Óleo e Gás

Nova fase da Lava Jato investiga operação de R$ 600 milhões entre Transpetro e estaleiro

Nova fase da Lava Jato investiga operação de R$ 600 milhões entre Transpetro e estaleiro

Uma nova fase da operação Lava Jato foi deflagrada nesta quarta-feira, 19 de agosto, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre o envolvimento de dois empresários em esquemas de corrupção na Transpetro, relacionados a contratos de construção de navios firmados pela estatal com o estaleiro EISA – Estaleiro Ilha. São alvos dos mandados de busca e apreensão os endereços dos investigados e de quatro empresas do grupo econômico nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Alagoas.

A 72ª fase da operação investiga a atuação dos executivos junto ao então presidente da Transpetro e agora colaborador, Sérgio Machado, que causou prejuízos da ordem de R$ 611.219.081,49 à estatal, em razão: da entrega irregular de um dos navios Panamax encomendados; da não entrega dos outros três navios Panamax; de dívida trabalhista indevidamente suportada pela Transpetro; e de adiantamento de recursos da estatal ao EISA, garantidos pessoalmente por um dos empresários presos com a emissão de duas notas promissórias que nunca foram pagas.

Segundo nota enviada pela estatal, a empresa está colaborando com as investigações desde o início, com o encaminhamento de informações pertinentes aos órgãos competentes. “A companhia reitera que é vítima nestes processos e presta todo apoio necessário às investigações da Operação Lava Jato”.

Os investigados estão em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico a pedido do Ministério Público Federal (MPF), em razão de riscos decorrentes da pandemia de covid-19.

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A Justiça Federal também determinou o bloqueio de R$ 651.396.996,97 das pessoas físicas e jurídicas envolvidas e fixou outras medidas cautelares, como proibição de movimentar contas no exterior, proibição de realizar ato de gestão societária ou financeira em empresas no Brasil e no exterior, ou qualquer forma de ocultação de provas, e proibição de contratar com o Poder Público.

Segundo a procuradora da República Luciana Bogo, “as provas apontam que contratos sem lastro na realidade, envolvendo investimento em campos de petróleo e empréstimos com empresas em paraísos fiscais, foram usados em um esquema que causou prejuízo estimado em mais de R$ 600 milhões. A continuidade dos trabalhos da força-tarefa, mesmo após seis anos de seu início, permite que as investigações se aprofundem cada vez mais, de forma que pessoas envolvidas em grandes casos de corrupção no sistema Petrobras ainda sejam responsabilizadas”.

Com informações do MPF

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