Mercado energético

Retomada da pandemia do covid-19 terá alta volatilidade de preços de óleo e gás, diz Moody's

Retomada da pandemia do covid-19 terá alta volatilidade de preços de óleo e gás, diz Moody's

O mercado global de energia vai enfrentar alta volatilidade nos preços enquanto se reequilibra depois da pandemia do covid-19, segundo relatório da agência de classificação de riscos Moody’s, divulgado a clientes. Nesse contexto, a agência vê um aumento nas pressões para que as grandes companhias integradas de óleo e gás reduzam suas pegadas de carbono e busquem redução dos custos de produção.

“Nós esperamos uma recuperação desigual e extensa, que vai depender da melhora gradual na demanda por petróleo e gás, baseada na retomada da atividade econômica global, especialmente em mercados importantes para o consumo, como China, Sudeste Asiático e Estados Unidos”, diz o relatório da Moody’s.

A Moody’s espera que os preços continuem voláteis, devido aos ajustes na oferta e ao esgotamento da capacidade de estocagem de petróleo e gás natural. No médio prazo, a agência espera que os preços se recuperem para a faixa entre US$ 45 e US$ 65 o barril. 

A produção de petróleo não tradicional (shale) pode ser retomada se os preços continuarem se recuperando em direção ao patamar de US$ 50 o barril, o que vai contribuir com a volatilidade de preços se a demanda continuar baixa.

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“A alta volatilidade dos preços vai manter o custo de capital elevado para a indústria, e vai desacelerar qualquer recuperação de capital investido. Esperamos que a atividade de investimentos vá se recuperar dos níveis baixos de 2020, mas se mantenha tímida por conta do custo de capital maior e também por conta das incertezas sobre o ritmo e a trajetória do crescimento da demanda”, diz o relatório.

Como a demanda futura por petróleo está mais incerta, as grandes companhias integradas do setor de óleo e gás devem sofrer uma pressão cada vez maior para ajustar os produtos oferecidos e reduzir as emissões de gases. A Moody’s avalia que essas empresas vão buscar oportunidades de crescimento com menor intensidade de carbono, ao mesmo tempo em que vão redobrar os esforços para proteger os fluxos de caixa operacionais.

Esses investimentos, que já vem sendo feito pelas petroleiras desde antes da pandemia do covid-19, incluem fontes de energia renováveis, biocombustíveis, projetos de economia circular e reflorestamento, entre outros.

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