Após os desdobramentos da linha de apoio emergencial ao setor elétrico, de R$ 14,8 bilhões, e em meio à agenda de desoneração tarifária em curso pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a autarquia vai deliberar sobre a proposta de aumento da ordem de 27%, ou cerca de R$ 6 bilhões, da receita dos ativos de transmissão de energia do país para o ciclo 2020-2021.
A medida tem efeito médio previsto de 3,92% para o consumidor, informa o Valor Econômico. A receita das transmissoras é remunerada pela tarifa de uso do sistema de transmissão (Tust), encargo cobrado de geradores e consumidores de energia. No entanto, conforme explica a reportagem, como a Tust para as geradoras possui um nível de estabilidade, para simplificar a precificação do risco dos empreendimentos e reduzir os preços nos leilões de energia, a maior variação do encargo recai sobre a tarifa do consumidor final de energia.
Nova lei de saneamento fomenta recuperação energética
O Valor Econômico traz hoje (13/07) uma reportagem sobre a recuperação energética de resíduos, vista como um caminho com potencial para o surgimento de projetos a partir do novo marco legal de saneamento.
Segundo a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), há uma série de processos que podem ser utilizados para valorização energética dos resíduos, mas a alternativa mais barata e segura é a incineração. De acordo com estudos da entidade, considerando as regiões metropolitanas, aproximadamente 35% do lixo urbano poderia ser destinado para usinas de tratamento térmico.
A capacidade de geração poderia chegar a 1.300 gigawatts-hora (GWh) por mês, suficiente para atender 3% da demanda nacional de energia elétrica. A reportagem destaca que, apesar do potencial, o Brasil tem poucos projetos de incineração de resíduos em andamento, e nenhuma usina em atividade.
Uma das principais dificuldades para viabilizar essas instalações é o fato de o setor operar principalmente por meio de contratos de programa, de prazo mais curto e muitas vezes irregulares, avalia o presidente da Abren, Yuri Schmitke. “Se tivéssemos contratos de longo prazo, como os do setor de energia, poderíamos dá-los como garantia num financiamento”.
PANORAMA DA MÍDIA
O principal destaque da edição desta segunda-feira (13/07) do Valor Econômico é a retomada econômica da China. Segundo a reportagem, a reação da atividade no país asiático não garante tendência global. Com menor peso do setor de serviços no Produto Interno Bruto (PIB) e elevada poupança interna, a China tem condições de sair mais rapidamente da crise do que o resto do mundo.
Pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) alertam para o risco de uma frustração das previsões que têm considerado a retomada chinesa como antecedente da volta à normalidade global. “A China tem movimentos de retomada bastante claros e os analistas têm usado isso como indicativo de que o mundo vai voltar rápido. É preciso cuidado com essa extrapolação”, afirma Livio Ribeiro, pesquisador Ibre.
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A Folha de S. Paulo informa que em praticamente todas as regiões do mundo mais afetadas pelo coronavírus e que retomaram as atividades há queda sustentada no número de mortes e infecções.
A tendência é a mesma na Europa e nos estados brasileiros e norte-americanos mais contaminados. Nos que vinham sendo poupados, os casos estão subindo, elevando a média geral tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
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Após quatro meses de pandemia no país e sucessivas promessas do Ministério da Saúde de realizar testagem em massa para conter a covid-19, o Brasil só atingiu 20% da capacidade de exames prevista para o período de pico, informa o jornal O Estado de S. Paulo.
As secretarias de Saúde ouvidas pela reportagem ressaltaram que além de distribuir menos testes do que o projetado, o governo federal também tem feito entregas de kits incompletos, sem um dos reagentes essenciais para processar as amostras. O ministério diz já ter iniciado a compra de 15 milhões de unidades do reagente em falta e culpa a escassez global de insumos.
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A pandemia da covid-19 acelerou a estratégia da Petrobras de concentrar esforços no pré-sal. A estatal, que já vinha vendendo subsidiárias, anunciou nos últimos três meses planos para reduzir em 34% o número de empregados (de 45.500 para 30 mil), de fechar nove prédios comerciais e deixar metade dos empregados da área administrativa em regime de trabalho remoto, mesmo após o fim da pandemia. Esse é o principal destaque da edição de hoje (13/07) do jornal O Globo.
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