A AES Tietê obteve lucro líquido de R$ 119 milhões no segundo trimestre de 2020, crescimento de 235,7% em relação ao resultado obtido no mesmo intervalo do ano anterior, de R$ 35,4 milhões.
O resultado refletiu a estratégia de alocação de energia hídrica no período, a entrada em operação de ativos solares e também o controle das despesas operacionais, que continuaram no mesmo patamar de 2019. Além disso, o resultado financeiro da companhia veio negativo em R$ 36,5 milhões, 63,6% inferior que a despesa de R$ 100,2 milhões do segundo trimestre de 2019, devido ao refinanciamento de dívidas e reversão de processo judicial.
A receita líquida da companhia, por sua vez, caiu 2%, para R$ 475,2 milhões. A margem operacional líquida, que considera a receita líquida menos a compra de energia para revenda, taxas e encargos setoriais, subiu 15,6% no trimestre, para R$ 362,9 milhões, pela melhora da margem hídrica, entrada em operação de complexos solares e melhora da marquem eólica pelo maior fator de disponibilidade do parque.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 21,8% no trimestre, para R$ 275,6 milhões.
Aquisição
A AES Tietê também informou ontem que assinou um acordo para aquisição dos Parques Eólicos Brasventos Eolo, Rei dos Ventos 2 e Miassaba 3, que compõem o Complexo Eólico Ventus, com 187 MW de potência e localizado no Rio Grande do Norte. O empreendimento foi adquirido da J. Malucelli Energia e está em operação desde 2014, totalmente contratado no mercado regulado por meio do leilão de energia de reserva de 2009.
O complexo eólico foi avaliado em até R$ 650 milhões. Desse total, o desembolso em dinheiro será de R$ 449 milhões, sendo 51% pago no fechamento da operação e 49% cinco meses depois disso. Além disso, a AES Tietê assumiu a dívida de R$ 201 milhões do projeto.
Com a aquisição, a AES Tietê chegará a 3,9 GW de capacidade instalada. O projeto está alinhado à estratégia da companhia de crescer e diversificar suas operações, além de criar um cluster eólico no Rio Grande do Norte.
Quando a operação for concluída, a AES Tietê vai convocar uma assembleia geral extraordinária para que os acionistas ratifiquem o negócio.