O jornal O Globo informa que o governo federal mudou de estratégia para tentar aprovar a privatização da Eletrobras no Congresso Nacional. A equipe econômica negocia agora iniciar a tramitação pelo Senado, e não mais pela Câmara dos Deputados. Os senadores eram considerados o principal foco de resistência à medida no Congresso.
Segundo a reportagem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer incluir a proposta no megapacote que vem sendo chamado no governo de Pró-Brasil. A intenção é anunciar a nova estratégia ainda nesta semana. Para isso, estão sendo preparados pareceres jurídicos apontando ser viável que o projeto seja apresentado por um parlamentar, já que o texto oficial do governo está na Câmara.
O jornal informa ainda que o senador Eduardo Braga (MDB-AM), que já foi ministro de Minas e Energia, seria o relator da proposta no Senado. Colocada em discussão inicialmente na gestão de Temer, a desestatização da Eletrobras não avançou na época por desentendimentos políticos, mas foi retomada pelo governo Bolsonaro.
Um novo projeto de lei sobre a privatização foi enviado pelo governo ao Congresso em novembro passado, mas o texto ainda não teve debates iniciados e nem relator definido na Câmara.
Possível relator da privatização da Eletrobras diz que tema está ‘pacificado’ no governo
O Valor Investe, site de investimentos do Valor Econômico, informa que o senador Eduardo Braga (MDB-AM), cotado para assumir a relatoria do projeto de lei que autoriza a privatização da Eletrobras, disse nesta terça-feira (25/08) que o tema está mais ‘pacificado’ no governo.
Ele se reuniu ontem com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, com quem conversou sobre o assunto. Segundo o parlamentar, a proposta começou a ganhar uma solução de algumas semanas para cá. “O que posso dizer é que aquilo que estava paralisado parece que começa a se transformar numa solução”, emendou.
Segundo o senador, a razão do otimismo foi a mudança de entendimento do governo. Há algumas semanas, o Executivo sinalizou aos parlamentares concordância com a volta de uma “golden share” (ação especial com direito a veto em decisões estratégicas) da União e a criação de um fundo bilionário para a Região Norte como forma de destravar o andamento do projeto.
Braga disse que ainda não pode ser oficializado como relator porque isso depende de uma conversa com o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O tema também foi pauta para reportagem da agência de notícias Reuters.
Em julho, Brasil atingiu a maior produção de biodiesel de sua história, divulga ANP
O Brasil atingiu em julho a maior produção de biodiesel da série mensal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Este é o último dado divulgado pela agência e considera estatística iniciada em 2005. O volume foi de 3,82 milhões de barris equivalente de óleo (boe).
Essa produção representa crescimento de 12,9% em relação ao mês anterior e de 21,5% em comparação com julho do ano passado. O estado com maior produção foi o Rio Grande do Sul, com 1,06 milhão de boe no mês, seguido do Mato Grosso, com 739,1 mil boe. As informações foram publicadas pela Agência Estado.
PANORAMA DA MÍDIA
O destaque nos portais de notícias na tarde hoje (25/08) é o lançamento, pelo governo federal, do programa habitacional Casa Verde e Amarela, novo nome do Minha Casa, Minha Vida. Essa é a primeira iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de tentar criar sua própria marca social.
Lançado em 2009, o Minha Casa, Minha Vida é uma marca das gestões do PT. O próprio governo admite que o Casa Verde e Amarela não é um programa novo, mas um conjunto de medidas para “aprimorar os programas habitacionais existentes e diversificar o catálogo de opções ofertado”. As mudanças foram feitas via Medida Provisória, assinada hoje pelo presidente, que será enviada ao Congresso Nacional para votação. (UOL)
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Em reunião que terminou sem consenso ontem (24/08) à tarde, o ministro Paulo Guedes (Economia) avisou ao presidente Jair Bolsonaro que o novo programa social do governo só terá benefício médio superior a R$ 300 se as deduções do imposto de Renda da pessoa física forem extintas. (Folha de S. Paulo / O Estado de S. Paulo)
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O Valor Econômico informa que o Banco Central (BC) aprovou a joint venture firmada entre Banco do Brasil (BB) e UBS na área de banco de investimentos. De acordo com reportagem publicada pelo site do jornal, um comunicado sobre a operação estava previsto para ser divulgado pelo BB na noite de ontem (24/08), mas não havia sido publicado até o fechamento desta edição.