Óleo e Gás

Recuperação de Ebitda de petroleiras da AL em 2021 não compensará totalmente perdas de 2020, diz Moody's

Recuperação de Ebitda de petroleiras da AL em 2021 não compensará totalmente perdas de 2020, diz Moody's

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das quatro principais petroleiras da América Latina (a brasileira Petrobras, a mexicana Pemex, a colombiana Ecopetrol e a argentina YPF) deve se recuperar em cerca de 25%, em 2021, depois de um choque na oferta e na demanda de petróleo afetarem esse indicador em 44% em 2020, de acordo com cálculos feitos pela Moody’s.

Na opinião da classificadora de riscos, em relatório sobre o tema, um ligeiro aumento na produção e a redução de custos não compensarão por completo o efeito de preços mais baixos da commodity no Ebitda desse grupo de companhias no biênio 2020-21. Da mesma forma, a recuperação estimada do PIB em 2021 não deverá compensar totalmente as perdas registradas em 2020.

A Moody’s também entende que, mesmo com um crescimento previsto dos ganhos das petroleiras em 2021, a capacidade de investimento dessas empresas permanecerá limitada. Isso porque, na visão da agência, as companhias se concentrarão em reduzir a dívida e recuperar suas métricas de crédito o mais rapidamente possível para os níveis de 2019, em vez de investir em novas reservas ou desenvolvimento da produção.

A agência de risco considera uma visão estável para o setor de óleo de gás no Brasil e na Colômbia e uma visão negativa para o México e a Argentina, considerando a experiência das petroleiras estatais de cada país e a autonomia delas para tomar decisões.

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A Moody’s acrescentou que a Petrobras, por exemplo, tem praticamente a mesma liberdade para determinar seus gastos que uma petrolífera integrada privada, enquanto, no caso da Pemex, o governo mexicano desempenha papel importante na decisão sobre os gastos de capital da empresa.

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Panorama Mensal do Petróleo Outubro/2020

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