junho, que é tema de matéria do Valor Investe, site de investimentos do Valor Econômico.

O relatório do BC ressalta que a carga de energia divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recuou 9,7% no bimestre abril/maio, ante janeiro/fevereiro, na série com ajuste sazonal. “Adicionalmente, houve aumento da inadimplência por famílias e empresas, representando, em meados de maio, cerca de 7,8% do faturamento das distribuidoras”, diz o relatório.

O BC nota ainda que, para algumas concessionárias, o impacto sobre o faturamento foi ainda maior em razão da postergação da aplicação de reajustes tarifários. Além disso, houve aumento de alguns custos, como o de aquisição de energia de Itaipu, atrelada ao câmbio.

“Considerando que o empréstimo (‘Conta-Covid’) será de R$ 16,3 bilhões, que seu pagamento será realizado ao longo de cinco anos, a partir de 2021, e que os encargos serão cobrados na tarifa de energia para fazer frente a esse pagamento também a partir de 2021, estima-se impacto aproximado de 1,8 p.p. nas tarifas de energia elétrica no IPCA em 2021”, calcula o BC, acrescentando que em 2026 o encargo deverá ser retirado.

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CNI: queda no preço do gás natural deve aumentar produção industrial

O portal de notícias UOL informa que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) aguarda com grande expectativa o aumento da concorrência nos serviços de produção, transporte e distribuição de gás natural. Para a entidade que representa os interesses da indústria, a competição com participação de mais empresas nesses segmentos, além da Petrobras e subsidiárias, vai resultar na diminuição do preço do gás, o que pode resultar em mais investimentos da indústria.

“A queda do preço do gás é decisiva para aumentar os investimentos. Se reduzir 50%, teremos R$ 250 bilhões de investimentos em 2030”, estima a economista Juliana Falcão, especialista em energia da CNI.

A reportagem destaca que a diminuição do custo do gás natural é vital, especialmente para as atividades industriais que necessitam de uso intensivo de energia como os setores de siderurgia, alumínio, química, cerâmica, vidro, pelotização para aglutinar as partículas de minério de ferro, papel e celulose. Empresas desses setores consomem 80% do gás natural fornecido no Brasil.

De acordo com o estudo “Impactos Econômicos da Competitividade do Gás Natural”, lançado nesta quinta-feira (25) pela CNI, por causa do preço do gás no Brasil empresas nacionais perdem capacidade de disputar mercado, inclusive internamente. As informações foram publicadas, também, por outros canais de internet.

Engie está focada no mercado livre para viabilizar novos projetos de geração

O jornal O Estado de S. Paulo traz uma reportagem sobre o interesse na Engie Brasil Energia, maior geradora privada do setor elétrico brasileiro, no movimento de migração de consumidores especiais (que só podem migrar por meio da compra de fontes renováveis de energia) para o mercado livre, a fim de viabilizar novos projetos de geração do seu portfólio.

Segundo o presidente da companhia, Eduardo Sattamini, em entrevista ao jornal, além de atender a demanda crescente dos consumidores especiais, outro modelo que pode vir a ser desenvolvido pela companhia é o de parcerias com grandes consumidores na construção de empreendimentos renováveis, tendência já realizada por outros geradores renováveis do mercado, como AES Tietê e Casa dos Ventos.

Ao comentar as perspectivas de expansão das fontes renováveis da matriz elétrica brasileira, Sattamini defendeu a extinção dos subsídios concedidos para esses empreendimentos nas tarifas de uso dos sistemas de transmissão e de distribuição, o que, na opinião do executivo, gera distorções no mercado, principalmente elevando os custos da energia para os consumidores cativos atendidos pelas distribuidoras.

Engie lucra menos, mas vê resiliência dos negócios

A Engie Brasil Energia divulgou ontem (24/06) lucro líquido de R$ 512 milhões referente ao primeiro trimestre, cifra 9,5% inferior à de igual período de 2019. Na mesma comparação, a receita líquida cresceu 10,9%, para R$ 2,59 bilhões, enquanto o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 9,9%, totalizando R$ 1,33 bilhão.

Segundo o diretor-presidente da Engie, Eduardo Sattamini, os números refletiram o crescimento consistente dos negócios da companhia, com elevação do volume de energia vendida, preço médio líquido de vendas e das operações de trading. Além disso, os resultados foram potencializados pela participação acionária na Transportadora Associada de Gás (TAG), adquirida da Petrobras no ano passado. No trimestre, a TAG contribuiu com R$ 103 milhões ao Ebitda da Engie Brasil. (Valor Econômico)

Ataques de hacker em empresas do setor elétrico cresceram 460% na pandemia

O jornalista Lauro Jardim informa, em seu blog no Globo, que os ataques de hackers nas redes de empresas do setor elétrico do Brasil cresceram em torno de 460% entre março e junho. O total registrado saltou de 5 mil para 23 mil tentativas. O levantamento foi feito pela TI Safe, empresa de segurança cibernética.

Uma das razões, segundo o estudo, é que o Brasil tem menos requisitos de segurança cibernética para as redes do setor elétrico, na comparação com outros países. Entre março e junho, gigantes do setor como a Hydro (março), Cosan (março), EDP (abril), Energisa (maio) e Light (junho) sofreram ataques de hackers.

Ex-ministro Silas Rondeau é alvo de operação da PF sobre possíveis fraudes na Eletronuclear

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (25/06) a Operação Fiat Lux, que visa investigar possíveis fraudes e corrupção na Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras. Pela manhã, a PF cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. O ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau (MDB) – entre 2005 e 2007 –, é um dos procurados.

A PF detalhou que o suposto esquema criminoso, alvo da ação de hoje, é uma etapa que tem como objetivo atingir os responsáveis por contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear. A Eletrobras informou que tomou conhecimento pela imprensa da operação e que está acompanhando o caso e manterá o mercado informado. (Valor Econômico / portal G1 – inclui vídeo)

PANORAMA DA MÍDIA

O Ministério da Agricultura informou ontem (24/06) que a nuvem de gafanhotos, em movimento na Argentina, está se dirigindo rumo ao Uruguai. De acordo com os dados meteorológicos para a região Sul do Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável – até o presente momento – que a nuvem avance em território brasileiro.

Técnicos da pasta monitoram a situação em conjunto com as equipes das Superintendências Federais de Agricultura e dos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, assim como as unidades de vigilância agropecuária do ministério localizadas na fronteira do o Rio Grande do Sul. (Valor Econômico)

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Aprovada ontem (24/06) pelo Senado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adia a data das eleições municipais deste ano está travada na Câmara dos Deputados. Partidos do centrão, como PP, PL, MDB e Republicanos, resistem a qualquer mudança do calendário. Para evitar a prorrogação, parlamentares das legendas argumentam que o projeto tornaria as campanhas mais caras e resultaria na suspensão dos trabalhos do Congresso por mais tempo. (O Globo)

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A Organização Meteorológica Mundial está tentando confirmar relatos de uma temperatura recorde de mais de 38º na Sibéria (Rússia), registrada no último dia 20. Os cientistas da agência ligada às Nações Unidas estariam “preocupados” com a onda de calor sem precedentes na história da região, mas afirmaram que os dados parecem consistentes com as tendências do aquecimento global. (O Estado de S. Paulo)

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