A atualização do custo médio ponderado do capital (WACC) para a 6,98% deve reduzir o número de participantes do próximo leilão de transmissão, conforme declarou Marcos Vinícius Nascimento, diretor de Negócios, Participações e Implantação da Taesa a acionistas em teleconferência nesta quinta-feira, 13 de agosto.
Segundo Nascimento, a alteração do índice – que representa a taxa regulatória de remuneração do capital, antes de 6,64% – demandará estudos mais detalhados e profundos dos lotes do leilão de transmissão. “Acreditamos que o número de entrantes deve diminuir, mas vai continuar sendo uma disputa acirrada”.
A Taesa está estudando todos os lotes e deve se concentrar naqueles que fazem maior sentido de atratividade e competitividade. O apetite para levar os projetos, no entanto, vai depender da capacidade de investimento da companhia e de possíveis parcerias, como já exerce em outros empreendimentos.
O leilão de transmissão está marcado para 17 de dezembro e terá 11 lotes, com a contratação de 1.958 km de novas linhas de transmissão e 6.420 MVA em capacidade de transformação, prevendo R$ 7,4 bilhões em investimentos para nove estados.
Mas as novas oportunidades também podem surgir de fusões e aquisições, conforme comentou o diretor da Taesa. Nascimento disse que o mercado está apresentando diversas oportunidades e a empresa está olhando qual a gente vai agregar valor.
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“Vamos partir para as aquisições que fizerem sentido. Muito em breve teremos informações ao mercado sobre esse assunto”, completou.
Resultado
A Taesa fechou o segundo trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 437,8 milhões, significando um aumento de 42,4% em relação ao mesmo período de 2019. O aumento foi consequência, principalmente, da consolidação dos resultados dos novos ativos de brownfield e greenfield, que adicionaram R$ 25 milhões no resultado global da companhia.
No semestre a transmissora investiu R$ 695,3 milhões em projetos em construção. Dos seis em construção, deve entregar Janaúba e Santana em 2021. Todos os projetos já possuem captação de investimento e apenas Santana possui um trecho aguardando licenciamento ambiental.
Sobre os projetos em construção, a Taesa admitiu que há desaceleração em algumas obras em função da pandemia do novo coronavírus. Mas ressaltou que possui uma equipe responsável por intermediar o assunto tanto com as empreiteiras, quanto com a agência reguladora, e que trabalha para entregar todas as obras no prazo.
