Política Energética

Trump aponta problemas na eólica e solar; Biden aposta nas fontes para substituir fracking

O debate realizado na noite de quinta-feira, 23 de outubro, entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, o atual presidente Donald Trump e o ex-vice-presidente Joseph Biden, comprovou a oposição dos presidenciáveis para o futuro do setor elétrico no país. Enquanto Biden defendeu o incentivo às energias eólica e solar na transição energética, Trump falou sobre os problemas da energia dos ventos, e a falta de uma capacidade fabril para energia solar fotovoltaica.

O atual presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que o país alcançou a independência energética e que conhece mais do que seu opositor sobre energia eólica, para quem a fonte “é caríssima, mata muitos pássaros é intermitente. Tem muitos problemas”. Ainda sobre a energia dos ventos, o atual presidente disse que não há uma indústria local e e que há muito consumo de carbono na construção dos parques eólicos.

Sobre energia solar, Trump apontou que os Estados Unidos ainda não estão prontos para construir grandes fábricas de equipamentos e que há uma concorrência com todo o mundo, mas seria “um sonho”, disse.

Provocando Biden, o atual presidente dos EUA declarou que o país continuará sendo a maior economia do mundo, “mas se você quiser acabar com a economia, acabe com a indústria petrolífera”, disse Trump ao seu opositor.

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“Nunca disse que me oponho ao fracking”, respondeu Joseph Biden. “O que vou fazer com o fracking é garantir a captura das emissões do gás e isso é possível. E vamos fazer isso investindo recursos em transição energética”.

O plano de governo de Biden para o desenvolvimento energético pretende incentivar as indústrias solar e eólica, em substituição ao shale gás, num movimento de transição energética para zerar as emissões de gás carbônico até 2025.

“Eu vou parar de dar subsídio para o petróleo. Ele (Trump) não quer dar subsídio para eólica e solar”. Para isso, Joseph Biden declarou que contou com o apoio de grupos ambientais e sindicais e que haverá, assim como agora, bons empregos e salários, por US$ 50 por hora.

Também no plano do ex-vice-presidente dos EUA está previsto o investimento em 50 mil estações de baterias para carregamento de carros elétricos, bem como o aporte de US$ 4 milhões em eficiência energética de edifícios, para evitar o desperdício de energia elétrica e consumo de energia gerada por petróleo.

Segundo Biden, esse plano conta com a chancela das empresas de Wall Street, que teriam indicado que esses projetos devem gerar 18,6 milhões de empregos, representando sete milhões a mais que o plano de Trump, além de criar crescimento econômico de US$ 1 trilhão.

O atual presidente dos EUA rebateu, dizendo que o plano apresentado pelo opositor vai retirar US$ 6,5 mil das famílias americanas e provocar um desastre econômico. “Quando ele fala em edifícios, eles querem demolir, querem colocar janelas menores ou, de repente, nenhuma janela se fosse possível. É o plano mais absurdo que já existiu. Isso vai custar US$ 100 trilhões”.

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