A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informa que fechou o primeiro semestre de 2020 com o total de 3.003,41 megawatts (MW) liberados para operação comercial em usinas localizadas em 12 estados brasileiros. Com essa potência, seria possível abastecer uma cidade com cerca de 3,6 milhões de habitantes.
Assim, foi superada a meta de novas usinas prevista para o período – que era inicialmente de 2.936,43 MW. Apenas em junho, entraram em operação comercial 141,47 MW – quase três vezes mais do que o programado para o mês, que era de 54,84 MW. Ainda de acordo com a agência, em 2020, os destaques têm sido usinas de fontes solar e eólica – cada uma com 18% do total agregado ao sistema. Neste ano também entrou em operação a usina térmica a gás Porto Sergipe I (SE), que se tornou a maior termelétrica do país.
Volta da energia elétrica pode demorar até sete dias em locais mais afetados por temporal, diz Copel
Algumas regiões afetadas pelo temporal de terça-feira (30/06) podem ficar sete dias sem fornecimento de energia elétrica até que os reparos na rede sejam concluídos e o serviço seja restabelecido, afirmou o gerente de Departamento de Manutenção na Copel Distribuição, Rafael Eichelberger. Cerca de 40 horas após o temporal, 140 mil unidades consumidoras em todo o Paraná estão sem fornecimento de energia elétrica.
“É complicado dar uma previsão. Ontem nos tínhamos uma estimativa, mas ao final do dia nós vimos que os estragos foram muito grandes. Pode levar uma semana para regularizar o último consumidor, ou até passar disso. É muito serviço mesmo”, afirmou o gerente da companhia.
A chuva com ventos fortes provocou prejuízos em 65 cidades, conforme balanço divulgado pela Defesa Civil. Aproximadamente 1,8 milhão de unidades ficaram sem luz em algum momento, de acordo com a companhia, o que representa cerca de 40% do estado. (G1 – inclui dois vídeos)
Comitê de Monitoramento destaca retomada gradativa do consumo de energia elétrica no país
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) avaliou ontem (01/07) as condições de suprimento de energia elétrica no país. Em relação aos impactos da pandemia da covid-19, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que, em junho, houve aumento de aproximadamente 2% na carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) em comparação ao mês anterior.
Esse resultado foi atribuído ao retorno gradual das atividades econômicas no país, e a previsão é que a tendência de retomada gradativa da carga se mantenha no próximo mês. “Existem alguns índices, bastante consistentes, de que o país já iniciou sua retomada”, afirmou o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. (Tn Petróleo)
Engie lança comercializadora varejista nos próximos dias
A Agência Estado (serviço de broacast) informa que Engie Brasil Energia prepara para os próximos dias o lançamento da sua comercializadora varejista. Segundo a reportagem, o movimento faz parte de uma estratégia mais ampla da companhia para acompanhar a evolução do mercado livre de energia elétrica, que tem crescido com base na migração de um número crescente de consumidores de pequeno porte.
“A figura do comercializador varejista torna a operação (do mercado livre) mais simples para o cliente”, afirmou o diretor de Comercialização de Energia da Engie, Gabriel Mann. Ele esclarece que, dessa forma, o consumidor não precisa se tornar agente na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Todas as obrigações são assumidas pela própria comercializadora varejista. Os contratos são mais simples, flexíveis e sem necessidade de operações no mercado de curto prazo.
Eletrobras contrata consultoria para estudar mercado de comercialização de energia elétrica
O portal Energia Hoje informa que a Eletrobras vai contratar consultoria para realização de estudo do mercado de comercialização de energia elétrica, bem como a proposição de um plano de ação para implementação do modelo de negócio e das iniciativas de comercialização na Eletrobras Holding e empresas controladas. A entrega das propostas começa (02/06). Elas serão abertas no próximo dia 23, às 10h.
Petrobras reforça carteira de ativos à venda no mercado
Ao falar, ontem (01/07), em transmissão ao vivo organizada pelo Valor Econômico, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que a estatal vem reforçando a sua carteira de desinvestimentos. Desde junho, a companhia colocou seis novos pacotes de ativos à venda, incluindo campos maduros, termelétricas e blocos de exploração. Enquanto lança novas oportunidades de negócios, no mercado, a petroleira avança na abertura dos setores de refino e gás natural.
Castello Branco informou ainda que, diante das turbulências na Bolsa, a estatal preferiu segurar por ora a alienação da BR Distribuidora e da petroquímica Braskem, e esperar um momento melhor. O executivo disse que a pandemia da covid-19 atrasou um pouco as negociações das oito refinarias colocadas à venda pela empresa, mas ele mantém a expectativa de assinar os contratos ainda este ano.
Segundo o presidente da Petrobras, não há indícios de desistência por parte dos investidores que manifestaram interesse nas refinarias durante a fase não vinculante. “Mas pode ser que um ou outro (contrato) escorregue para 2021.” A intenção da estatal é liquidar as operações em 2021.
PANORAMA DA MÍDIA
Após um tombo histórico em abril, quando a atividade industrial despencou para o menor nível em mais de 18 anos, a produção da indústria reagiu e cresceu 7% em maio, segundo dados divulgados hoje (02/07) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O dado é o primeiro positivo em três meses.
A volta de atividades não essenciais em alguns estados em junho, bem como a baixa margem de comparação devido à queda brusca de abril – mês que marcou a aceleração dos casos de coronavírus e endurecimento das medidas de distanciamento social, além da concessão de férias coletivas para diversos trabalhadores – ajudaram a reação. (revista Veja)