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Aneel aprova primeiros reajustes que abrem acesso à ‘Conta-Covid’ – Edição da Manhã

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem (25/06) os primeiros reajustes tarifários que permitem o acesso de distribuidoras à parte do montante de R$ 16,1 bilhões oferecido pela ‘Conta-Covid’, informa o Valor Econômico. O mecanismo, regulamentado esta semana pela agência, foi criado pelo governo para socorrer o setor elétrico.

Ontem, a Aneel concedeu o aumento tarifário médio de 0,41% para a Copel. O reajuste será aplicado ao consumo registrado desde a última terça-feira para 4.749 clientes de 394 municípios do Paraná. Já a Cocel, pequena distribuidora que atende a cidade paranaense de Campo Largo, aplicará o aumento médio de 0,58% para 52,4 mil unidades consumidoras. De acordo com a agência, a liberação de recursos foi capaz de conter a alta de 5,35% nas tarifas definidas para a Copel. A atenuação do aumento das contas de luz só será possível graças à diluição do impacto de custos ao longo dos 60 meses de prazo para a amortização dos empréstimos.

A Cemig também contou com a análise do seu processo de reajuste tarifário, que ainda não previu o uso de recursos da ‘Conta-Covid’. Com isso, 8,5 milhões de clientes de Minas Gerais terão o aumento médio de 4,27% nas contas de luz.

Anelise Lara diz que Brasil continuará importando gás por muitos anos

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O preço do gás natural no Brasil deve cair ainda mais em agosto, disse a diretora executiva de Refino e Gás Natural da Petrobras, Anelise Lara, durante webinar promovido ontem (25/06) pelo Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP). De acordo com a executiva, os contratos do gás associados ao Brent permitem relacionar os preços internos aos do mercado.

Entre outros temas abordados, a executiva destacou ainda que o Brasil terá um balanço importador de gás que vai durar por muitos anos, apesar das grandes reservas do combustível nos campos do pré-sal. No ano passado, por exemplo, o volume de importação chegou a 9,8 bilhões de metros cúbicos. Essa quantidade, no entanto, já foi maior no passado. Em 2015, por exemplo, foram quase 20 bilhões de metros cúbicos importados.

“Novos blocos exploratórios que foram adquiridos ainda precisam passar por fase exploratória, certificação, declaração de comercialidade, investimentos necessários para infraestrutura e a decisão estratégica de definição da melhor viabilidade técnica e econômica. Por isso, acreditamos que esse balanço importador ainda vai ser uma realidade para o país durante muitos anos “, projetou a executiva.  (Petronotícias / Petróleo Hoje)

BR vê boas oportunidades com abertura de refino

A BR Distribuidora acompanha com interesse os desdobramentos da venda das refinarias da Petrobras, que recebeu ontem (25/06) as ofertas vinculantes pela RLAM, na Bahia. O presidente da BR Distribuidora, Rafael Grisolia, disse que vê com otimismo a abertura do refino e que a companhia espera se valer de sua posição de maior distribuidora de combustíveis do país para conseguir melhores condições contratuais nos próximos anos.

Enquanto isso, a empresa já vem buscando diversificar sua base de fornecedores, por meio da importação. Desde que foi privatizada, em meados do ano passado, a BR vem fortalecendo a sua área de comercialização. No primeiro trimestre, 23% do volume de gasolina e diesel da empresa foi suprido por importadores. As afirmações foram feitas durante transmissão ao vivo promovida pelo Valor Econômico sobre os rumos da BR no mundo pós-covid-19.

PANORAMA DA MÍDIA

A Folha de S. Paulo destaca que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro segue estável na semana seguinte à prisão do ex-assessor de sua família Fabrício Queiroz. Segundo pesquisa do Datafolha, Bolsonaro manteve sua aprovação em 32%, o mesmo índice do fim de maio (33%). A rejeição ao governo é de 44%, ante 43% da rodada anterior, enquanto os que avaliam Bolsonaro como regular estacionaram nos 23% (eram 22%). O Datafolha ouviu 2.016 pessoas por telefone nos dias 23 e 24 de junho. A margem de erro é dois pontos percentuais.

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O Valor Econômico informa que, ao aprovar a Medida Provisória 936, que autorizou a redução de jornada de trabalho e salário durante a pandemia, o Congresso incluiu dispositivos que facilitam a participação dos trabalhadores nos lucros e resultados das empresas (PLR). Uma das novidades permite que os acordos de PLR possam ser firmados no mesmo ano de pagamento do benefício, e não um ano antes, como exigiam a regra anterior e a Receita Federal.

A reportagem explica que o Congresso estabeleceu que a MP terá efeito retroativo. Isto significa que perderão validade autuações bilionárias aplicadas pela Receita a empresas e bancos. A lei diz que participações até R$ 6,6 mil são isentas do pagamento de Imposto de Renda (IR). Acima dessa quantia, é cobrado o IR, mas apenas esse tributo.

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O principal destaque da edição desta sexta-feira (26/06) do jornal O Estado de S. Paulo é a indicação do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli. O economista especializado em gestão foi anunciado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro como substituto de Abraham Weintraub, que deixou o cargo na semana passada. Decotelli, ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), é visto como um profissional pragmático e distante do pensamento que dominou o MEC desde o início do governo.

Em entrevista ao jornal O Globo, Decotelli elegeu uma prioridade que obrigatoriamente o levará a ter diálogo com o Congresso: o Fundeb, criado em 2006 para financiar a educação básica. A reportagem explica que a validade do  Fundo, como funciona hoje, termina em 31 de dezembro. O Congresso Nacional tem de aprovar um novo texto para que os repasses continuem. Há, atualmente, duas propostas: uma que prevê ajuda federal de 40% para os estados e municípios, apoiada por deputados, e a do MEC, em que o percentual fica entre 10% e 15%.

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O jornal O Globo traz, ainda, outro destaque na edição de hoje: a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) a respeito da investigação do Ministério Público do Rio (MPRJ) sobre crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), quando era deputado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O caso foi retirado da primeira instância e transferido para segunda. Além disso, o senador obteve foro privilegiado na investigação.

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