A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 20 de outubro, os reajustes tarifários das distribuidoras CEB, CPFL Piratininga, EDP São Paulo e Enel Goiás, que serão aplicados a partir de 22 e 23 de outubro.
Os custos com aquisição de energia impactaram nos reajustes das quatro distribuidoras. Isso porque, a energia hidrelétrica de Itaipu, valorada em dólar, teve um aumento de mais de 35% em relação ao ano anterior, o que resultou num impacto de cerca de 3,5% para as empresas.
O desembolso da Conta-Covid teve o efeito contrário, aliviando as tarifas das concessionárias. O maior reajuste médio ficou para a CPFL Piratinga, em 9,82%, enquanto a CEB teve o menor efeito médio, de 0,27
Confira abaixo:
CEB
A Companhia Energética de Brasília (CEB) atende 1,1 milhões de unidades consumidoras no Distrito Federal, e teve o menor reajuste tarifário aprovado nesta terça-feira. O efeito médio foi fixado em 0,27%, sendo de 2,14% para os consumidores atendidos na alta tensão e de -0,49% para os de baixa tensão.
Nos componentes financeiros o impacto foi negativo, de 4,21%, provocado, principalmente, pelos efeitos do desembolso da Conta-Covid, em -10,2%.
Para as tarifas residenciais, a distribuidora passou a ocupar a 46ª posição no ranking das distribuidoras da Aneel. Com o reajuste aprovado, a tarifa passará de R$ 514,78/MWh para R$ 518,01/MWh.
Enel GO
A distribuidora Enel Goiás atende 98,7% dos municípios do estado de Goiás, resultando em 3 milhões de unidades consumidoras. O efeito médio foi fixado em 4,28%, sendo de 6,63% para os de alta tensão, e de 3,36% para os consumidores na baixa tensão.
Os efeitos da Conta-Covid resultaram num impacto negativo de 7,84% nos componentes financeiros da distribuidora, que fecharam em -2,21%.
Com o reajuste, os consumidores residenciais da Enel Goiás passarão de uma tarifa de R$ 533,68/MWh para R$ 547,39/MWh. Assim, a tarifa da distribuidora passa da 40ª para a 33ª posição no ranking de tarifas da Aneel.
EDP SP
Para a EDP São Paulo, são atendidos 28 municípios do estado de São Paulo, correspondendo a 1,96 milhão de unidades consumidoras, das quais 45,77% são consumidores livres.
O efeito médio do reajuste tarifário anual da companhia foi de 4,82%, sendo de 6,52% para os consumidores de alta tensão, e de 3,92% para os consumidores atendidos na baixa tensão.
O desembolsos de recursos da Conta-Covid tiveram um impacto negativo de 8,5%, fazendo com que a parcela dos componentes financeiros fosse de -2,69%. Sem a aplicação do desembolso, o reajuste médio da distribuidora seria de 13,32%.
A tarifa residencial da distribuidora teve uma variação de 3,85%, saindo de R$ 552,74/MWh para R$ 546,11/MWh. Com isso, a distribuidora passa a ocupar a 35ª posição no ranking de tarifas da Aneel.
CPFL Piratininga
A CPFL Piratininga teve o maior reajuste tarifário aprovado na reunião de diretoria desta terça, com um efeito médio de de 9,82%,, sendo de 11,27% para os consumidores de alta tensão, e de 8,95% para os baixa tensão.
No caso da CPFL Piratininga, os desembolsos da Conta-Covid resultaram num efeito negativo de -6,33% dos componentes financeiros. A tarifa do consumidor residencial passou de R$ 490,18/MWh para R$ 533,55/ MWh
A distribuidora atende 27 municípios do estado de São Paulo, contemplando 1,77 milhão de unidades consumidoras.
