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Paul Milgrom e Robert Wilson vencem Nobel de Economia por teoria de leilões – Edição da Manhã

A pesquisa sobre a teoria dos leilões e novos formatos de leilão deu aos economistas americanos Paul Milgrom, 72, e Robert Wilson, 83, ambos da Universidade Stanford (EUA), o Prêmio Nobel de Economia deste ano. Os ganhadores foram anunciados na manhã desta segunda-feira (12/10) em Estocolmo, na Suécia. A Folha de S. Paulo e o site do Valor Econômico, entre outras publicações, trazem informações sobre o trabalho por eles desenvolvido.

Grande parte das pesquisas sobre leilões se desenvolveu nos anos 1990, e a modalidade ganhou forte impulso na internet, não só em sites de compra e venda, mas em transações financeiras, afirmou Wilson em entrevista coletiva logo após receber o prêmio.

“Quando você aperta o interruptor na sua casa, a luz se acende graças à eletricidade definida pela distribuidora em um leilão. Quando faz uma pesquisa no Google, a ordem das respostas é definida com base também num leilão”, explica o professor de economia da Universidade de Estocolmo John Hassler, membro do comitê de premiação.

Os leilões podem ser organizados de várias formas, e cada modelo adotado afeta seus resultados. “Graças à rica teoria de Milgrom e Wilson é possível adotar novas formas para o benefício dos compradores, dos vendedores, dos usuários de serviços, dos contribuintes e da sociedade em geral”, afirmou o especialista nessa área Tommy Andersson, professor de economia das universidades de Lund e Estocolmo.

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O prêmio, cujo nome oficial é Prêmio Sveriges Riksbank da Ciência Econômica em Memória de Alfred Nobel, teve início em 1968. A premiação são 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,1 milhão de dólares) e uma medalha de ouro.

A CEB vale só um avião?

O Correio Braziliense traz hoje (12/10) um artigo assinado pelo senador Izalci Lucas (PSDB), em que ele critica, entre outras coisas, o preço anunciado pelo governo do Distrito Federal para vender a distribuidora da Companhia Energética de Brasília (CEB-D). Segundo o articulista, o preço é equivalente ao de um Airbus A380-800. O senador afirma que só um dos terrenos que a CEB possui vale mais do que o governo do DF está cobrando pela companhia. O link de acesso ao artigo não está disponível na internet.

TJ garante assembleia da CEB

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) indeferiu a ação ajuizada pelo Sindicato dos Urbanitários do DF (Stiu-DF) que pedia a suspensão da 103ª assembleia geral rxtraordinária que deve definir a privatização da Companhia Energética de Brasília (CEB). A decisão foi publicada ontem (11/10). As informações são do Jornal de Brasília.

PANORAMA DA MÍDIA

O calor derrete a balança comercial brasileira, afirma Eduardo Assad, da Embrapa, estudioso há três décadas do impacto das mudanças climáticas na agricultura. Entrevistado pelo jornal O Globo, Assad diz que ondas de calor no ano passado (período de produção 2018/ 19) causaram perdas de R$ 15 bilhões ao Rio Grande do Sul e de R$ 10 bilhões ao Paraná.

O prejuízo é decorrente da perda de produção que seca e calor impõem ao agronegócio. A onda de calor de outubro de 2020, que mal terminou, foi a maior da história do país e ainda não tem a conta feita, mas Assad estima que os prejuízos serão grandes. Eles variam em função do tamanho e do tipo de área de produção afetadas.

No ano passado, plantações morreram por falta de água. Mas Assad ressalva que quem plantou com práticas corretas de manejo e conservação de solo e água perdeu pouco. No entanto, muitas áreas foram afetadas, reduzindo a produtividade e, consequentemente, a produção. Foi uma seca severa, no momento em que a soja e o milho mais precisavam de água. Nessa última década, isso se repetiu, no mínimo, três vezes, destaca Assad.

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Apesar da crise econômica provocada pela pandemia de covid-19, a inadimplência de pessoas físicas e empresas registra queda no país, informa o jornal O Estado de S. Paulo, na principal reportagem de sua edição desta segunda-feira (12/10).

Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, esse quadro é resultado direto do auxílio emergencial, dos programas de socorro às pequenas e microempresas e também da taxa de juros no piso histórico, o que permitiu um forte movimento de renegociação de dívidas por parte dos bancos. No auge da pandemia, as instituições financeiras também permitiram o adiamento dos pagamentos por 60 dias.

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A Folha de S. Paulo informa que a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de soltar um dos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital) com base em artigo incluído pelo grupo de trabalho do pacote anticrime, aprovado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, abriu uma crise na corte, opôs deputados e foi considerada despropositada pelo Palácio do Planalto.

O artigo 316 foi asado pelo ministro Marco Aurélio para soltar André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, na sexta-feira (09/10). O dispositivo determina que, a cada 90 dias, seja revista a decisão de manter a prisão preventiva de um acusado de um crime. O traficante estava preso desde o final de 2019 sem uma sentença condenatória definitiva, excedendo o limite de tempo previsto na legislação brasileira. Ele foi solto na manhã de sábado (10).

Após Macedo ser solto, o presidente do STF, Luiz Fux, suspendeu a decisão de Marco Aurélio e de terminou o retorno imediato do criminoso à penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de Sâo Paulo, o que não ocorreu. Ele é considerado foragido.

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