A National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), instituição americana responsável por assuntos meteorológicos, confirmou no dia 10 de setembro a configuração do fenômeno La Niña, que é associado a regimes de chuva abaixo da média no Sul na primavera, e chuvas acima da média no Nordeste do Brasil no verão.
A previsão do fenômeno já está incorporada nas projeções mais recentes para o Preço da Liquidação das Diferenças (PLD) do Estudo Prospectivo Encadeado preparado pela MegaWhat Consultoria, que indicam possível pico de R$ 200/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul em janeiro de 2021, no cenário mais pessimista de chuvas considerado. No cenário de referência, o PLD de janeiro de 2021 chegaria a R$ 71/MWh.
No Submercado Nordeste, o cenário mais pessimista de chuvas aponta para um pico de PLD de R$ 195/MWh em janeiro de 2021, caindo para R$ 157/MWh no mês seguinte. No cenário de referência, as chuvas acima da média no Nordeste ajudam a levam o PLD para perto do piso, em R$ 42/MWh em fevereiro de 2021 e R$ 40/MWh em março.
Segundo os analistas setoriais da MegaWhat Rafael Padovani e Lucas de Castro, os efeitos da La Niña dependem de outros fatores, como a estação do ano, o grau e a distribuição espacial do esfriamento no oceano, a resposta atmosférica do fenômeno e sua interação com outras oscilações climáticas.
Enquanto o El Niño é um fenômeno associado ao aquecimento da superfície do mar no Ocenado Pacífico Equatorial, a La Niña ocorre quando a temperatura fica abaixo da média. Uma La Niña que se desenvolve durante os meses da privavera implica em padrões de precipitação diferentes sobre o Sul e o Nordeste em comparação com os meses de verão. Na média, a chuva abaixo da média sobre o Sul é mais consistente na primavera e a chuva acima da média sobre o Nordeste é mais consistente no verão.
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Saiba mais:
MegaConceito: El Niño (Fenômeno El Niño-Oscilação Sul – ENOS)
