Em entrevista à CNN Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que projetos de lei que tramitam no Senado (PLS) podem deslanchar investimentos para a retomada econômica do país após a covid-19. Como exemplo, ele citou a aprovação do marco regulatório do saneamento, no mês passado, pelo Congresso.
“Agora vem a cabotagem, depois vem o setor elétrico, depois as concessões e privatizações. Todas essas são novas fronteiras de investimento. Tem também a fronteira de gás natural”, completou. Guedes acredita que, nos próximos 60-90 dias, o país vai “surpreender o mundo” ao destravar investimentos, como surpreendeu ao aprovar a reforma da Previdência.
Outra mudança necessária, de acordo com o ministro, é no setor de petróleo. “Se nenhuma das principais petroleiras do mundo compareceu ao leilão de concessão onerosa, tem alguma coisa errada”, afirmou. “Vamos ter de mudar o sistema de partilha, pois não funciona como deveria”, completou. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Raízen busca reduzir pegada de carbono do etanol em 10% até 2030
A meta deverá ser obtida por meio da melhor gestão do uso de fertilizantes e diesel no processo produtivo da cana e do biocombustível pela Raízen, joint venture da Cosan/Shell que é a maior produtora de etanol de cana do mundo.
“Tem a ver com a pegada de carbono e com eficiência. Só consigo reduzir a pegada de carbono se otimizar a colheita, o plantio, a moagem, o transporte, o uso da biomassa para geração. Tudo isso compõe a nossa capacidade de aumentar a eficiência”, disse o presidente da Cosan, Luis Henrique Guimarães.
Além de produzir açúcar e etanol, a Raízen é uma das principais distribuidoras de combustíveis do país. O grupo Cosan lançou em março uma nova empresa, a Compass Gás e Energia, que concentrará os negócios existentes da companhia em gás, incluindo a distribuidora Comgás. As informações foram publicadas pelo portal Brasilagro, com conteúdo da agência de notícias Reuters.
PANORAMA DA MÍDIA
A principal reportagem da edição de hoje (06/07) do jornal O Estado de S. Paulo mostra que para cada trabalhador com carteira assinada que ficou desempregado, dois informais ficaram sem trabalhar entre o trimestre encerrado em fevereiro e os três meses até maio. A análise é Hélio Zylberstajn, professor da Universidade de São Paulo (USP), feita com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No período citado, 3,98 milhões de informais perderam sua principal fonte de renda. No caso dos formais, 1,99 milhão ficaram desocupados. Sem acesso à rede de proteção social do trabalho com carteira assinada, o informal está mais exposto aos efeitos das crises.
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A Folha de S. Paulo informa que o aumento dos casos de covid-19 no interior do Brasil tem levado os infectados a chegar aos grandes centros urbanos com prognósticos bastante negativos de recuperação.
Nas últimas semanas, a curva de infecções e mortes no interior ganhou força, obrigando gestores nos estados a aumentar a oferta de leitos de UTI e os meios de locomoção de doentes. Ao contrário de quando a epidemia se concentrava nas capitais, os doentes do interior tendem a receber tratamento inicial mais precário e demoram para entrar em atendimento intensivo, quando necessário- o que aumenta o número de óbitos.
O total de óbitos no Brasil, por covid-19, é de 64.900, e o número de pessoas infectadas alcança 1.604.585, segundo levantamento feito pelo pool de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde.
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Em entrevista ao Valor Econômico, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, finaliza o programa habitacional que substituirá o Minha Casa Minha Vida. Para afastar o governo Bolsonaro da bandeira que foi uma das principais marcas da gestão petista, a pasta pretende lançar até o fim deste mês o “Casa Verde Amarela”, com foco na regularização de imóveis de famílias de baixa renda e em estímulo a financiamentos com taxas de juros baixos.
Segundo o ministro, há aproximadamente 12 milhões de residências irregulares no país, que poderão ser beneficiadas pelo programa. O governo pagará pela regularização e por pequenas reformas nos imóveis. A medida seria uma saída diante da falta de orçamento para subsidiar novos empreendimentos para famílias de baixa renda.
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O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, anunciou ontem (05/07) ter desistido do convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Educação. Em suas redes sociais, Feder disse ter recebido ligação do presidente na quinta-feira e afirmou que, apesar de “muito honrado com o convite”, continuará conduzindo os trabalhos na secretaria estadual. (O Globo)