A produção de petróleo no Brasil deve continuar crescendo nos próximos anos, com aumento de 410 mil barris por dia entre agosto de 2020 e o fim de 2022, segundo previsão de relatório do Goldman Sachs enviado a clientes e assinado pelos analistas Callum Bruce, Damien Courvalin, Bruno Amorin, Osmar Camilo e João Frizo.
A projeção é 40 mil barris por dia maior que a anterior, refletindo a aceleração da produção no pré-sal da bacia de Santos, a melhora regulatória com a redução do monopólio da Petrobras e os desinvestimentos em curso pela estatal.
Os números já consideram a revisão dos investimentos da Petrobras em produção e exploração, anunciada recentemente, de US$ 64 bilhões para algo entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões no horizonte de 2021 a 2025. Os cálculos também incorporam o declínio médio de 15% na produção na bacia de Campos entre 2021 e 2022.
Segundo o relatório, a produção de petróleo no Brasil deve chegar a média de 3,29 e 3,40 milhões de barris por dia em 2021 e 2022, respectivamente, representando aumentos de 193 mil barris por dia e 104 mil barris por dia. Ao fim de 2022, a produção total deve chegar a 3,53 milhões de barris por dia, com a aceleração da produção projetada pelo banco.
A partir de 2023, a Petrobras precisará continuar investindo em novos FPSOs para desenvolver os recursos dos excedentes da Cessão Onerosa. Atualmente, a companhia está em processo de contratação de três novas plataformas do tipo, que devem entrar em operação entre 2024 e 2025 no campo de Búzios.
