O Valor Econômico informa que o grupo alemão Siemens está se reorganizando para ampliar sua presença no setor de energia, atento ao desafio mundial de transição energética e descarbonização. O plano passa pela criação da Siemens Energy, uma cisão da gigante alemã que nasce com mais de 90 mil funcionários no mundo e receita de 30 bilhões de euros.
De acordo com a reportagem, nessa nova estratégia, o Brasil – referência na geração renovável de energia – aparece como um mercado central, afirmaram executivos da companhia. Anunciada no ano passado, a nova empresa está em fase final de constituição. Em julho, os acionistas do conglomerado deram sinal verde para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Siemens Energy, que está prevista para ocorrer na Bolsa de Frankfurt até o início de outubro. A Siemens abrirá mão da sua participação majoritária na nova empresa, mas continuará como acionista-âncora.
Lucro da Aramco, gigante saudita de petróleo, despenca 73,4% no segundo trimestre
A gigante do petróleo Saudi Aramco informou ontem (09/08) que o lucro líquido despencou 73,4% no segundo trimestre deste ano, em relação ao ano anterior, uma consequência direta do colapso dos preços do petróleo em meio à pandemia de covid-19. O preço do petróleo atingiu em abril e maio seu nível mais baixo em décadas, abaixo de US$ 20 o barril.
A Aramco, controlada majoritariamente pelo Estado saudita, registrou lucro líquido de cerca de US$ 6,6 bilhões de abril a junho de 2020, em comparação com US 24,7 bilhões no mesmo período do ano passado. “Nossos resultados do segundo trimestre refletem as fortes perturbações devido à queda de demanda e preços mais baixos”, ressaltou o CEO da empresa, Amin Nasser, em um comunicado. As informações são do Valor Econômico.
PANORAMA DA MÍDIA
A Folha de S. Paulo informa que a proposta de reforma tributária do governo federal prevê o desmonte de parte dos R$ 320 bilhões concedidos hoje a dezenas de setores em benefícios tributários, mecanismo considerado vetor de distorções econômicas e concentrador de renda. De acordo com a reportagem, em sua primeira fase, a reforma eliminaria quase R$ 7 bilhões desses incentivos.
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O principal destaque da edição desta segunda-feira (10/08) do Valor Econômico mostra que os bancos privados estão liderando a oferta de crédito: De 16 de março a 31 de julho, portanto, desde o início da pandemia, os maiores bancos privados emprestaram R$ 573,5 bilhões, entre dinheiro novo, renovações e rolagens de contratos, face a R$ 331,1 bilhões liberados pelas instituições estatais. De acordo com a reportagem, as grandes empresas foram, até o momento, as que mais demandaram recursos na pandemia.
A distância entre bancos públicos e privados se reduz bastante, porém, no segmento de micro e pequenas empresas, onde o risco de os empréstimos não serem pagos é maior. Nas concessões a pessoas físicas, os desembolsos dos estatais foram maiores até agora – R$ 107,7 bilhões em dinheiro novo e R$ 79,3 bilhões em renovações de contratos e parcelas prorrogadas; já os privados, R$ 94,4 bilhões e R$ 33,5 bilhões, respectivamente.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que uma controversa ideia de infectar propositalmente pessoas com o coronavírus para acelerar os testes de uma possível vacina vem ganhando força na comunidade científica internacional. No mês passado, a organização americana 1DaySooner, criada em abril para advogar pela realização desse tipo de estudo, recebeu o apoio de mais de 150 cientistas, incluindo 15 ganhadores do Prêmio Nobel.
No estudo de desafio humano, como esse tipo de teste é conhecido, voluntários recebem a vacina em teste ou o placebo para, posteriormente, serem infectados com o vírus, o que permitiria aos cientistas observar mais rapidamente se o imunizante tem eficácia.
Nos estudos tradicionais, a prova da eficácia depende do contato natural dos voluntários com o patógeno. Para isso, é necessário incluir um grande número de participantes e monitorá-los por meses ou anos para comparar os índices de infecção entre os que tomaram a vacina e o grupo controlado.
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Sem a perspectiva de imunizar toda a população de uma vez só, o Ministério da Saúde já discute critérios para priorizar determinados grupos numa eventual vacinação contra a covid-19, informa o jornal O Globo.
Especialistas apontam que, para essa decisão ser tomada, é preciso considerar que pessoas com mais risco devem estar no começo da fila. Essa estratégia, porém, diverge da divulgada pelo governo nesta semana. Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, o governo usará a mesma ordem de vacinação da gripe causada pelo vírus Influenza. No entanto, os grupos de risco das duas doenças não são completamente idênticos.