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‘Estamos otimistas com a regulamentação do diesel verde’, diz diretora da Petrobras – Edição da Manhã

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deve aprovar hoje (17/09) a regulamentação do diesel renovável (ou ‘diesel verde’) como biocombustível. Ao comentar o assunto, ontem, durante webinar organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a diretora financeira da Petrobras, Andrea Almeida, mostrou-se confiante. “Estamos otimistas de que vamos conseguir aprovar esse produto”, afirmou ela.

Em matéria sobre o evento, o Valor Econômico explica que a Petrobras aposta na produção do diesel renovável, produzido a partir do coprocessamento de petróleo com óleos vegetais nas refinarias. A companhia já concluiu os testes e se diz estar pronta para investir na escala industrial do produto. O produto, contudo, depende da regulamentação pela ANP.

A Petrobras defende que o produto seja enquadrado como biocombustível e, assim, possa gerar créditos de descarbonização — os Cbios, que as distribuidoras de combustíveis são obrigadas a comprar, dentro de metas assumidas no programa RenovaBio. Além disso, a Petrobras quer que os percentuais de mistura obrigatória de biodiesel ao diesel (hoje de 12%, mas que será de 15% em 2023, chamado de B15) possam ser cumpridos também com o uso do novo produto.

Petrobras: energia eólica é para o futuro

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O portal Petronotícias, que também traz informações sobre a participação da diretora financeira da Petrobras, Andrea Almeida, no webinar organizado ontem (16/09) pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), destaca que a estatal tem interesse em investir em energias renováveis, mas ainda busca um caminho para percorrer nesse mercado. Segundo Andrea Almeida, a empresa olha com atenção para a tecnologia eólica offshore, pelo fato de a petroleira ter uma familiaridade com o ambiente marítimo.

“Estamos explorando a linha de renováveis. Sabemos que precisamos fazer um trabalho grande para transformar a Petrobras em uma empresa competitiva em termos de estrutura de capital. Precisamos de projetos com bom retorno de capital e, por isso, o foco em águas ultraprofundas e profundas”, afirmou. “Mas temos que começar a descobrir qual será o nosso futuro em renováveis. Temos projetos na área de eólicas no mar e também na parte solar. Estamos já investindo para descobrir em quais ativos seremos donos naturais no futuro. Ainda não sabemos, mas temos que investir para começar a descobrir esse futuro”, afirmou.

Estratégias de transição para a energia limpa

Zerar as emissões de gases de efeito estufa exigirá uma transformação radical no processamento e uso da energia. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), as ferramentas políticas para combinar impulso à economia e apoio à energia limpa devem focar em cinco áreas: enfrentar as emissões dos ativos existentes; fortalecer os mercados para tecnologias em estágio inicial; desenvolver infraestrutura para o emprego de tecnologias; impulsionar a pesquisa; e ampliar a colaboração internacional.

O tema é abordado pelo editorial econômico da edição de hoje (17/09) do jornal O Estado de S. Paulo, que destaca o potencial para o Brasil nesse campo, ao lembrar que o país extrai energia dos rios, do vento, do sol e da agricultura, o que coloca o Brasil como a segunda matriz energética mais limpa do mundo. Mas há espaço para melhorar, destaca o editorial: as fontes fósseis ainda respondem por 55% do consumo interno.

PANORAMA DA MÍDIA

O Valor Econômico informa que o pacote cambial anunciado pelo Banco Central da Argentina na noite de terça-feira (15/09), que restringe o acesso a dólares por pessoas físicas e empresas, é uma resposta à dramática escassez de reservas monetárias do país. Dados oficiais mostram que as reservas estão em US$ 42,5 bilhões, mas economistas ouvidos pela reportagem do Valor estimam que as reservas líquidas, que excluem depósitos compulsórios dos bancos, ouro e swap, caíram para algo entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3,5 bilhões.

A reportagem ressalta que as novas regras terão forte impacto negativo no setor produtivo e nos investimentos. Empresas com dívidas superiores a US$ 1 milhão, por exemplo, terão acesso a dólares para pagar só 40% dos vencimentos e serão obrigadas a renegociar o restante.

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O principal destaque da edição de hoje (17/09) do jornal O Globo são as eleições municipais. O jornal informa que o fim das coligações na eleição para vereador e a preocupação dos partidos em se preparem para a cláusula de barreira mais rigorosa, que valerá na disputa de 2022, elevaram o número de candidatos a prefeito na disputa deste ano.

Levantamento feito pelo Globo nas 15 maiores capitais do país mostra um aumento de 35% (de 136 para 184) no total de inscritos para concorrer aos executivos municipais, em comparação com 2016. É também o maior número em todas as campanhas municipais desde a redemocratização.

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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decidiu que as aulas presenciais na capital devem voltar ainda este ano e não serão adiadas para 2021, como fizeram cidades do ABC paulista. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Covas deve anunciar hoje que as escolas poderão começar com atividades extracurriculares – como de idiomas e esporte – em outubro. O prefeito pode também autorizar aulas apenas no 3º ano do médio mês que vem. A volta total das aulas será reavaliada e possivelmente deve ocorrer no início de novembro. Os colégios estão fechados desde março, por causa da pandemia de covid-19.

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A Folha de S. Paulo informa que o programa de socorro a estados e municípios para enfrentamento da pandemia apresentou resultados desiguais entre esses entes da Federação. Enquanto algumas administrações receberam recursos mesmo sem ter tido perda de arrecadação, outras não obtiveram dinheiro suficiente para compensar a queda nas receitas. De acordo com a reportagem, esse foi o caso de oito estados, incluindo os quatro do Sudeste, e três capitais.

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