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Companhias avaliam novos gasodutos após lei do gás – Edição da Manhã

Na expectativa de que a Nova Lei do Gás seja aprovada na Câmara esta semana, as empresas do setor já traçam planos para investir em novos gasodutos, tão logo as regras sejam simplificadas, destaca o Valor Econômico, em reportagem publicada nesta segunda-feira (17/08).

A Transportadora Associada de Gás (TAG), Nova Transportadora do Sudeste (NTS) e a Transportadora Brasileira Gasoduto BolíviaBrasil (TBG) mapeiam as rotas e pretendem começar por pequenos ramais, estimados em R$ 630 milhões pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A estatal já mapeou um potencial de investimentos de R$ 17 bilhões em onze novos projetos, no país, mas os maiores tendem a ficar para um segundo momento. Se confirmados, os novos dutos poderiam elevar em 20% a malha nacional, de 9,4 mil quilômetros.

Abertura do setor ainda tem algumas pendências

Em uma segunda reportagem sobre a lei do gás, publicada hoje (17/08), o Valor Econômico informa que os agentes do mercado de gás natural estão confiantes de que o novo marco legal do setor começará a destravar investimentos, possivelmente no curto prazo. O ritmo da abertura da indústria do gás, no entanto, poderá ser maior ou menor, a depender do avanço da agenda regulatória e do cumprimento do termo de compromisso da Petrobras com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), além da própria dinâmica da iniciativa privada no desenvolvimento de projetos.

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Há certo consenso no mercado de que a nova lei do gás avança, ao mudar o regime de outorga de novos gasodutos (da concessão para autorização), e ao obrigar, em lei, a Petrobras a abrir a sua infraestrutura para terceiros. A legislação não esgota, porém, todas as pendências, para que a abertura se consolide, destaca a reportagem.

Antes da construção de novos gasodutos, por exemplo, falta resolver quando a capacidade disponível da infraestrutura já existente será ofertada. Transportadores prometem para 2021 as chamadas públicas para contratação dessa capacidade, mas ainda não há um calendário oficial que dê previsibilidade aos agentes. Sem acesso aos gasodutos, os novos supridores não conseguem atender ao mercado.

Estudo diz que eficiência energética tem melhor custo-benefício que autogeração

Empresas têm melhor custo-benefício investindo em soluções de eficiência energética, como a troca de equipamentos antigos e a aplicação de tecnologias mais avançadas, do que em novos projetos de autogeração de energia construindo uma usina no local de consumo. A conclusão é de um estudo inédito da Comerc ESCO, com base em dados próprios de mais de 40 projetos encomendados por clientes da indústria e do varejo.

O Valor Econômico, que traz matéria a respeito, informa que o levantamento comparou os custos médios de implantação de diferentes soluções e seus respectivos prazos de retorno do investimento (“paybacks”). O presidente da Comerc ESCO, Marcel Haratz, afirma que o mercado para as empresas de serviço de conservação de energia vem crescendo nos últimos anos, mas menos do que poderia porque não há uma cultura arraigada de eficiência no Brasil.

O executivo observa que houve um “boom” de projetos de autogeração nos últimos anos, como os de micro ou minigeração distribuída fotovoltaica, mas que esse movimento não foi acompanhado pela redução no desperdício de energia. “A geração de energia na fonte de consumo, junto com a eficiência energética, é um binômio perfeito. Esse outro lado não pode ser esquecido, porque senão você gera energia no seu telhado para jogar no lixo”, afirmou.

IBP apoia redução do percentual de biodiesel no diesel

O Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP) publicou ontem (16/08), em seu canal de internet, esclarecimentos ao mercado a respeito da recente determinação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de reduzir temporariamente o percentual obrigatório de biodiesel no diesel A, de 12% para 10%.

Segundo o IBP, a redução da mistura determinada pela ANP se deu em função da insuficiência de oferta de B100 (biodiesel) sinalizada no mais recente leilão do produto, realizado em 5 de agosto, também cancelado pela mesma resolução. Nesse sentido, a redução foi decidida para afastar o risco de desabastecimento de diesel no país, ressalta o comunicado do IBP. O Instituto ressalta, ainda, que o preço do biodiesel começou a descolar do diesel A em junho de 2019. No último leilão, o biodiesel foi vendido a um preço 66,7% superior ao do diesel A.

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque da edição desta segunda-feira (17/08) do jornal O Globo é sobre o programa de privatizações do governo federal. Segundo a reportagem, apenas 17% do total de quase 200 companhias públicas, entre as diretamente controladas pela União e as subsidiárias, têm o aval do governo federal para serem passadas à iniciativa privada.

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A Folha de S. Paulo traz como destaque uma entrevista com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Ela defende que a implementação efetiva do Código Florestal pode ajudar a reduzir o desmatamento na floresta amazônica. A medida, aprovada em 2012, define as áreas que devem ter a vegetação conservada e as que podem ser usadas para agricultura e pecuária, com a previsão de punições para o proprietário da terra em caso de infrações.

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O jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo federal prevê reservar R$ 5,8 bilhões a mais no Orçamento de 2021 para despesas com militares do que com a educação. A proposta com a divisão dos recursos entre os ministérios está nas mãos da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, e deve ser encaminhada até o fim deste mês ao Congresso. Caso confirmada, será a primeira vez em dez anos que o Ministério da Defesa terá um valor superior ao da pasta da Educação.

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A oportunidade de dominar o mercado de sistemas para o varejo colocou a Linx no centro da disputa entre a credenciadora de cartões Stone e a empresa de sistemas de gestão empresarial Totvs, destaca o Valor Econômico. De acordo com a reportagem, ambas estão de olho em uma fatia de 45,6% de participação num segmento cujo potencial de negócios é estimado em R$ 10,6 bilhões no país. A participação da Linx supera a de suas quatro maiores concorrentes juntas. No setor de e-commerce, a Linx vem ganhando participação e está com 13,7%.

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