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Distribuidora pressiona, mas governo resiste a extensão de tarifa social – Edição da Manhã

A equipe econômica é contra prorrogar o desconto de 100% na tarifa social das contas de luz, que vigorou entre abril e junho como forma de atenuar os impactos da crise para as famílias de baixa renda. O Valor Econômico informa que a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) enviou ofício ao governo pedindo extensão do benefício. As empresas temem uma disparada nos índices de inadimplência a partir de julho se a isenção não for prorrogada.

No sábado, o assunto foi abordado por executivos do setor elétrico em uma reunião virtual com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele e seus auxiliares afirmam que todo o empenho do governo se concentrou em permitir novas parcelas do auxílio emergencial e não seria conveniente dispersar o esforço em outras iniciativas.

Segundo a reportagem, o Ministério de Minas e Energia (MME) avalia positivamente uma eventual extensão do desconto de 100% na tarifa social, mas desde que seja bancada com recursos do Tesouro Nacional e sem risco de ônus para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o fundo setorial que é rateado entre todos os consumidores de energia. A isenção total das contas de luz às famílias de baixa renda, por três meses, foi instituída pela MP 950. A medida provisória fazia previsão de um aporte de R$ 900 milhões pelo Tesouro para financiar o benefício temporário.

Para privatizar Eletrobras, ‘golden share’ volta

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O Valor Econômico informa que, na tentativa de tirar da inércia a privatização da Eletrobras, o governo negocia ao menos duas mudanças no projeto de lei já enviado ao Congresso Nacional: o ressurgimento de uma ‘golden share’ (ação de classe especial que dá alguns direitos de veto ao governo) e a criação de um fundo destinado especificamente para investimentos na região Norte.

De acordo com a reportagem, esse movimento está sendo costurado pela equipe do presidente Jair Bolsonaro com parlamentares. É uma estratégia para desengavetar a capitalização da estatal do setor elétrico, que tramita sem avanços na Câmara dos Deputados e nem sequer tem um relator designado. A venda da estatal é uma das grandes prioridades na agenda de privatização e redução do Estado pelo governo e ganhou ainda mais relevância na estratégia pós-pandemia.

Demanda por energia solar cresce com crise

Segundo análise do sócio-proprietário da empresa de energia solar Maya Energy, Matheus Moura Costa, o setor, que registrou impacto negativo nas primeiras semanas de março, por causa da covid-19, começou a registrar recuperação em abril e a demanda pela implementação dos sistemas solares voltou a ser crescente.

A expectativa da empresa, que atua no segmento desde 2018, é encerrar o ano com incremento de 200% no volume de instalações sobre o exercício anterior. Na opinião do executivo, o otimismo se deve não apenas ao aquecimento da demanda provocado pela necessidade de redução de custos por parte de consumidores de energia elétrica, mas também pelo potencial do setor.

“A geração distribuída ainda é uma área relativamente nova no país e representa muito pouco da nossa matriz energética. Além da tendência natural da preferência por fontes limpas, soma-se ainda o potencial brasileiro, e Minas Gerais tem se destacado”, avaliou. A reportagem é do Diário do Comércio, de Minas Gerais.

PANORAMA DA MÍDIA

A confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro testou positivo para covid-19 é o destaque de hoje (08/07) dos principais jornais do país. Divulgado pelo Planalto, o exame foi feito anteontem, e o resultado positivo ganhou repercussão internacional. Pelo menos 13 ministros que se encontraram com o presidente ao longo dos últimos dias também fizeram exames de covid-19.

Nos últimos dias, Bolsonaro teve contato com pelo menos 55 pessoas, entre políticos, empresários e autoridades. Em alguns desses encontros, o presidente não usou máscaras e apertou as mãos ou abraçou interlocutores. Desde o início da pandemia, mais de 1,6 milhão de brasileiros foram infectados pelo coronavírus. O total de mortos já ultrapassa 66,7 mil. (O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo)

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O Valor Econômico informa que o governo federal, pressionado por executivos de empresas dentro e fora do país e por grandes instituições financeiras mundiais, vai decretar nos próximos dias uma “moratória absoluta” das queimadas por 120 dias.

De acordo com a reportagem, a medida valerá, além da Amazônia, para o Pantanal. Nos demais biomas as queimadas serão permitidas de forma controlada. A informação foi dada ontem ao Valor pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que dirige o Conselho Nacional da Amazônia.

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