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Evolução da inadimplência preocupa Neoenergia – Edição da Manhã

O presidente da Neoenergia, Mario Ruiz-Tagle, disse ontem que a empresa tem como principal preocupação a inadimplência nas contas de luz. Diante dos efeitos da pandemia sobre a capacidade de pagamento dos seus clientes, o grupo elevou o valor da provisão relacionada à inadimplência no balanço do segundo trimestre.

“Os mercados (das distribuidoras) estão se recompondo mais rapidamente do que a situação da adimplência dos consumidores. Aí eu enxergo o maior risco: se houver uma cultura de não pagamento das contas, será muito difícil de revertê-la”, afirmou Ruiz-Tagle.

Controlada pela espanhola Iberdrola, a Neoenergia detém quatro concessionárias de distribuição: Coelba (BA), Celpe (PE), Cosern (RN) e Elektro (SP). Juntas, essas empresas atendem cerca de 14 milhões de unidades consumidoras. O grupo atua também nas áreas de geração, comercialização e transmissão. Na visão de Ruiz-Tagle, os subsídios e auxílios concedidos na pandemia, como a isenção do consumidor de baixa renda enquadrado no programa Tarifa Social, são bons, mas devem ser temporários. As informações são do Valor Econômico.

Guedes publica aval a modelo para retomar as obras de Angra 3

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O ministro da Economia, Paulo Guedes aprovou relatório, formulado com base em estudos realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que definiu um modelo jurídico e operacional para viabilizar o prosseguimento das obras de construção da Usina Termonuclear Angra 3, paralisadas desde 2015.

Iniciadas na década de 1980, as obras da usina Angra 3 tiveram idas e vindas e permanecem paralisadas desde 2015. Segundo a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, Angra 3 será uma “irmã gêmea” de Angra 2. Quando entrar em operação comercial, a expectativa é que a nova unidade tenha potência de 1.405 megawatts, capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passaria a gerar o equivalente a 50% do consumo do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo informação publicada pelo portal da CNN Brasil, a resolução assinada por Guedes sugere que o plano de construção da usina siga com coordenação de um novo Comitê Interministerial integrado pelo Ministério da Economia, Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Ministério de Minas e Energia. O ato do ministro estabelece um prazo de 180 dias – prorrogáveis por igual período a contar de 7 de agosto de 2020 – para realização de novos trabalhos do comitê.

Valor Capital lidera aporte na Solfácil, que financia energia solar

A fintech Solfácil, que atua no financiamento de projetos de energia solar, levantou R$ 21 milhões, aportados, em sua maioria, pela gestora Valor Capital. Investidores de uma rodada anterior, de R$ 4 milhões, feita pela companhia em 2018, também participaram.

Segundo Fabio Carrara, fundador e presidente da Solfácil, a captação será usada para expansão comercial e desenvolvimento de tecnologia. Entre as novidades, estão o lançamento de uma linha de crédito parcelado sem juros e a concessão de financiamento para projetos de empresas. Hoje a companhia atua com projetos residenciais. A Solfácil opera por meio de integradores de produtos de diferentes fabricantes que vendem os projetos para seus clientes. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

Linha do BNDES de socorro a usinas fica sem demanda

O Valor Econômico informa que a linha de financiamento de R$ 3 bilhões para estocar etanol, anunciada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) há mais de um mês, não recebeu até o momento nem um pedido sequer de acesso ao recurso, de acordo com as informações enviadas ao Valor pelo banco de fomento. Os recursos foram concedidos pelo governo federal ao setor sucroalcooleiro para atravessar a crise provocada pelo coronavírus.

Questionado pela reportagem quanto ao motivo da ausência de demanda, o BNDES avaliou que foi a “melhora da situação do mercado de combustíveis ocorrida após o lançamento do produto”, que refletiu a desvalorização do dólar, a alta do petróleo e a recuperação da demanda.

A reportagem ressalta que quando a linha de financiamento foi colocada na praça, no início de junho, os preços do etanol no mercado já estavam acima dos preços de referência da linha, que são de R$ 1,54 o litro para o etanol hidratado e R$ 1,62 o litro para o etanol anidro. O preço de referência é o que o BNDES garante à usina pelo etanol estocado.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo informa que, na primeira fase da reforma tributária enviada ontem (21/07) ao Congresso, o governo propôs uma alíquota única de 12% para a Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS), que será criada a partir da unificação do PIS/Cofins, mas manteve uma tributação menor para os bancos, que pagarão 5,8%.

Já as receitas de prestação de serviços de transporte público coletivo municipal de passageiros, como rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário ficarão isentas. Por outro lado, as empresas que prestam serviço para o consumidor final e são intensivos em mão de obra, como educação, segurança, informática, telecomunicações, hotelaria, transporte aéreo, deverão ter aumento de carga tributária porque têm poucos créditos para serem compensados. Isso significa que caso a proposta seja aprovada da forma como está pode haver aumento no preço de serviços, como mensalidade escolar e consultas médicas.

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O projeto de reforma tributária enviada ontem ao Congresso também é o principal destaque da edição de hoje (22/07) do Valor Econômico
. A reportagem ressalta que a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), que deve substituir o PIS/Pasep e a Cofins, acabará com um emaranhado de uma centena de regimes especiais que representam subsídios tributários. Acabará, também, com uma criação da burocracia nacional, a cobrança do tributo “por dentro”, que consiste na inclusão do próprio imposto na sua base de cálculo. A alteração permitirá que o contribuinte saiba exatamente o que está pagando.

A CBS é a primeira parte da reforma tributária concebida pela área econômica do governo. Será cobrada “por fora” a uma alíquota de 12% – considerada alta demais por especialistas – e incidirá sobre a receita bruta da empresa.

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A manchete da edição de hoje (22/07) do jornal O Globo é a renovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), principal mecanismo de redistribuição de verbas para as escolas públicas do país.

O fundo foi renovado ontem pela Câmara e, com as mudanças implementadas, aumentará os valores recebidos por 2.745 redes de ensino. Juntas, elas reúnem 17 milhões de alunos, segundo dados levantados pela organização Todos Pela Educação. Com isso, ainda de acordo com a ONG, o valor mínimo investido por aluno ao ano alcançará, em 2026, R$ 5.700, ante os R$ 3.700 atuais.

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A Folha de S. Paulo informa que a operação da Polícia Federal que mirou ontem (21/07) o senador José Serra (PSDB-SP) e empresários como o fundador da Qualicorp, José Seripieri Filho, que foi preso, gerou embate com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Senado.

A pedido do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEMAP), o presidente do Supremo, Dias Toffoli, suspendeu buscas e apreensões no gabinete de Serra no Senado. Na apuração, um desdobramento da Lava Jato na Justiça Eleitoral de São Paulo, José Serra é suspeito de estar no topo político de um esquema de doações via caixa dois que teria beneficiado com cerca de R$ 7 milhões sua campanha vitoriosa ao Senado em2014.

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