A Cargill anunciou sexta-feira (10/07) um acordo de compra de energia com a Omega Energia. Segundo comunicado, o contrato, com prazo de dez anos, envolve um projeto a ser implantado no Nordeste, onde a Omega opera um amplo portfólio de ativos eólicos.
A parceria entre as empresas fornecerá 100% da energia das unidades da Cargill em Ilhéus e Barreiras, na Bahia, e dos terminais portuários de Miritituba e Santarém, no Pará. As informações foram publicadas pelo site do Valor Econômico.
O crescente papel das startups no processo de transição energética
O portal Brasil Energia publicou ontem (11/07) um artigo do pesquisador Rodrigo Leão, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), em que aborda a crescente participação de startups na indústria de energia, principalmente em renováveis como solar e eólica.
Um dos motivos, segundo ele, são as características das energias limpas, que necessitam de menor intensidade de capital inicial e demandam rápida inovação tecnológica. Rodrigo Leão ressalta que as startups são a principal ponta de lança e têm provocado uma reorganização importante tanto na indústria energética da Europa, como dos Estados Unidos.
“No continente europeu, as startups estão dispersas, principalmente na parte ocidental, e mais recentemente tem se observado uma forte integração dessas empresas com as grandes majors de petróleo. Nos Estados Unidos, há uma maior concentração dessas startups, principalmente na Califórnia, onde há grande investimento em energia limpas, e no Texas, onde está concentrada a indústria petrolífera”, explica o pesquisador.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da edição deste domingo (12/07) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo é o impacto negativo da política ambiental do governo federal sobre exportadoras e multinacionais brasileiras. Os dois jornais trazem uma série de reportagens e entrevistas que tratam da questão do desmatamento da Amazônia, das queimadas, da ameaça às reservas indígenas e da falta de respostas adequadas a esses problemas por parte do governo do presidente Jair Bolsonaro.
O jornal O Globo ressalta que executivos relatam pressão nunca vista no exterior em torno das questões ambientais brasileiras. De acordo com a reportagem, a nova diplomacia do país, que emprega forte conteúdo ideológico contra parceiros comerciais importantes do país, tem agravado esse quadro.
A Folha de S. Paulo lembra que, na semana passada, um grupo de 36 empresas de grande porte de diferentes setores se articulou para manifestar sua preocupação com a deterioração da imagem do Brasil no exterior em relação à questão ambiental, numa ação de concertação rara do setor privado. O jornal informa que algumas ações de boicote já ocorreram, há relatos de queda nos investimentos recebidos neste ano e vários casos sobre questionamentos em relação à postura ambiental do país – informações levadas por empresários ao vice-presidente Hamilton Mourào na última sexta-feira.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o isolamento social provocado pela covid-19 não apenas reduziu o mercado de trabalho, como o transformou. Desde a forma como os trabalhadores buscam emprego ao modo como os recrutadores analisam os candidatos. As poucas seleções que estão ocorrendo são totalmente virtuais, obrigando entrevistado e entrevistador a se adaptarem. As empresas, agora em regime de trabalho remoto, passaram a demandar um profissional com habilidades diferentes.
Segundo a reportagem, a busca online de vagas em plataformas tradicionais de recrutamento ou pela rede LinkedIn cresceu. Mas a procura por emprego extrapolou as redes profissionais: grupos de WhatsApp e de Facebook têm surgido como caminhos alternativos. Nesses ambientes colaborativos, é possível distribuir currículos, anunciar serviços e receber ofertas de emprego dos mais variados setores.