O conselho de administração da Omega Geração aprovou ontem a aquisição da participação da Eletrobras nas sociedades de propósito específico (SPEs) Eólica Santa Vitória do Palmar, Hermenegildo I, II e III, e Chuí IX.
Os projetos correspondem aos lotes 1 e 2 do processo competitivo lançado pela Eletrobras em 2019 para alienação dessas SPEs, que não receberam propostas no leilão de desinvestimentos feito pela estatal em 2018. A Omega ofereceu R$ 434,46 milhões pelo lote 1 e R$ 134 milhões pelo lote 2, sendo que o valor do último pode ter um acréscimo de 15% dependendo da geração futura de energia.
O Complexo Santa Vitória do Palmar tem 402 MW de potência e foi avaliando em R$ 1,01 bilhão, incluindo a assunção de R$ 577,2 milhões em dívidas do empreendimento.
Já o lote 2, que inclui os projetos Hermenegildo I, II e III, e Chuí IX, soma 180,8 MW de potência e foi avaliado em R$ 512,7 milhões, incluindo a assunção de R$ 378,7 milhões em dívida.
Os complexos, que somam 582,8 MW de potência, ficam nos municípios Chuí e Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul (RS), e são compostos por 28 projetos, que estão operacionais desde 2015. Com a aquisição, a Omega chega a 1,77 GW em operação.
Follow-on
Para suportar a continuidade da agenda de crescimento da companhia, seu conselho de administração autorizou ontem a emissão primária de R$ 500 milhões em ações. O valor captado por meio de oferta subsequente de ações (follow-on) vai ser adicionado ao seu caixa, que tinha em 30 de março R$ 885,5 milhões, para expandir a liquidez da companhia e garantir os recursos para essas aquisições e potenciais novos negócios.