Óleo e Gás

Apetite do investidor está relacionado à demanda e não gasodutos, diz ministro

A aprovação da Nova Lei do Gás vai criar demanda, atração de investimentos e possibilidade de acesso de novos agentes no mercado, e esses são os fatores que vão ditar o interesse de investidores para o mercado de gás natural no Brasil, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque em entrevista ao Poder 360 na tarde desta quarta-feira, 2 de setembro.

Isso porque, como falou o ministro, a construção de gasodutos ”demanda licenciamento ambiental, não é obra simples que se construa de uma dia para o outro e nós temos outros modais que podem levar esse gás natural na forma liquefeita para o interior”.

Hoje o país já possui agentes privados interessados no investimento de terminais de regaseificação no Norte e Nordeste brasileiro, como a Celba, empresa formada pela Golar Power e Evolution Power Plants (EPP) que ganhou licitação para construir um terminal na cidade de Barcarena, no Pará.

E esse seria um dos caminhos para levar o gás natural para as regiões longe da costa do país, pelo modal rodoviário e que, como consequência, daria viabilidade econômica para a construção de gasodutos a partir do aumento da demanda.

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“E outros virão dentro desse contexto de abertura do mercado”, disse o ministro sobre novos players interessados em terminais de regaseificação.

Mesmo com os sinais para o transporte liquefeito do gás, Bento Albuquerque contou que o ministério já participou de reuniões com vários investidores, inclusive com aqueles que participaram do desinvestimento da Petrobras, e que eles apresentaram projetos para expansão da malha de gasodutos.

Gás para termelétricas

O ministro vê o gás natural como uma das fontes da transição energética no mundo e no Brasil também. Alguns projetos já estavam previstos para serem licitados esse ano, para substituição de termelétricas a óleo combustíveis que terão o vencimento de seus contratos a partir de 2024.

O leilão que seria realizado no primeiro semestre foi adiado por tempo indeterminado e a agenda de uma nova data vai depender de um planejamento do ministério que revisitado, “mas que pretendemos apresentar no segundo semestre, com o planejamento para os leilões de energia nos próximos anos”.

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