A Petrobras iniciou a etapa de divulgação da oportunidade (“teaser”) referente à venda da totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões de produção terrestres localizadas na Bacia de Solimões, no Estado do Amazonas.
As sete concessões de produção, chamadas Polo Urucu, estão localizadas nos municípios de Tefé e Coari, ocupando uma área de aproximadamente 350 quilômetros quadrados. Os ativos englobam os campos de Arara Azul, Araracanga, Leste do Urucu, Rio Urucu, Sudoeste Urucu, Cupiuba e Carapanaúba.
A companhia, que publicou o comunicado em seu portal ontem (26/06) à noite, informa que no primeiro trimestre, a produção média do polo foi de 106,3 mil de barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 16,5 mil barris por dia (bpd) de óleo e condensado, 14,3 milhões de metros cúbicos diários de gás e 1,13 mil toneladas ao dia de gás liquefeito de petróleo (GLP).
Além das concessões e suas instalações de produção, estão incluídos na transação as unidades de processamento da produção de petróleo e gás natural e instalações logísticas de suporte à produção.
O teaser, que contém as principais informações sobre a oportunidade e os critérios de elegibilidade para seleção de potenciais participantes, está disponível no site da companhia.
Conselho da Eletrobras aprova conversão de contratos em ações da Eletronuclear no valor de R$ 850 milhões
O conselho de administração da Eletrobras aprovou a conversão de contratos de adiantamento para futuro aumento de capital (Afac) em novas ações da Eletronuclear, no valor total de R$ 850 milhões. O colegiado também aprovou a capitalização de contratos de financiamento nos quais a Eletrobras é credora, no montante de R$ 1 bilhão. (Valor Econômico)
Impactos da covid na liberalização do mercado de gás
O portal Brasil Energia traz hoje (27/06) um artigo assinado por Edmar de Almeida, pesquisador do Instituto de Energia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (IEPUC-RJ), com foco em cenários econômicos para o mercado de gás após a pandemia de coronavírus.
Ele destaca que no contexto prévio à crise sanitária da covid-19, era de grande expectativa para liberalização do mercado de gás, com a entrada de novos concorrentes, maior competição e potencial redução do preço do gás para os consumidores livres. No entanto, no cenário atual, “as incertezas geradas pela crise internacional nos mercados de energia colocam em risco a perspectiva acima, já que são um obstáculo para as decisões de investimento do upstream” (parte dos processos e atividades que envolvem a cadeia produtiva ligada às áreas de exploração e produção de petróleo e gás natural).
Em seu artigo, Edmar de Almeida detalha as frentes de atuação previstas pelo projeto Novo Mercado de Gás e quais delas foram afetadas pela crise sanitária. Ele aborda, também, aspectos da agenda regulatória da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o impacto provocado pela suspensão das audiências e consultas públicas da agência devido à pandemia – “é possível que a agenda regulatória atrase, o que dificulta o andamento da reforma”.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque de hoje (27/06) na mídia é o processo de flexibilização da quarentena nos estados. O jornal O Globo ressalta que, apesar de a taxa de contágio no Rio de Janeiro ter passado de ‘moderada’ para ‘alta’, o prefeito Marcelo Crivella antecipou para hoje a reabertura do comércio de rua, que estava prevista para a próxima quinta-feira. A decisão do prefeito é criticada por especialistas em saúde.
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo estadual autorizou a capital paulista a liberar o funcionamento de bares, restaurantes, barbearias e salões de beleza, ainda com restrições, além de ampliar o horário de funcionamento do comércio de rua, de shoppings e de escritórios. A liberação também vale para a região do ABC e o sudoeste da Grande São Paulo, que inclui cidades como Itapecerica da Serra e Embu das Artes. Entretanto, essa liberação só ocorrerá a partir do dia 6 de junho.
A Folha de S. Paulo traz o resultado da última pesquisa Datafolha: para 76% dos brasileiros, as escolas devem continuar fechadas nos próximos dois meses por causa da pandemia do coronavírus. Em todas as faixas etárias e de renda e em todas as regiões do país, a maioria da população defende que as aulas ainda não sejam retomadas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
O Instituto Datafolha ouviu 2.016 pessoas de todo o país na terça-feira (23) e na quarta-feira (24). O resultado da pesquisa mostra que, apesar de a maioria da população (52%) concordar com a reabertura do comércio, uma proporção bem menor (21%) defende a reabertura das escolas.