O Procon São Paulo fechou acordo com a distribuidora de energia Enel após receber quase 55 mil reclamações e aplicar mais de R$ 10 milhões em multas por práticas abusivas em todo o estado desde o início da pandemia do novo coronavírus. O acordo prevê o parcelamento automático dos débitos em aberto e o esclarecimento sobre o aumento exagerado nas contas para acabar com as filas de consumidores nos postos de atendimento da distribuidora.
No fim de março, a Enel São Paulo implementou a leitura pela média do consumo. A diferença, a maior ou a menor entre o valor faturado pela média nos últimos meses e o real consumo de energia no período, foi lançada nas contas de energia emitidas após a retomada da leitura, em junho. Com isso, os consumidores perceberam um aumento expressivo em suas contas de energia e, segundo o Procon, houve faturamentos incorretos.
No mês de julho foram registradas 40.616 reclamações contra a Enel por consumidores com problemas relacionados a cobrança indevida ou dúvidas sobre cobrança. Um aumento de 5.872% em relação a janeiro (680). O total de demandas de janeiro até julho foi de 54.657.
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Conforme o acordo, todos os consumidores que reclamarem no órgão até 31 de agosto terão direito ao parcelamento automático em até 12 vezes de todos os seus débitos junto à distribuidora, não apenas dos relacionados às contas de junho e julho.
Além disso, os consumidores que registraram reclamação não terão o fornecimento de energia cortado enquanto os valores cobrados estiverem em análise. A Enel também se comprometeu a atender todos os clientes, mediante agendamento prévio, para a solução de dúvidas.
