Instituto de pesquisa dos Estados Unidos especializado na indústria de petróleo, o Oil Change International (OIC) divulgou neste mês um relatório sobre o efetivo compromisso das grandes empresas petroleiras americanas (Chevron e ExxonMobil) e europeias (British Petroleum, Equinor, Repson, Shell, Eni e Total) com os efeitos das mudanças climáticas.
A constatação é que, nestas companhias, a produção de petróleo – e, portanto, a emissão de carbono na atmosfera – tende a crescer até 2030. O tema é abordado na edição de hoje (26/09) do jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem ressalta que no Brasil, a Petrobras segue o mesmo caminho. O coração do negócio da companhia (que não foi incluída no relatório) continua a ser o petróleo do pré-sal.
“Quase todas as grandes empresas de petróleo e gás vão contribuir ainda mais com a crise climática até 2030. Nenhuma delas liberou um compromisso ou plano de sustentabilidade que atenda aos critérios mínimos de alinhamento com o Acordo de Paris. Os governos vão precisar intervir para assegurar uma eliminação gradual (dos fósseis) que reflita a urgência e a ambição dos limites de temperatura (previstos no acordo)”, afirma o relatório da OIC, elaborado a partir de projeções da consultoria Rystad Energy, e que faz referência ao acordo aprovado em dezembro de 2015 estabelecendo o compromisso de países para tentar conter o aquecimento global.
Ainda de acordo com a reportagem, o que a OIC demonstra é que a presença do petróleo no cardápio de projetos das multinacionais está, na verdade, crescendo, com exceção da italiana Eni. Nas demais, o cenário é de avanço significativo, principalmente, nas gigantes ExxonMobil e Shell – que na próxima década devem elevar a extração de petróleo em 52% e 22%, respectivamente, segundo a OIC.
Já a produção de gás natural, considerado por especialistas como estratégico na transição para uma matriz energética mais limpa, deve perder força até 2030. Somente a British Petroleum, a ExxonMobil e a Shell planejam crescer neste segmento.
Tipo de energia pode anular ganho ambiental do carro elétrico
Pesquisadores das universidades Radboud (Holanda), Exeter e Cambridge (ambas no Reino Unido) reafirmam a vantagem dos carros elétricos para o meio ambiente em relação aos que usam combustíveis fósseis. Mas, segundo estudo por eles publicado na Europa, no primeiro semestre, o ganho ambiental será maior se as fontes utilizadas para a geração de energia elétrica nas cidades também forem limpas.
O estudo cita o exemplo da Polônia, onde ainda se usa muito carvão nas usinas. Nesse caso, não haveria ganho ambiental nenhum ao trocar o petróleo dos tanques dos carros pelas baterias elétricas automotivas.
Em países como Suécia e França, onde a energia é gerada a partir de fontes mais renováveis e nucleares, as emissões médias de gases de efeito estufa atreladas à cadeia do carro elétrico seriam 70% menores em comparação com as da gasolina. No Reino Unido, onde a matriz para geração de energia elétrica é mais poluente, a diferença, a favor das baterias dos carros elétricos, cairia para 30%. As informações foram publicadas pelo site do jornal O Estado de S. Paulo.
Light oferece desconto na conta de luz para quem reciclar papel, plástico ou metal
O site do jornal Extra (RJ) informa que a concessionária de energia Light oferece descontos na conta de luz para os clientes que optarem pela reciclagem de seus lixos. A medida faz parte do projeto Light Recicla, que já existe desde 2011 e beneficiou mais de 16 mil clientes, tendo arrecadado 11 mil toneladas de resíduos e quase 80 mil litros de óleo de cozinha usados. Todo esse lixo rendeu bônus de mais de R$1 milhão e 600 mil em contas de energia.
Segundo a reportagem, a novidade, agora, é a parceria com a rede Assaí Atacadista, com instalação de mais um posto de coleta no estado do Rio de Janeiro. Para obter o benefício, o interessado deve levar materiais como metal (latinhas de alumínio e ferro), papel ou plásticos (garrafas PET, embalagens de produtos de limpeza e higiene) e uma conta de energia elétrica recente à loja Assaí, de Duque de Caxias.
Zema volta a defender privatização da Cemig
O jornal Estado de Minas informa que o governador mineiro Romeu Zema (Novo) voltou a defender a privatização da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), ontem (25/09), durante inauguração de uma usina fotovoltaica, em Uberlândia.
Segundo Zema, a Cemig “está exaurida e precisando de R$ 12 bilhões para reestruturação”. Apesar de o governador defender a venda da estatal elétrica, não há previsão sobre o processo de privatização.
PANORAMA DA MÍDIA
A antecipação da aposentadoria do ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), é o destaque da edição deste sábado (26/09) dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo. Conforme anúncio feito ontem, o ministro irá deixar o STF em 13 de outubro. A previsão inicial era que o decano saísse do posto em 1º de novembro, quando completará 75 anos.
Os jornais ressaltam que a notícia acelerou o debate no governo sobre o nome a ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga. O mais cotado hoje é o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, mas também aparecem como opções em análise no Palácio do Planalto o ministro da Justiça, André Mendonça, que é pastor evangélico; o juiz William Douglas, que teria apoio do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e também do pastor Silas Malafaia; o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio Noronha, que concedeu prisão domiciliar a Fabrício Queiroz; e o procurador-geral da República, Augusto Aras, cujo nome já foi ventilado pelo presidente para uma eventual terceira vaga.
Além do posto que será aberto agora, Bolsonaro deverá ter direito a mais uma indicação neste mandato, em julho de 2021, quando o ministro Marco Aurélio Mello completará 75 anos.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que a Prefeitura de São Paulo pretende testar todos os alunos e professores da rede municipal de ensino antes da volta efetiva das aulas, prevista para 3 de novembro na capital. A primeira fase de exames sorológicos começa em 1.º de outubro com alunos de 9.º ano do fundamental e da 3.ª série do ensino médio, além dos docentes. Eles serão testados nas próprias escolas. O anúncio do censo sorológico foi feito ontem (25/09) pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).