Política Energética

Reservas de petróleo no solo não podem mais ser vistas como dinheiro no banco, ponderam membros do Irena

O panorama energético mundial pode ter mudado irreversivelmente após a pandemia do covid-19, disse o Dr. Thijs De Graaf, que participou da segunda reunião do Irena Collaborative Framework sobre a geopolítica da transformação energética. Segundo Graaf, “as reservas de petróleo no solo não podem mais ser vistas como dinheiro no banco”.

Essa e outras observações foram discutidas em reunião promovida pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), que além de seus membros, reuniu acadêmicos e analistas do mercado de energia, buscando identificar as áreas que deverão orientar o trabalho da Irena nos próximos anos.

Os participantes do encontro concordaram que é provável que a pandemia tenha antecipado o pico dos combustíveis fósseis e avançado a transição energética.

Também foi consenso entre os participantes que o hidrogênio verde deverá ser um dos insumos dessa transição e foco das ações futuras do Irena. O hidrogênio é uma nova tecnologia que começa a ser discutida nos mercados internacionais de energia e que apresenta potencial para desempenhar um papel-chave na descarbonização dos segmentos de transporte e indústria.

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“O hidrogênio terá um impacto fundamental na geopolítica e pode alterar a posição dos estados no sistema internacional de energia”, disse a Dra. Kirsten Westphal, associada sênior do Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança.

De forma geral, a reunião ressaltou nova fase da transformação energética e a urgente discussão de uma análise geopolítica desse cenário.

Para Kingsmill Bond, estrategista de energia da Carbon Tracker, os mercados financeiros aceleram o processo de mudança. Os investidores agora estão avaliando os preços na transição”.

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