Se a ideia é sentar à mesa para discutir transição energética e neutralidade de carbono, não deixem de chamar a indústria de petróleo e gás. Esse foi o raciocínio apresentado pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, que participou nesta semana de um evento online organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
O portal Petronotícias, que traz informações sobre o evento, ressalta que, para Barral, os investimentos e o capital do setor de O&G serão as pedras angulares para financiar a inovação e as novas tecnologias. Ele afirmou ainda que a transição energética “não existe sem a indústria de petróleo e gás”.
Para o presidente da EPE, o mercado de petróleo é um ator fundamental para que os países possam alcançar o equilíbrio em termos de combate às mudanças climáticas e também na busca por neutralidade de carbono. Além disso, ele vê o segmento petrolífero se adaptando a essa nova realidade de geração de energia com menos emissões.
Brasil é o 8º país que mais criou vagas de emprego em energia solar em 2019
O Brasil entrou pela primeira vez no ranking dos dez países que mais geraram emprego no setor de energia solar fotovoltaica em 2019, ficando em oitavo lugar e deixando para trás líderes históricos do segmento, como Alemanha e Reino Unido, segundo dados divulgados ontem (05/10) pela Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar).
O ranking é elaborado pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), que em relatório mostrou que o setor de energia renovável gerou 11,5 milhões empregos no mundo em 2019, com a participação majoritária da indústria solar fotovoltaica em 3,8 milhões de postos de trabalho, um terço do total.
O Brasil gerou mais de 43 mil empregos no setor solar fotovoltaico no ano passado, mas, segundo a levantamento da Absolar, baseado em premissas mais abrangentes e que incorporam todos os elos da cadeia de valor do setor com operações no país, a contratação total em 2019 atingiu a marca de 60 mil trabalhadores. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Siemens se associa à Brasol para crescer em energia solar
O Valor Econômico informa que a Siemens comprou 49% da Brasol, empresa que atua com geração distribuída fotovoltaica no modelo “energia como serviço”. As companhias não revelaram o valor da transação, mas sustentam que o investimento é um dos maiores de capital estrangeiro já realizado nesse segmento no país.
“Estamos de olho na área (de energia solar) há algum tempo. A Brasol tem uma proposta diferenciada. Eles enxergam a geração distribuída como um produto financeiro, e trazem tudo de uma forma muito bem pensada para que um investidor institucional possa participar”, afirma David Taff, diretor de investimentos no Brasil da Siemens Financial Services.
A reportagem explica que o modelo de negócios da Brasol consiste em oferecer aos clientes a energia “como serviço”, promovendo economias imediatas na conta de luz. A empresa fica responsável pela aquisição e instalação das placas solares e pelo gerenciamento do sistema de geração, de modo que o cliente não precisa fazer desembolsos para a compra ou operação da usina.
Atualmente, a companhia tem seis usinas de geração solar em construção. Os empreendimentos somam pouco mais de 5,5 megawatts (MW) e estão localizados nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia e Tocantins. O plano é chegar ao fim de 2021 com um portfólio de 40 MW.
Refinarias a plena carga teriam efeito sobre o PIB
A operação a plena capacidade das 13 refinarias da Petrobras, e não no nível médio de 75% registrado no primeiro semestre do ano, teria impacto positivo superior a R$ 3,6 bilhões sobre o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, além de pressionar para baixo a inflação medida nos setores de transportes e alimentos e bebidas, entre outros.
Essa é a conclusão de estudo desenvolvido por professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ). A simulação teve como ponto de partida os dados da edição deste ano do Balanço Energético Nacional, publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
Relatórios de bancos já veem maior risco de agravamento da crise fiscal. Esse é o destaque da edição de hoje (06/10) do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a reportagem, os relatórios indicam que o Brasil pode estar à beira de uma crise fiscal com a falta de ação do governo e do Congresso para responder ao risco representado pelo crescimento acelerado da dívida pública.
A tensão no mercado aumentou com o impasse em tomo do financiamento do Renda Cidadã, pensado para substituir o Bolsa Família, mas com alcance e valor médio maiores do que o programa social criado na gestão petista.
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O jornal O Globo informa que, depois de uma semana de impasse sobre como financiar o Renda Cidadã, que provocou um embate entre os ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o governo colocou no radar agora uma nova alternativa para viabilizar o substituto do Bolsa Família: cortar os supersalários de servidores federais, ou seja, os vencimentos acima do teto do funcionalismo (R$ 39,2 mil mensais).
Segundo a reportagem, a medida foi um dos assuntos do jantar oferecido ontem (05/10) pelo ministro do TCU Bruno Dantas a Guedes e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A medida, se aprovada, tem potencial de abrir espaço no Orçamento da União entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, de acordo com fontes que participam das discussões.
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A principal reportagem da edição desta terça-feira (06/10) da Folha de S. Paulo destaca que quase um ano após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibir os disparos em massa para fins políticos, a indústria de mensagens eleitorais por WhatsApp e de extração de dados pessoais de eleitores por Instagram e Facebook continua operando.
Investigação da Folha e denúncias de candidatos a vereador mostram que, com o objetivo de influenciar eleitores pelas redes sociais, ao menos cinco empresas estão oferecendo esses serviços a postulantes a câmaras municipais e prefeituras na eleição de 2020.
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O Valor Econômico informa que a forte demanda por crédito rural em setembro levou ao esgotamento precoce dos recursos de algumas linhas de investimento, com juros controlados. Os desembolsos totais para o Plano Safra 2020/21 já somam R$ 73,8 bilhões de julho a setembro, 28% mais que nos primeiros três meses do ciclo anterior, segundo dados do Banco Central compilados pelo Valor.